Ao projetar sua casa (não construída) para o programa Case Study da Arts & Architecture, Whitney Smith, assim como Richard Neutra, priorizou a conexão com o espaço externo. Sua motivação, entretanto, era mais específica do que o simples desejo de estender a área de estar da casa. Pelo contrário, ele queria criar um espaço altamente pessoal, voltado para a paixão de seu cliente hipotético. Vendo as plantas convencionais como uma camisa de força para os moradores que desejavam espaço de trabalho apropriado dentro de sua casa (seja um estúdio de costura ou uma sala escura para revelação de fotografias), o arquiteto buscou adaptar esta casa às necessidades de um horticultor.
Realidade Virtual para arquitetos: O mais recente de arquitetura e notícia
Um passeio virtual pela Case Study House #12 de Whitney R. Smith
4 Espaços virtuais em "Second Life" que exploram alternativas de arquitetura religiosa
Se você já ouviu falar do Second Life, o mundo on-line dos anos 2000, com milhões de leais "residentes" que o povoaram com avatares pessoais, você provavelmente deve pensar que ele se tornou irrelevante ou obsoleto. Mas no pico de sua popularidade, o site recebeu muita atenção por fornecer aos usuários uma fuga potencialmente perigosa da realidade - tão poderosa que não era incomum ver pessoas deixando empregos, amigos e famílias reais por aqueles encontrados no site.
Second Life é bastante democrático na criação dos espaços. A vasta rede de locais no mundo virtual do site, chamada sims, é quase completamente gerada pelo usuário. Por tão pouco quanto US$75 por mês, qualquer um com uma conexão com a internet e habilidades básicas de CAD pode criar, transferir arquivos, e manter qualquer lugar que sonhar. Claro, às vezes este "grande equalizador" permite a criação de locais como SeDucTions e Sinners Burlesque, mas esses exemplos são pouco frequentes; os construtores geralmente respondem com soluções inovadoras de design às oportunidades complexas e desafios apresentados.
Um lugar para observar isso é nos muitos sims espirituais do site, nos quais a arquitetura religiosa muitas vezes responde ao deslocamento da autoridade religiosa no mundo digital, uma vez que a falta de laços oficiais (sancionados) com a tradição oferece um designer mais atuante do que no mundo real. Leia mais a seguir para descobrir quatro casos que criam um espaço para a espiritualidade no Second Life e revelam algumas coisas que funcionam - ou não - na arquitetura sacra virtual de hoje.
Quatro dicas para começar a usar realidade virtual na arquitetura
Este artigo foi publicado originalmente no site da Autodesk .
Você está caminhando por uma elegante residência, admirando as grandes janelas da sala, as pinturas na parede e a cozinha espaçosa. Luminárias pendentes moldam um brilho suave, o piso de pedra brilha sob seus pés, os móveis são convidativos. Então, você tira os óculos de realidade virtual e retoma sua reunião.
Esse cenário está se tornando cada vez mais comum à medida que mais arquitetos incorporam a realidade virtual (VR) em suas atividades. Junto com seus primos - realidade aumentada (AR) e realidade mista (MR) - a realidade virtual permite que os projetistas aumentem as possibilidades de visualização, dando a colegas e clientes novas maneiras de experimentar e entender um edifício ou um espaço muito antes dele realmente ser construído. Com a VR, os arquitetos podem transmitir não apenas como um edifício será, mas também como ele será experenciado.
Um passeio virtual pela Case Study House #13 (Alpha House) de Richard Neutra
Das quatro casas projetadas por Richard Neutra para o programa Case Study Houses, apenas uma foi construída. Na vila imaginária composta pelas muitas casas não construídas do programa está a casa # 13, chamada Alpha House. O modelo 3D da Archilogic nos dá uma oportunidade de conhecer melhor este projeto de Neutra, que se localiza virtualmente ao lado da Omega House.
Cada um dos projetos de Neutra foi concebido para uma família de cinco pessoas e exprime sua abordagem psicanalítica em relação à arquitetura, em que a própria casa é uma parte íntima das relações familiares, tão importante quanto as personalidades envolvidas (Neutra conhecia pessoalmente Freud e era um seguidor de Otto Rank). Sublinhando esta visão freudiana, seus clientes imaginários [da casa Alpha e Omega], não são apenas vizinhos, mas parentes; a Senhora Alpha é irmã da Senhora Omega.
Um passeio virtual pela Casa Núcleo de Mies van der Rohe
A arquitetura depende de seu tempo. É a cristalização de sua estrutura interna, o lento desdobrar de sua forma. - Ludwig Mies van der Rohe
Em 1951, Mies van der Rohe projetou a Casa Núcleo, um projeto participativo que poderia ser concluído por seus moradores.
