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Placemaking: O mais recente de arquitetura e notícia

A função do placemaking na nova agenda urbana

Imaginar como serão as cidades nas próximas décadas tem levado autores de muitas áreas a apresentar visões futuristas sobre os atributos que mais contribuem com a construção de lugares de permanência, entre os quais a identidade e a sociabilidade. 

É o que sustenta Ethan Kent, sociólogo e vice-presidente do Project for Public Spaces (PPS), que diz que para que estas visões não sejam tão distantes, é necessário trabalhar com um enfoque compartilhado entre as diversas áreas para enfrentar os desafios comuns presentes nos espaços urbanos. Esta nova maneira de abordar os problemas, segundo Kent, caminha em direção a um objetivo maior que considera como o lugar e o placemaking podem redefinir as relações de trabalho para dar forma ao nosso mundo.

Placemaking Brasil: o especialista é a comunidade

Partindo de conceitos e práticas, a entidade PPS (Project for Public Spaces) vem trabalhando nos últimos 40 anos numa abordagem que busca entender todos os diferentes aspectos que fazem dos espaços públicos lugares de real valor e interesse para as pessoas desfrutarem a vida nas cidades.

Com o passar dos anos essa abordagem foi recebendo novos olhares e se adaptando de maneira muito sensível às diferentes realidades socioeconômicas e culturais das áreas urbanas de cada região do planeta. Dessa riqueza surgiram novas técnicas, como a estratégia Lighter, Quicker and Cheaper.

No ano de 2014 ficou claro que o Placemaking precisava se consolidar como um movimento mundial, de maneira que seu código aberto pudesse alcançar e beneficiar o maior número possível de pessoas, melhorando, assim, a vida nas nossas cidades.

O que é "placemaking criativo" e como ele se relaciona com a resiliência?

Já abordamos em várias oportunidades o conceito de placemaking e sua importância no desenvolvimento de um sentido de comunidade. Seu emprego tem, geralmente, o objetivo de construir espaços públicos onde as pessoas se sintam à vontade para passar grande parte de seu tempo.

As medidas que aplicam esse conceito para gerar mudanças e avanços nesse sentido vão desde dedicar mais ruas ao fluxo exclusivo de pedestres e construir mais parques até reestruturar os departamentos municipais encarregados de administrar os espaços públicos, assegurando instâncias de participação urbana.

Contudo, uma variável do conceito de placemaking que está tomando cada vez mais força tem a ver com a relevância da arte na cidade e sua relação com a resiliência urbana - o que dá origem ao placemaking criativo.

O que é placemaking criativo?

A ecologia como oportunidade para que as comunidades atuem sobre seu entorno

"Que tipo de lugares queremos criar?" "Em que tipo de comunidade queremos viver?" "Que mundo esperamos para o futuro?"

Essas perguntas são colocadas peço sociólogo Ethan Kent, vice-presidente da organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS), como maneira de retomar as propostas do ecologismo e aproveitá-las para abordar os desafios da relação entre os seres humanos e o meio ambiente.

De acordo com Kent, esse enfoque pode ser incorporado ao placemaking e, assim, abrir debates sobre como queremos que sejam nossas cidades e como as comunidades podem participar desse processo.

Mais detalhes a seguir.

Os benefícios dos bons lugares nas cidades segundo a PPS

Em artigos anteriores mostramos os princípios propostos pela organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS) para que as cidades possam criar espaços públicos atrativos e como as comunidades podem participar para que isso ocorra.

Compartilhamos desta vez o infográfico “Os benefícios dos bons lugares”, elaborado também pela PPS, que expõe os benefícios trazidos com lugares bem planejados, classificando-os em seis áreas.

5 iniciativas nos EUA que tornaram os espaços públicos mais dinâmicos

As intervenções realizadas em parques urbanos, como por exemplo, a instalação de cadeiras no Parque Bryant de Nova Iorque, ou as obras de arte que são frequentemente instaladas em espaços públicos, fazem com que as cidades sejam lugares mais agradáveis, dinâmicos e atrativos para viver.

Nesse sentido, a organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS), acredita que “mais do que nunca, as obras de arte pública são estimulantes e convidam a um diálogo ativo ao invés da observação passiva, fomentando, assim, a interação social que pode inclusive conduzir a um sentido de coesão social entre os próprios espectadores”.

Tomando essa definição, o especialista em Geografia Humana da Universidade de Auckland, Thejas Jagannath, identificou cinco ações desse tipo que acontecem em cidades estadunidenses e que permitem que os cidadãos mudem sua percepção de um lugar, podendo identificar-se com este, considerando-o divertido e dinâmico.

Veja, a seguir, estes cinco projetos.

Dez modos de transformar as cidades através de placemaking e espaços públicos

Em 2011, Un-HABITAT e Project for Public Spaces (PPS) assinaram uma cooperação de 5 anos que pretende chamar a atenção internacional sobre a importância dos espaços públicos nas cidades, fomentar trocas de ideias e educar uma nova geração de planejadores, projetistas, ativistas comunitários e outros líderes civis sobre os benefícios daquilo que chamamos "metodologia de placemaking". Esta parceria está ajudando no desenvolvimentos de cidades onde pessoas de todas as classes sociais e idades possam viver em segurança social e econômica. Para alcançar este objetivo, foram publicados 10 passos informativos sobre as medidas que as cidades e comunidades podem tomar para melhorar a qualidade de seus espaços públicos. 

Continue lendo para saber mais a respeito destes passos.

Como fazer cidades: “Guerrilheiros urbanos” e os Jardins Urbanos em Berlim

Sete maneiras de transformar o desenvolvimento do Espaço Público