A inércia da política e da governança em um momento no qual grandes mudanças sociais estão ocorrendo em um ritmo cada vez mais rápido - sem falar na insatisfação com o processo de tomada de decisão - abre espaço para ações de baixo para cima, ativismo e esforços ousados. Diante de tantos exemplos de ativismo social, os arquitetos têm ferramentas para construir suas próprias posições? A arquitetura tem o poder de alterar o status quo?
Stephane Malka: O mais recente de arquitetura e notícia
A dimensão política da arquitetura: ativismo e desenho
Arquiteturas para sem-teto: quais abordagens temos visto?
Na última pesquisa global realizada pelas Nações Unidas em 2005, havia cerca de 100 milhões de pessoas que estavam desabrigadas em todo o mundo e 1,6 bilhões que viviam em moradias inadequadas. Este número aumentou nos últimos anos; moradia inacessível tornou-se uma regra global, tornando cada vez mais difícil para os desfavorecidos procurarem abrigos permanentes, ou mesmo temporários.
À medida que a moradia se torna um meio de acumular riqueza em vez de cumprir sua meta fundamental de abrigo, arquitetos bem-intencionados tentam resolver a crise dos sem-teto por meio de ideias criativas e projetos inovadores. Mas a arquitetura é realmente a solução?
A-KAMP47 / Stephane Malka
Em uma seção industrial de Marselha, barracas sobem uma parede de uma fábrica como uma trepadeira, abrigando campistas urbanos e os sem-teto locais. A-KAMP47, a mais nova instalação de Stephane Malka, sutilmente critica a promessa do Estado francês de habitação universal, bem como faz um comentário de arquitetura - Malka cita de as Unidades Habitacionais de Le Corbusier como inspiração. Samuel Medina da Metropolis Magazine se aprofunda no projeto em "Hiding in Plain Sight".