Embora não sejam totalmente dependentes uma da outra, a relação entre arquitetura e bem-estar mental é um tópico importante, já que designers e arquitetos podem contribuir na criação de um ambiente mais agradável para todos. Desde estratégias para melhorar a saúde mental em espaços de trabalho compartilhados até as maneiras pelas quais a arquitetura pode contribuir para prevenir o declínio cognitivo, entender o impacto potencial das neurociências ambientais e como elas se aplicam à arquitetura é uma habilidade essencial para nossa profissão.
Psicologia Ambiental: O mais recente de arquitetura e notícia
Projetando para a felicidade: explorando a conexão entre arquitetura e saúde mental
Psicologia ambiental e neuroarquitetura: diferenças que se complementam no processo de projeto
A neuroarquitetura e a psicologia ambiental são duas disciplinas que se baseiam na relação entre o ambiente físico e o comportamento humano, porém possuem abordagens e aplicações práticas distintas. Conheça as diferenças entre esses campos e suas aplicações práticas nos projetos de arquitetura e design.
Psicologia das cores nos projetos comerciais: da identidade à influência no comportamento do cliente
No mundo do varejo, a concorrência é acirrada. As marcas buscam distinguir sua presença e criar conexões íntimas com os clientes. Em meio à variedade de produtos que oferecem, as marcas reconhecem o valor de ambientes imersivos que criam identificação e provocam os desejos dos consumidores. Nesse sentido, quando se trata de projetos comerciais, a cor é um poderoso instrumento que permite às marcas articular seus valores, evocar emoções e criar experiências de compra memoráveis na mente de seus clientes. A cor transforma as lojas em algo mais do que espaços para transações — ela faz do design de interiores uma ferramenta de marketing estratégica para atrair e manter os clientes.
O que é arquitetura salutogênica?
Em um hospital, uma única conversa pode trazer boas ou más notícias aos pacientes. Nesse contexto, quando não são levados às pressas para as salas de tratamento, os doentes geralmente se sentem preocupados e estressados com sua saúde. No âmbito hospitalar, os profissionais da medicina têm um dos trabalhos mais extenuantes, com mudanças repentinas nas condições de saúde dos enfermos. A atmosfera geral nos hospitais tradicionais é, portanto, tensa e preocupante, e isso tem um efeito adverso no bem-estar dos pacientes.
Neurociência ambiental: um campo emergente para cidades mais equitativas
A neurociência ambiental é um campo emergente, dedicado ao estudo do impacto dos ambientes sociais e físicos, sobre os processos e comportamentos do cérebro. Desde várias oportunidades de interação social aos níveis de ruído, e acesso a áreas verdes, as características do meio urbano têm implicações importantes para os mecanismos neurais e o funcionamento do cérebro, influenciando assim nosso estado físico. O campo ilustra uma imagem diferente de como as cidades impactam nossa saúde e bem-estar, proporcionando assim uma nova camada científica de compreensão, que poderia ajudar arquitetos, urbanistas e tomadores de decisão a criar ambientes urbanos mais equitativos.
Arquitetura e saúde: como o espaço impacta no bem-estar emocional
Hoje, dia 05 de agosto, se celebra o Dia Nacional da Saúde. Nossos leitores já disseram que precisamos da psicologia para construir espaços saudáveis e agradáveis de viver, e por este motivo investigamos como a experiência espacial realmente influencia o bem-estar de cada pessoa, colaborando com a qualidade de vida e diminuindo o cansaço mental, ou seja, além de trabalhar quesitos de ergonomia que colaboram com a saúde física do corpo, a arquitetura também afeta o conforto emocional.
Como as ciências sociais estão ajudando a transformar o espaço construído
Como uma disciplina cada dia mais especializada, a arquitetura está assumindo um caráter cada vez mais colaborativo, marcada por uma transdisciplinaridade que atravessa todas as suas diferentes fases e processos. Neste contexto, as ciências sociais adquiriram um papel mais importante do que nunca. À medida que arquitetos e arquitetas se tornam mais conscientes de seu papel e responsabilidade para com a sociedade de modo geral, decisões que antes provinham de meros desejos, anseios e especulações formais, estão cada vez mais fundamentadas na experiência e expertise profissional dos arquitetos, arquitetas e suas equipes multidisciplinares. A seguir, discutiremos a crescente influencia das ciências sociais na arquitetura, desde a antropologia e a psicologia até a futurologia.
O valor da experiência não-tradicional: como nossa profissão evoluiu para tornar a arquitetura melhor
O papel do arquiteto nem sempre foi o que é hoje. Historicamente, e quase desde o seu início, era visto como um “show de um homem só”, onde o arquiteto era o artista, o escultor e o visionário de uma estrutura. À medida que a prática continuou evoluindo, ela se tornou uma profissão muito mais colaborativa e muito menos individualista por natureza, compreendendo continuamente a importância de considerar as perspectivas externas - mesmo aquelas tradicionalmente não treinadas dentro da arquitetura.
