O Workshop de Verão “Mais do que Casas” está agora aberto à participação de estudantes e jovens arquitetos, e decorrerá entre 13 e 21 de julho de 2024 na FAUP, no Porto, bem como em Évora, Famalicão e Setúbal, Portugal.
O Workshop contará com a participação de Ângela Ferreira (artista), António Bolota (artista), Arno Brandlhuber & Olaf Grawert (bplus.xyz/ House Europe!), Cristina Guedes & Francisco Vieira de Campos (Menos é Mais Arquitectos), Diogo Burnay & Cristina Veríssimo (CVDB Arquitectos), Enrico Molteni (Enrico Molteni Architecture), Filipa Guerreiro & Tiago Correia (Atelier da Bouça) & Ana Fernandes (CEFA/OPPALA), João Gomes da Silva (arquitecto
As cenas iniciais do premiado filme brasileiro “Cidade de Deus” (2002) mostram um conjunto habitacional na periferia do Rio de Janeiro o qual, posteriormente, se transforma em um reduto de pobreza e violência. Apesar do filme se passar na década de 60, o conjunto habitacional escolhido como cenário era um complexo recém construído.
Essa escolha, de fato, não fez diferença alguma pois, apesar dos 40 anos que separam a época retratada no filme e as filmagens, as soluções arquitetônicas utilizadas pelos programas habitacionais no país continuaram as mesmas, replicando modelos datados e evidenciando a estagnação o setor.
Espera-se que a população urbana da África subsaariana aumente em quase 70% no ano de 2025, uma rápida urbanização que envolve naturalmente o setor da construção civil. No entanto, os métodos atuais de planejamento em técnicas de construção, infraestruturas e ciclos econômicos, não são suficientes para sentar bases sólidas para um desenvolvimento urbano e social sustentável da região.
Em uma experiência acadêmica desenvolvida no Instituto de Arquitetura Experimental da Bauhaus-Universität Weimar, estudantes construíram três protótipos residenciais na escala 1:1 para Addis Abeba, capital da Etiópia e coração da hiper-urbanização. Conheça cada projeto detalhadamente, a seguir.
Com sede em Bordeaux e Bayonne, o estúdio de arquitetura Leibar&Seigneurin produziu um vídeo para introduzir seu projeto de habitação social em Anglet. Recentemente o ArchDaily publicou um vídeo sobre um projeto desse mesmo estúdio em Bordeaux, no qual eles explicam como o filme pode representar o tecido da arquitetura melhor que a fotografia. No vídeo mostrado acima os arquitetos discutem como a forma monolítica de seu projeto em Anglet assume uma qualidade escultural, com vários elementos que animam as fachadas e se voltam para o pátio.
Na década de 70, torres eram vistas como uma solução ideal para habitação de interesse social. Nas décadas seguintes, entretanto, muitos dos apartamentos destas edificações começaram a ser ocupados por uma única pessoa ou por idosos, ao invés das jovens famílias de baixo poder aquisitivo para as quais estas torres foram originalmente projetadas. Hoje, embora haja muitas opções possíveis, a solução mais dramática é, por vezes, levada a cabo: derrubar os edifícios e recomeçar do zero.
Um grande exemplo são as torres Rabot em Ghent, Bélgica. No passado essas três torres acomodavam cerca de 840 moradores, no entanto, os padrões de qualidade e segurança das edificações ficaram obsoletos e não são mais adequados para habitação. Por exemplo, uma das torres conta com apenas um hall de entrada para 190 apartamentos distribuídos em 17 pavimentos. Já que uma requalificação completa das torres custaria muito caro, em 2009 a cidade decidiu demoli-las e substituí-las por 400 unidades em um plano de baixa densidade. A demolição da primeira torre está atualmente em curso. Com a remoção dos painéis de fachada pode-se ver através da face pública, revelando os diversos ambientes internos ritmados pelas esquadrias das janelas, quase como uma pintura abstrata.
Veja mais imagens dos interiores coloridos das torres a seguir...
Um problema universal enfrentado atualmente por cidades em todo o mundo é a questão da Habitação de Interesse Social. Este tema se manifesta de formas diferentes em cada lugar: em alguns casos, a habitação construída com base em princípios modernistas demonstrou-se insustentável e socialmente problemática; em outros, o desafio é substituir as construções informais por propostas de habitações seguras - sem, com isso, repetir os erros do modernismo.
Para tratar dessas questões, o UN Habitat lançou, em setembro passado, um concurso estudantil visando reunir projetos habitacionais locais, específicos para diferentes cidades em todo o mundo. Reunimos a seguir os vencedores gerais da competição, bem como algumas de nossas propostas favoritas das 6 competições regionais e 38 vencedores nacionais, dentre os quais a proposta de uma equipe brasileira para a comunidade Chico Mendes, em Florianópolis, SC.
74 m2 é um documentário que retrata a travessia das líderes de 150 famílias em Valparaíso para conseguir a casa própria. A equipe liderada pela direção de Tiziana Panizza e Paola Castillo acompanhou estas mulheres durante sete anos, abordando o tema da integração social no novo bairro, as divisões na comunidade e os desastres provocados pelas chuvas nas novas residências. Uma luta pela casa própria que se repete ao longo de todo Chile.
O documentário é uma coprodução entre Errante, Coletivo La Tribu e ITVS. Mais informações sobre o filme, a seguir.