Para a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia, o pavilhão nacional da Letônia será transformado em um supermercado que reúne ideias arquitetônicas e produtos de diferentes origens. Comissionada por Jānis Dripe e pelo Ministério da Cultura da República da Letônia, a exposição tem curadoria de Uldis Jaunzems-Pētersons e foi concebida por uma equipe composta por Ernests Cerbulis, Ints Menģelis, Toms Kampars e Karola Rubene. O Pavilhão ficará aberto de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
Supermercados: O mais recente de arquitetura e notícia
Pavilhão da Letônia apresenta um supermercado de ideias arquitetônicas na Bienal de Veneza 2023
O que um sachê de fermento biológico tem a dizer sobre o futuro das nossas cidades
Desde o início do surto de coronavírus no Chile, o consumo de pão no país alcançou níveis jamais registrados anteriormente. Isso que o Chile é o segundo maior consumidor de pão per capita do mundo. Como resposta às medidas de distanciamento social, os chilenos correram para os supermercados esgotando os estoques de fermento biológico na capital Santiago em poucos dias, levando-nos a acreditar que ao que parece, a maioria da população decidiu estocar ingredientes para a fabricação caseira de pães como uma medida para lidar com as incertezas trazidas pela pandemia. Todo mundo decidiu botar a mão na massa, e lá em casa não foi diferente.
Circuitos alimentares na cidade de São Paulo é tema de exposição na Bienal de Arquitetura de Seul 2017
O Centro Universitário Belas Artes de São Paulo desenvolveu a exposição O Circuito dos Alimentos na cidade de São Paulo para representar o município na Bienal de Arquitetura de Seul 2017. Em uma megacidade como São Paulo, onde as pessoas sofrem os perigos da alienação e da insegurança nutricional, o circuito alimentar é uma questão estratégica. Além de ser uma dimensão-chave da questão urbana, é fundamental na busca da sustentabilidade urbana e da equidade social. Em São Paulo, os circuitos alimentares de curta distância que conectam e aproximam os locais de produção, armazenamento, distribuição e consumo de alimentos saudáveis e naturais, produzidos sem pesticidas, ajudam a conter a expansão urbana precária e informal nas periferias, especialmente nos mananciais. O texto abaixo, desenvolvido por Kazuo Nakano, clarifica essas questões e norteou o trabalho.
Agricultura Urbana na América Latina: Uma opção real de alimentação para nossas cidades?
"O morador urbano de hoje não sabe de onde vem ou como são produzidos os alimentos que consome ou como eles são distribuídos. Nós nos tornamos dependentes de grandes e poderosas corporações que trazem grandes quantidades de alimentos de fazendas industrializadas aos nossos supermercados. Mas todo o processo permanece oculto, é massivamente complexo e, em última análise, insustentável." Carolyn Steel, autora de Hungry City, em sua palestra TED."How Food Shapes Our Cities" (Como o alimento molda nossas cidades).
Em algumas partes do mundo, as pessoas estão lentamente começando a "revolução dos alimentos." A necessidade causada pela crise econômica ou a mudança de mentalidade das pessoas que procuram comer melhor para prevenir doenças quase epidêmicas, como a obesidade, têm impulsionado a ação das pessoas, tomando a situação em suas próprias mãos e se tornando apicultores urbanos ou "agricultores de telhado."
Na América Latina, apesar de seus muitos benefícios aparentes, esta questão ainda não é foco de debates cotidianos, mas timidamente vêm alcançando algumas famílias. Apesar da participação de grupos comunitários e da pressão política serem vitais para promover esses movimentos, também o poderia ser o projeto arquitetônico.
Veja, a seguir, alguns programas de agricultura urbana de sucesso na América Latina e uma série de propostas internacionais que podem nos dar idéias como a arquitetura pode apoiar essa revolução, se colocarmos o alimento no centro do projeto.