O tecido de nossas cidades é moldado por milhões de pequenas decisões e adaptações, muitas das quais se tornaram essenciais para nossa experiência. Atualmente, considerados como óbvios, alguns desses elementos foram revolucionários na época de sua implementação. Um desses elementos é o rebaixamento do meio-fio (curb cut), uma pequena rampa que desce a calçada para conectá-la à rua adjacente, permitindo que usuários de cadeiras de rodas e pessoas com deficiências motoras se movam facilmente para dentro e para fora da calçada. Essa adaptação aparentemente pequena provou ser inesperadamente útil para uma gama maior de pessoas, incluindo pais com carrinhos de bebê, ciclistas, trabalhadores de entrega etc. Consequentemente, ela empresta seu nome a um fenômeno mais amplo, o "efeito curb cut", no qual melhorias feitas para uma minoria acabam beneficiando uma população muito maior de maneiras esperadas e inesperadas.
projeto acessível: O mais recente de arquitetura e notícia
Efeito "Curb Cut": como a arquitetura acessível está beneficiando a todos
Avanti-Avanti Studio: "O princípio do processo criativo é a diversidade individual"
Avanti-Avanti Studio é um escritório de projeto dedicado ao desenvolvimento de estratégias de comunicação, particularmente especializadas no "Desenho para Todos". Fundado por Alex Dobaño (designer gráfico e membro da Design For All Foundation) e Elvira Muñoz (arquiteta), dirigem uma equipe multidisciplinar de profissionais da comunicação, do desenho e da tecnologia para empresas e instituições do campo do ócio, do turismo, da cultura, de museus e das cidades. Eles também definem o escritório como um ponto de encontro onde confluem profissionais de diversos campos a partir de cada projeto para fazer com que os ambientes construídos sejam efetivamente aptos e inclusivos para qualquer um que o percorra e experimente.
Conversamos com Alex, fundador e diretor criativo do escritório, para conhecer mais sobre seu trabalho e sobre a importância da aplicação do desenho universal nos projetos de desenho integral dos espaços.
Sinalização de desenho universal: o primeiro passo para cidades mais acessíveis
De todas as ações que uma cidade pode realizar para melhorar de forma rápida a orientação de pedestres, uma das opções mais pertinentes poderia ser o desenvolvimento de um sistema de sinalização integral - evidência implícita nos casos de Legible London, WalkNYC em Nova Iorque ou o Rio a Pé no Rio de Janeiro.
O descaso com a acessibilidade nas cidades africanas (e o que os arquitetos podem fazer à respeito)
Este artigo foi originalmente publicado pelo Common Edge como "Africa’s Undeclared War on the Disabled."
Recentemente passei uma semana em companhia de um grupo multidisciplinar composto por pesquisadores da Europa, dos EUA e da África, em um workshop intitulado “The Practice and Politics of DIY Urbanism in Africa” (Práticas e Políticas do Urbanismo "Do It Yourself" na África). Jonathan Makuwira, professor da Malawi University of Technology, apresentou um artigo convincente sobre "Urbanismo e Acessibilidade em Malawi", destacando os inúmeros desafios que as pessoas com deficiência enfrentam durante a sua vida no continente, utilizando essa cidade como um estudo de caso.
Durante a sua conferência, reafirmei a minha percepção de que os espaços públicos urbanos acessíveis são insuficientes. Este é o tema central da proposta que apresentei em meu projeto de 2016 para a Bolsa Richard Rogers Fellowship da Harvard Graduate School of Design (GSD), onde eu me propus a desenvolver um projeto de design acessível adaptável para espaços públicos da cidade de Abuja .