Após duas semanas de votação na 15º edição do Prêmio ArchDaily Building of the Year, nossas leitoras e leitores escolheram dentre cerca de 4.000 projetos os 75 finalistas nas 15 categorias. A premiação deste ano celebra o que há de melhor em design, inovação e sustentabilidade em todo o mundo, com a lista apresentando uma variedade excepcional de projetos que vão desde pequenas casas até centros culturais de ponta e espaços públicos inovadores.
A África tropical abriga vastas florestas que se estendem por 3,6 milhões de quilômetros quadrados nas regiões Ocidental, Oriental e Central do continente. Essas florestas desempenham um papel crucial, fornecendo madeira para os setores de móveis, combustíveis e indústrias de papel. No entanto, a madeira ainda não faz parte da arquitetura contemporânea dessas regiões. Embora o gosto arquitetônico seja um fator, a principal razão para essa ausência está relacionada à incapacidade das indústrias madeireiras em atender aos requisitos de disponibilidade, acessibilidade, apelo estético, durabilidade e desempenho climático e estrutural da madeira. A indústria madeireira na África tropical é composta principalmente por operações informais e de pequena escala, focando principalmente no corte de toras, em vez de refinar a madeira para uso em projetos arquitetônicos ou estruturais. Apesar disso, o grande número de empresas informais na região apresenta uma oportunidade para remodelar a indústria e aproveitar os recursos florestais locais na construção de edifícios em madeira.
Ambiciosas e diversas, as maquetes são ferramentas representativas não exclusivas dos arquitetos. O fascínio peculiar pelas miniaturas – e o que elas nos dizem sobre nosso mundo – se estende a todas as idades, culturas e propósitos. Sejam templos de argila feitos em escala em 200 a.C. encontrados no México, modelos de cerâmica carregados durante as viagens islâmicas medievais, casas de bonecas vitorianas e LEGOS, os modelos são mais do que construções infantis. As miniaturas revelam o essencial, explicam conceitos muito mais amplos, contêm dados íntimos e históricos e nos convidam a desafiar nossa subjetividade e a perspectiva daquilo que conhecemos.
Pelas suas características específicas, a arquitetura das saunas é interessante pois nos dá lições relacionadas à eficiência e beleza da simplicidade. Geralmente são estruturas arquetípicas muito básicas, com uma distribuição clara e funcional, criadas para conter diferentes níveis de calor e umidade. Graças a este banho de vapor, as pessoas que nele se encontram liberam toxinas e melhoram a circulação sanguínea, sendo muito utilizadas em climas frios, em estreita relação com a natureza e a presença de água.
Para funcionar, estes espaços normalmente herméticos contêm uma série de bancadas internas com diferentes dimensões e uma fonte de calor que deve atingir temperaturas entre 80 e 90° C, incluindo, se necessário, uma chaminé para expelir a fumaça. A madeira é o material escolhido por excelência, utilizando na maioria dos casos espécies nativas que mantêm o seu aspecto rústico e textura natural. A seguir, revisamos 9 saunas projetadas por arquitetos, incluindo alguns de seus detalhes de construção.
Ainda que possam assumir diferentes funções em muitos projetos, as escadas são, antes de tudo, elementos de circulação vertical, utilizadas para conectar dois ou mais níveis. Devido a relativa inconstância com que são utilizadas, muitos projetos para espaços com áreas reduzidas valem-se dessa característica para explorar soluções que vão além das configurações mais tradicionais e das medidas padrão dos espelhos.
Enquanto uma parte da sensação de conforto e bem-estar em um ambiente interno está relacionada a fatores externos à edificação, como a iluminação e ventilação naturais, outra está diretamente associada à distribuição espacial interna e às sensações provocadas nos habitantes daquele espaço por meio da arquitetura.
Conciliar todos os fatores que proporcionam um maior conforto e bem-estar nos espaços internos é sempre um desafio em um projeto arquitetônico, sobretudo em ambientes com áreas reduzidas, onde o espaço deve ser aproveitado ao máximo e nem sempre há a possibilidade de prever grandes aberturas para o exterior ou nem mesmo para abrigar todas as funções do programa de uma maneira convencional.
A Un-Habitat ou agência das Nações Unidas para o desenvolvimento urbano sustentável, cujo principal foco é encontrar soluções para os desafios impostos pelo rápido e voraz processo de crescimento e expansão urbana em países de economias emergentes, vem desenvolvendo abordagens inovadoras no campo da arquitetura e do urbanismo, centradas no usuário e nos processos participativos. Pensando nisso, o ArchDaily associou-se à UN-Habitat para trazer notícias semanais, artigos e entrevistas que se destacam neste setor, disponibilizando a nossos leitores conteúdos em primeira mão e direto da fonte.
“Ao longo deste ano pandêmico, os espaços públicos desempenharam um papel fundamental para a manutenção da saúde física e mental das pessoas em diferentes comunidades urbanas no mundo todo”, afirma James Delaney, presidente da Block by Block. Na verdade, as pessoas sempre precisaram sair de casa, e agora isso se faz mais evidente que nunca. Pensando nisso, com o principal objetivo de qualificar uma série de espaços públicos para melhor enfrentar os desafios impostos pela pandemia de COVID-19, a UN-Habitat uniu forças com a Fundação Block by Block para desenvolver soluções urbanas em dez diferentes cidades do planeta para ajudá-las a voltarem com segurança à normalidade. Desenvolvidas em parceira com as autoridades e governos locais além de contar com a ativa participação das comunidades envolvidas, estas iniciativas ajudaram a estabelecer espaços públicos seguros e saudáveis, especialmente em bairros pobres, onde historicamente há uma carência de áreas verdes e espaços de convívio. Embora estas sejam soluções imediatas para um problema recente, elas são também uma oportunidade para resolvermos problemas históricos, como a desigualdade, a falta de oportunidades e infra-estrutura pública nos bairros mais pobres das grandes cidades. Pensando nisso, a UN-Habitat lançou-se em uma empreitada que abrangeu desde a instalação de playgrounds móveis para as crianças de Hanói, no Vietnã, passando pela construção de estruturas temporárias para vendedores ambulantes nas cidades de Dhaka e Khulna, em Bangladesh, até a introdução de espaços públicos seguros em assentamentos informais de Bhopal, na Índia.