Este modelo flexível desafiou certos conceitos arquitetônicos, explorou novas tecnologias industriais e propôs um sistema modular para melhorar a qualidade e a acessibilidade da habitação.
10 modelos que mostram as vantagens do método de modelagem "point clouds"
Modelos 3D tradicionais compostos por superfícies nos ajudaram durante muito tempo a visualizar edifícios e espaços, mas eles frequentemente são associados a um custo: são arquivos muito pesados e exigem muito espaço e poder de processamento de dados. Como parte de nossa parceria com a Sketchfab, nossos parceiros mostram apresentam um método mais eficiente e cada vez mais popular de representar espaços arquitetônicos: point clouds [nuvens de pontos]. Este método consiste em um conjunto de pontos localizados em um sistema de coordenadas tridimensional que, quando reunidos, passam a impressão de uma superfície de um objeto ou edifício,
O método é bastante simples. A série de pontos é gerada por um scanner 3D que gira enquanto emite um laser que mede a distância até pontos em superfícies próximas. Esses dados são convertidos em um modelo poligonal que pode ser processado como qualquer outro modelo 3D. No entanto, as vantagens de manter a digitalização em forma de ponto são o que o torna ótimo. Os tamanhos dos arquivos são muito menores e a porosidade das nuvens de pontos torna possível ver através de paredes e superfícies, acessando espaços "ocultos" e visões incomuns de um ambiente aparentemente familiar. Saiba mais, a seguir.
Como renderizações físico-realistas ajudarão os arquitetos na escolha correta dos vidros para fachadas
As propriedades físicas dos vidros são inestimáveis e inigualáveis quando se trata da paleta de materiais dos arquitetos. Desde a época das catedrais e seus vitrais brilhantemente coloridos que serviam a um propósito funcional e didático, à liberação da planta baixa no modernismo e as vistas horizontais requintadamente emolduradas por amplas janelas, os arquitetos têm se voltado ao vidro para atingir não só a estética, mas condições performativas em seus projetos.
Hoje, os arquitetos têm à disposição diversas opções na especificação e no projeto com vidro para as fachadas de edifícios, uma vez que os fabricantes oferecem uma enorme variedade de cores, texturas e padrões. Uma ampla gama de revestimentos e tratamentos também foi desenvolvida, permitindo uma melhor seleção das placas de vidro com uma combinação de transmitância de luz, refletância e absorção para satisfazer as necessidades de quaisquer projetos arquitetônicos. Essas opções afetam a estética e o desempenho energético do vidro, e, portanto, toda a edificação.
Graças a ferramentas avançadas de cálculo, o desempenho energético pode agora ser antecipado com precisão, mas a representação gráfica do vidro ainda é um desafio, e ainda uma necessidade crucial para os arquitetos.
5 razões para utilizar realidade virtual em seu trabalho
Este artigo foi publicado originalmente na ArchSmarter intitulado "5 Ways Virtual Reality Will Change Architecture."
A Realidade Virtual (RV) está prestes a mudar para sempre a arquitetura, o que significa que cada empresa precisa decidir como vai responder a essas mudanças. Isso pode soar como uma hipérbole, mas imagens 3D e os benefícios computacionais não são nada em comparação com o que a realidade virtual traz.
As imagens geradas por computador são, em muitos aspectos, uma versão atualizada das representações desenhadas à mão no passado. A realidade virtual possibilita um modo totalmente novo de ver os projetos. Baseada no software de desenho existente, ela permite que você utilize modelos 3D e os experimente de maneiras surpreendentes. Portanto, se sua empresa está pensando se deve ou não investir em tecnologia de realidade virtual agora, aqui estão algumas razões pelas quais você deve deixar de considerar e começar mudando a forma como seu escritório de arquitetura funciona.
Modelo 3D mostra os danos causados pelo ISIS ao Templo de Bel em Palmyra
Em agosto do ano passado, muitos preciosos monumentos da antiga cidade de Palmyra foram danificados ou completamente destruídos pelas forças do ISIS em uma violenta tentativa de mandar uma mensagem ao resto do mundo. A questão debatida agora pela comunidade de preservação do patrimônio é como reconstruir e preservar estes edifícios e monumentos. O processo exige, evidentemente, um reconhecimento completo dos danos causados.
