A rampa é um dos elementos arquitetônicos que, além de viabilizar a circulação entre diferentes alturas e pavimentos, proporciona uma maior acessibilidade aos espaços. No Brasil, uma série de decretos e regulamentações, como as dispostas na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, de 2015, buscam assegurar os direitos de cidadania e promover a igualdade e inclusão social da pessoa com deficiência, o que perpassa questões relativas à sua mobilidade e liberdade de ir e vir. A arquitetura tem um papel fundamental nessa inclusão, ao elaborar estratégias para garantir que essas pessoas possam transitar, participar e interagir em qualquer ambiente, seja ele público ou privado.
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Nossas cidades não são projetadas para pessoas com deficiência
Embora as leis que abordam as deficiências tenham sido postas em prática décadas atrás, os arquitetos ainda lutam com os requisitos e aperfeiçoamentos necessários. Um artigo recente do CityLab explorou como o aumento da velocidade e da eficiência nas cidades negligenciou a acessibilidade em bairros adensados. E, embora a "cidade de 15 minutos", cuja ideia central é que a população possa acessar serviços essenciais em um raio de 15 minutos de caminhada, possa parecer o futuro dos ambientes construídos, ela não atende à pessoas com deficiência ou seus movimentos.
Casa Canal / Studio MK27 - Marcio Kogan + Lair Reis
Como projetar e calcular uma rampa?
Já sabemos que, a partir de suas diferentes possibilidades de projeto, uma rampa permite superar as barreiras físicas nas áreas urbanas e arquitetônicas.
Apesar de consistir basicamente de uma superfície contínua que vence uma diferença de altura, com um determinada inclinação, é necessário destacar uma série de especificações construtivas e, como sabemos, as normativas mínimas relativas ao desenho das rampas variam em cada local. Os seguintes esclarecimentos pretendem auxiliar e determinar as dimensões apropriadas para rampas gerais confortáveis e eficientes para todos, a partir de considerações de acessibilidade universal.
Até que ponto a inclinação de uma rampa pode variar? Como determinar sua largura e espaços de manobra? Quais considerações existem para os corrimãos? Revise alguns exemplos de cálculo e desenho para diferentes rampas, abaixo.
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Seja por motivos de acessibilidade universal, fluidez espacial ou continuidade plástica, rampas trazem qualidades singulares e geralmente muito bem vindas aos projetos de arquitetura. Ao menos, quando se consegue "encaixá-las" no desenho –tarefa normalmente trabalhosa devido às exigências das normas de acessibilidade que definem inclinações máximas.