Nos últimos anos, órgãos públicos, arquitetos e urbanistas de todo o mundo têm cada vez mais discutido o futuro das cidades, buscando refletir sobre os rumos que o urbanismo contemporâneo deverá tomar como enfrentamento do emaranhado de problemas - urbanos e sociais - enfrentados. Mas, uma das perguntas que parece prevalecer no imaginário dos profissionais é como criar espaços capazes de melhorar a qualidade de vida e saúde do espaço público sem a necessidade de obras de grande escala.
A partir disso, alguns movimentos vêm surgindo na tentativa de aplicar simples ações que possam colaborar para o desenvolvimento de “novos” espaços públicos em resposta a necessidade imediata de espaços urbanos de qualidade. Tais ações têm apontado que as cidades do futuro serão cada vez mais convidativas, num manifesto de aproximação do pedestre à rua. São exemplos destas ações, a implementação de parklets; o fechamento de algumas avenidas e impedimento da circulação de veículos por algumas horas, abrindo-as ao pedestre e transformando as mesmas em áreas livres como parques urbanos temporários; a implantação e extensão de novas ciclovias; jardins verticais urbanos; e também, dos Pocket Parks.
De maneira alguma a pretensão deste texto é refutar ou desmerecer o artigo Vida e morte das Tiny Houses, recentemente publicado, mas sim oferecer ao leitor outras perspectivas e uma expansão quanto ao tema, um dos princípios básicos do trabalho que envolve a crítica de arquitetura. Para isso, este texto se estrutura em dois eixos que analisam alguns pontos levantados pela autora do texto original.
Nos últimos anos, com o desenvolvimento urbano acelerado dos espaços urbanos na China, os banheiros públicos receberam várias novas funções. Os arquitetos apresentaram uma variedade de propostas que sugerem transformar os banheiros públicos em um lugar onde a reunião social pode ser redefinida e a permanência temporária pode ser mais envolvente. Embora a escala dos banheiros públicos seja significativamente menor do que a de qualquer outro tipo de arquitetura, os arquitetos chineses têm trabalhado de forma inovadora para adequar os banheiros públicos aos contextos sociais em mudança. Abaixo estão alguns exemplos que demonstram experimentos arquitetônicos atuais com projetos de banheiros públicos na China.
Ir além do emprego daqueles materiais mais usuais na arquitetura requer um exercício de criatividade e experimentação na busca por novas possibilidades que sejam ao mesmo tempo eficientes e inusitadas. Projetos de pequena escala, em particular, são uma boa oportunidade para a experimentação destes materiais menos comuns na arquitetura por possuírem, entre outros fatores, menos cargas atuantes sobre as estruturas e ainda, em alguns casos, por possuírem um caráter temporário. De todo modo, o uso de materiais pouco usuais no âmbito da arquitetura de pequena escala pode abrir portas para o seu emprego em outros projetos, até mesmo naqueles de maiores dimensões.
O campo da arquitetura tem o potencial de, por meio do espaço construído, impactar as relações humanas em uma infinidade de maneiras. No caso particular dos projetos de pequena escala, o desafio de lidar com a mediação entre o espaço e as pessoas é aliado àquele de transpor a espaços reduzidos ideias capazes de impulsionar seu uso pelas pessoas.
Quando falamos em áticos e sotãos, é comum associarmos a espaços habitacionais - em residências e edifícios - subutilizados, como depósitos ou destinados exclusivamente a abrigar sistemas de infraestrutura. No entanto, ao pensarmos no atual reaproveitamento dos tradicionais áticos dos edifícios parisienses do século XIX em moradias, percebemos que estes espaços podem ser reimaginados e com criatividade abrigar espaços residenciais surpreendentes.
Não se sabe ao certo onde e quando a roda foi inventada, mas, segundo o antropólogo americano David Anthony para a BBC, existe uma série de evidências arqueológicas de veículos com rodas a partir de 3,4 mil a.C. na Eurásia e no Oriente Médio. Desde sua criação, a roda revolucionou a forma como os seres humanos lidam com uma série de atividades e, sobretudo, com os deslocamentos.
Na arquitetura, campo diretamente associado à permanência no espaço, com construções sólidas de caráter predominantemente permanente, as rodas podem parecer, à primeira vista, objetos alheios às edificações. No entanto, com a recente profusão de casas de pequena escala, que concentram em espaços mínimos as diversas funções de uma residência, tem surgido uma nova possibilidade para a arquitetura: a locomoção.
Ao longo da história, a simplicidade estrutural constituiu algumas das formas mais habituais de prática e expressão da humanidade. Habitações, refúgios e mirantes de pequena escala foram configurados por uma infinidade de materiais que conformaram de maneira eficaz, através da técnica, diferentes formas de respostas a uma mesma necessidade.
Veja uma seleção de 20 detalhes construtivos de projetos que se destacam por seu tamanho reduzido e por sua estrutura de execução prática.