Logo após Palmyra ter sido retomada da ocupação do ISIS, a Iconem, uma companhia francesa especializada na digitalização de sítios arqueológicos, chegou a Palmyra para liderar a pesquisa. Em parceria com a DGAM (Direction Générale des Antiquités et des Musées) da Síria, a Iconem recebeu acesso ao cidade para analisar a extensão dos danos causados aos templos de Bel e Baalshamin, ao Arco Monumental, ao Vale das Tumbas e ao museu - todos sítios do mais elevado valor cultural e, portanto, grandes alvos da violência do ISIS.
7 sítios do patrimônio cultural em modelos 3D, por Sketchfab
Usar a fotogrametria para capturar e modelar edifícios reais é um modo fantástico de compartilhar tesouros culturais com o mundo, e com dispositivos de VR é possível oferecer percursos em sítios tombados localizados a milhares de quilômetros de distância. Mas além disso, capturar um modelo de um edifício é também um ótimo jeito de preservar digitalmente aquela estrutura em determinado momento histórico - esta técnica está sendo usada por Harvard e Oxford para proteger estruturas localizadas em regiões de conflito na Síria e no Iraque.
Neste sentido, nossos parceiros do Sketchfab compilaram uma série de tesouros culturais que foram imortalizados em suas plataformas. Continue lendo para conhecer estes sete modelos e não esqueça de você também pode visualizá-los em realidade virtual com o Google Cardboard.
Um passeio virtual pela Case Study House #1 de Julius Ralph Davidson
O modelo virtual compartilhado este mês pela Archilogic é um passeio pela primeira Case Study House, projetada por Julius Ralph Davidson. Após a Segunda Guerra Mundial, os soldados dos EUA voltaram dos campos de batalha na Europa para seu país. Com muitos traumas oriundos da guerra, provavelmente só queriam reconstruir suas vidas e se instalar definitivamente em algum local.
Deve ter sido difícil voltar à normalidade. Algumas pessoas queriam viver o "sonho americano": a busca pela felicidade à qual todo cidadão estadunidense tem direito. Esta era uma ideia frequentemente refletida em filmes hollywoodianos e sugeria que todos que trabalhassem duro obteriam sucesso pessoal. Hollywood produziu repetidamente histórias do Sonho Americano.
Respondendo a 5 questões sobre realidade virtual na arquitetura
Não há dúvida de que a realidade virtual tem o potencial de mudar a arquitetura. Mas assim como todas as novas tecnologias, ela pode ser, inicialmente, de difícil compreensão. Neste artigo, originalmente publicado em seu perfil no LinkedIn, Kym Porter responde a cinco questões sobre realidade virtual (VR) na arquitetura.
Há um movimento prestes a acontecer na indústria do design e da arquitetura e ele envolve a VR. Tenho usado esta tecnologia há mais de um ano e pensei em compartilhar cinco das perguntas mais comuns que tenho recebido até agora.
Um passeio virtual pela Case Study House #9 (Entenza House) de Eames e Saarinen
Este mês compartilhamos o passeio virtual por uma residência bela e simples de estrutura metálica projetada por Charles Eames e Eero Saarinen. O Case Study House Program, iniciado por John Entenza em 1945 em Los Angeles, foi concebido para oferecer ao público modelos de habitações modernas de baixo custo. Prevendo o boom na construção civil após a Segunda Guerra Mundial, Entenza convidou renomados arquitetos, como Richard Neutra, para projetar e construir casas para clientes usando materiais doados de fabricantes e da indústria da construção.
Entenza era o editor da revista mensal Arts & Architecture, na qual publicou as ideias dos arquitetos que havia convidado. Dois destes arquitetos eram Eero Saarinen e Charles Eams, que, para a Case Study House n° 9, Entenza convidou a projetarem sua própria casa. A residência foi construída a apenas alguns metros da casa Charles e Ray Eames, que a dupla também construiu como parte do programa.
Mergulhe em modelos 3D online com a nova ferramenta de realidade virtual do Sketchfab
Sketchfab, a plataforma online de compartilhamento e visualização de modelos 3D, anunciou uma nova ferramenta em seu software que transforma qualquer um de seus modelos em uma experiência de realidade virtual quando visto em um smartphone combinado com o Google Cardboard. O Sketchfab permite que os usuários façam upload de diversos formatos de arquivos de modelos 3D, que podem, então, ser compartilhados e visualizados em qualquer navegador de internet sem a necessidade de plug-ins ou outros softwares. Como resultado, nos últimos anos eles construíram um enorme banco de dados com mais de meio milhão de modelos 3D, que poderão, com esta nova ferramenta de realidade virtual, ser experienciados de uma forma completamente nova.
