
Nem todo cinza de São Paulo é triste. A cidade foi o caldeirão de uma das escolas mais importantes da arquitetura brasileira, a brutalista. Com nomes fortes como Lina Bo Bardi e Vilanova Artigas, o movimento buscou a poesia dura do concreto. Mas o maior expoente do brutalismo paulista acaba de entrar também para o seletíssimo grupo de um dos maiores arquitetos do mundo. Na semana passada, Paulo Mendes da Rocha recebeu a medalha de ouro do Royal Institute of British Architects, honraria que receberam também Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. Esse prêmio só vem a se somar a tantos outros como o Leão de Ouro na Bienal de Veneza, o Praemium Imperiale japonês e o Prêmio Pritzker.