Seja devido à demolição total ou parcial de um edifício, seja para reforma ou adaptação de uma estrutura existente — em busca de sistemas de cobertura mais eficientes —, telhas de barro e cimento são materiais que muito frequentemente acabam virando entulho. Devido ao seu baixo custo de produção, telhas não costumam ser recicladas e reaproveitadas cotidianamente, menos ainda utilizadas para cumprir outra função que não a de cobertura. Felizmente, somando-se a uma crescente conscientização sobre os custos ambientais da produção de materiais para a construção civil, a cada dia mais, arquitetos e arquitetas têm se comprometido a reciclar e reaproveitar resíduos de antigas estruturas obsoletas, estabelecendo uma arquitetura responsável e inovadora. A seguir, elencamos alguns recentes projetos que apresentam soluções alternativas para a reciclagem e reincorporação de telhas na arquitetura contemporânea, seja em paredes, fachadas, elementos de proteção solar, pisos e até mobiliário.
Rubble Stone: O mais recente de arquitetura e notícia
Reciclagem de telhas: 15 exemplos de reuso na arquitetura contemporânea
Materiais e técnicas construtivas tradicionais na arquitetura contemporânea chinesa
A arquitetura vernácula nasce da escassez, da restrição de materiais e recursos disponíveis assim como de barreiras físicas, geográficas e dificuldades para transportar matérias primas de um lugar para outro. Ela se adapta ao seu contexto, utilizando materiais locais e técnicas construtivas tradicionais. Como uma tendência sempre presente, muitos arquitetos ainda buscam inspiração no passado, e cada vez mais têm incorporado com sucesso materiais e técnicas construtivas locais em seus projetos. Este artigo pretende oferecer uma visão abrangente de como os materiais tradicionais, como tijolos e telhas de barro, pedras, bambu, estruturas de madeira e taipa estão sendo ressignificados em um movimento que talvez poderíamos chamar de “a nova arquitetura vernacular chinesa”.
Wang Shu e a reciclagem de materiais na arquitetura chinesa contemporânea
Ao longo dos dois últimos séculos, a China passou por um vertiginoso processo de expansão demográfica e urbana, resultando na completa descaracterização de sua paisagem histórica, onde inúmeras pequenas cidades e vilarejos acabaram sendo varridos do mapa, substituídos por novas infra-estruturas urbanas e edifícios cada vez mais altos. À medida que a antiga paisagem chinesa vai desaparecendo sob o novo tecido urbano da China do século XXI, importantes elementos da cultura cívica e social também estão sendo esquecidos e negligenciados. Wang Shu, o primeiro arquiteto chinês a ser galardoado com o Prêmio Pritzker, tem lidado com esta delicada situação cotidianamente desde o início de sua carreira, desenvolvendo uma arquitetura que busca construir pontes entre o passado e o presente. Utilizando materiais reciclados e recuperados de antigas estruturas abandonadas ou destruídas, Wang Shu está resignificando a arquitetura tradicional chinesa no contexto de um país em rápido e incansável processo de desenvolvimento e expansão urbana. A seguir, discutiremos algumas das principais obras construídas por Wang Shu, como o Museu de arte contemporânea (2005) e o Museu Histórico de Ningbo (2008), e o Campus da Nova Academia de Arte de Hangzhou (2004).
Restaurante Xijing Bay / 1406 STUDIO
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Arquitetos: 1406 STUDIO, Institute of Shanghai Architectural Design and Research; 1406 STUDIO, Institute of Shanghai Architectural Design and Research
- Área: 607 m²
- Ano: 2016