Um passeio virtual pela Case Study House #6 (Omega House) de Richard Neutra
Esta maquete 3D é o mais próximo que se pode chegar da edificação real, uma vez que a Omega House é um das poucas Case Study Houses que nunca foram construídas. Apresentada no programa de Estudos de Caso da revista Arts & Architecture em 1945, apresenta um dos conceitos mais inovadores desta série, algo que você pode explorar agora em seu browser.
O arquiteto, Richard Neutra, era uma celebridade em seu tempo, entre muitos modernistas pregidiados. Neutra nasceu em Viena e chegou aos Estados Unidos já depois dos 30 anos. Trabalhou para Erich Mendelsohn, para Frank Lloyd Wright, e brevemente com Rudolph Schindler. Muitos de seus trabalhos eram residências, estruturas que conseguir transformar em obras muito fotogênicas. Neutra carregava consigo algumas das manias aristocráticas de Mies van der Rohe, temperadas com o igualitarismo animado da costa oeste de Charles e Ray Eames. Estampou a capa da Revista Times aos 40, e pode ser um dos únicos arquitetos proeminentes que construiu uma igreja drive-in. Talvez o mais notável, Ayn Rand escreveu o roteiro de The Fountainhead, (Vontade Indômita, em portugues ), enquanto vivia em uma casa projetada por Neutra.
Um passeio virtual pela Case Study House #21 (Bailey House) de Pierre Koenig
A Case Study House 21 (Bailey House) de Pierre Koenig representa um ícone no programa Case Study, projeto visionário que reinventa o estilo de vida moderno desenvolvido por John Entenza para a revista Arts & Architecture. Ao ser concluída em 1959, a Arts & Architecture aplaudiu-a como "uma das ideias mais limpas e genuínas no desenvolvimento da pequena casa contemporânea", e continua sendo uma residência unifamiliar muito influente para arquitetos em todo o mundo. Agora o Archilogic modelou este ícone em 3D, para que você possa explorá-lo sozinho.
Um passeio virtual pelo Pavilhão de Barcelona de Mies van der Rohe
O Pavilhão de Barcelona foi utilizado oficialmente apenas uma vez e foi no dia 27 de maio de 1929, quando o rei da Espanha, Alfonso XIII, participou de uma cerimônia para a sua abertura. O seu papel, de acordo com uma declaração oficial do presidente Paul von Hindenburg, era "apresentar o espírito da nova Alemanha: simplicidade e clareza de meios e intenções, tudo é aberto, nada está oculto". Como a primeira participação oficial da Alemanha em um evento internacional desde o fim catastrófico da Primeira Guerra Mundial, foi um dia de enorme importância simbólica, com a presença de diplomatas, aristocratas e outras personalidades. Dentro de alguns anos, a paz entraria em colapso, tanto em Barcelona quanto em Berlim mas, por um momento, em maio, a modernidade foi recebida com otimismo.
O Pavilhão de Barcelona tinha a intenção de incorporar esse momento. Livre de ornamento externo, a edificação foi feita com materiais luxuosos. Paredes foram formadas com placas finas de pedra semi-preciosa luminosa, de mármore polido verde para ônix dourada. Segundo o relato influente de Philip Johnson, elas não limitavam fisicamente espaço mas sim, sugeriam um movimento fluído, e não dividiam, conectavam; trazendo o interior para o exterior, continuando para além da linha da cobertura ao jardim. Enquanto as colunas forneciam uma espécie de grade cartesiana de pontos que amarravam o telhado, as paredes foram posicionadas livremente. No pátio há uma escultura de bronze, de braços no ar em um gesto que poderia ser uma dança ou uma expressão de dor, refletida na piscina. Com as paredes assimétricas, a pedra de luxo, a luz brilhante, o pódio em que a edificação foi assentada; O pavilhão foi, ao mesmo tempo um edifício hiper-modernista e uma ruína clássica.
Um passeio virtual pela Casa Farnsworth de Mies van der Rohe
A Casa Farnsworth, o templo do modernismo, projetado por Mies van der Rohe como um retiro de fim de semana para um médico de Chicago, é uma das casas mais paradoxais do século 20. Miragem perfeccionista, ela flutua como um pavilhão em um parque, mas sua história tem sido assolada por pragas e inundações. Na segunda parte de uma série de três clássicos modernistas apresentados pela Archilogic, modelamos a casa Farnsworth para que você possa ver se - a despeito de sua reputação austera - ela é habitável afinal. Neste modelo você pode explorar o arranjo espacial da casa e redecorá-la com cadeiras Eames ou móveis da IKEA.