Psicologia do espaço: as implicações da arquitetura no comportamento humano
Visto que seres humanos passam a maior parte de suas vidas em ambientes fechados, não nos surpreende o fato de que determinadas características do espaço construído têm um impacto significativo em nosso comportamento psíquico. A psicologia ambiental é, de fato, a disciplina que estuda o comportamento humano em suas interrelações com os espaços onde a vida humana transcorre. Condições de iluminação, de escala e proporção assim como os materiais e suas texturas são características espaciais que emitem informações para nossos sentidos, afetando a maneira como nos relacionamos com o espaço, produzindo um sem fim de sensações e reações.
Determinadas características do espaço construído são capazes de induzir sensações de tranquilidade e segurança, de fazer com que as pessoas se sintam bem e relaxadas ou até aumentar a concentração e a produtividade dos usuários em seu ambiente de trabalho. Independente de qual sejam as sensações que eles nos provocam, não se pode negar que as características dos espaços em que vivemos – ou trabalhamos – desempenham um papel fundamental na maneira como as pessoas se sentem e como elas se relacionam com o espaço; e portanto, a psicologia ambiental pode ser uma importante aliada no desenvolvimento de projetos que proponham soluções para promover uma maior qualidade de vida aos seus usuários.
Psicologia da escala: pessoas, edifícios e cidades
Na introdução de seu famoso livro entitulado Cidades para Pessoas, o arquiteto dinamarquês Jan Gehl afirma claramente que a escala humana tem sido historicamente negligenciada pelos processos de planejamento urbano na maioria das grandes cidades ao redor do mundo. A medida que as novas tecnologias foram nos permitindo construir edifícios cada vez mais altos, maiores e mais complexos, deixamos de conceber espaços para as pessoas e passamos a desenvolvendo um novo tipo de arquitetura— uma arquitetura completamente alheia à nossa própria condição humana. Estratégias de planejamento urbano tomadas de cima para baixo desconsideram a necessidade de espaços adequados aos nossos sentidos, priorizando a velocidade, a funcionalidade e obviamente, a lucratividade.
Precisando a forma como experimentamos o espaço construído e consequentemente, como percebemos as relações estabelecidas entre o nosso corpo e o ambiente no qual estamos inserido, a noção de escala humana é fundamental para um espaço urbano que se pretende habitável. Neste artigo, falaremos sobre a transfiguração dos processos de planejamento urbano e quais podem ser as consequências imediatas desta mudança de direção em nossas vidas cotidianas. Paralelamente, o fotógrafo de arquitetura Kris Provoost—através de sua série fotográfica Eden of the Orient—nos convida a mergulhar ainda mais fundo neste universo “sem escala”.
Como a arquitetura afeta seu cérebro: A ligação entre a neurociência e o ambiente construído
Este artigo foi originalmente publicado pela Common Edge como "Sarah Williams Goldhagen on How the Brain Works and What It Means for Architecture."
Sarah Williams Goldhagen deu um grande passo. Seu novo livro, Bem-vindo ao seu mundo: como o ambiente construído tem moldado nossa vida, é nada menos que um argumento meticulosamente construído para repensar completamente nossa maneira de ver a arquitetura. Crítica de longa data da The New Republic e ex-professora da Harvard Graduate School of Design, Goldhagen mergulhou profundamente no campo da ciência cognitiva em rápida evolução, na tentativa de vinculá-la a uma nova abordagem centrada no ser humano da ciência construída no mundo. O livro é tanto um exame da ciência por trás da cognição (e sua relevância para a arquitetura) quanto uma polêmica contra o status estupidificante. Recentemente conversei com a autora, que estava ocupada preparando uma viagem de um ano pelo mundo, sobre o livro, a ciência e o estado da educação arquitetônica.
Olhar para edifícios pode causar dores de cabeça em algumas pessoas, segundo pesquisa
Arquitetura pode lhe dar uma dor de cabeça. Essa frase provavelmente não parece surpreendente para qualquer um que tenha lidado com o estresse de praticar ou estudar arquitetura, mas, cada vez mais, os psicólogos estão começando a entender que você não precisa trabalhar em projetos arquitetônicos de edifícios para causá-la. Em um interessante artigo publicado pela The Conversation, Arnold J. Wilkins, professor de psicologia da Universidade de Essex, discute como desconforto, dores de cabeça e até mesmo enxaquecas podem ser causadas ou agravadas simplesmente por observar certos estímulos visuais - linhas retas e padrões repetitivos de ambientes urbanos são apontados como os principais culpados.