Friburgo é considerada a capital ecológica da Alemanha desde 1992 quando recebeu um prêmio com esta denominação após a aprovação em 1986 de medidas que exigiam requisitos de sustentabilidade em seus projetos de energia e transporte com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.
Resultado disso, hoje em dia há centenas de painéis solares instalados nas coberturas de seus edifícios que aproveitam o potencial energético das 1.800 horas de luz do sol anuais que banham a cidade localizada no "cinturão solar" da Alemanha. Além disso, a cidade conta com uma rede cicloviária de 400km de extensão que faz dela o epicentro do ciclismo urbano do país.
Incentivar o uso dos transportes não motorizados e dos transportes públicos como alternativa aos automóveis é uma questão central na busca de um desenvolvimento mais sustentável. Assim, muitos países implementaram políticas com o objetivo de influenciar a escolha modal da população e buscar um sistema de mobilidade mais eficiente e menos poluente. Nesse contexto, verificou-se que iniciativas focadas somente em investimentos nos sistemas de transporte não resultavam em mudanças rápidas para modos menos poluentes e novas políticas foram mobilizadas para encorajar as pessoas a optarem pela bicicleta, caminhada ou transportes públicos. Às vezes, essas políticas envolvem incentivos, tais como as ações de sensibilização mostrando os benefícios dos deslocamentos ativos para a saúde, encorajando a escolha desse tipo de transporte ao invés dos individuais motorizados. Outras ações são dissuasivas, como por exemplo, o aumento das tarifas de estacionamento de veículos ou o fechamento de ruas para tornar o seu uso mais rápido e fácil para pedestres e ciclistas.
Na Bienal de Arquitetura de Chicago, o tema escolhido pelos diretores Joseph Grima e Sarah Herda foi deliberadamente amplo em escopo, com a expectativa de que mais de cem expositores trouxessem a sua própria perspectiva sobre o que é "O Estado da Arte da Arquitetura". Mas onde entra nisto uma das missões mais amplamente adotadas na arquitetura do século XXI: a sustentabilidade? Neste artigo, originalmente publicado no Architectstasy como "Chicago Architecture Biennial: The State of the Art of Sustainability" Jessica Letaw analisa cinco projetos que abordam a sustentabilidade no contexto da Bienal de Chicago.
Na primeira bienal de arquitetura da América do Norte, a Bienal de Chicago, sob o tema "O Estado da Arte da Arquitetura", firmas e estúdios de arquitetura de todos os seis continentes habitados foram convidados a mostrar seus trabalhos. Abrangendo todos os tamanhos e tipos de projetos, a Bienal apresenta soluções para problemas de projetos, desde teias de aranha à habitação social.
Os edifícios dos EUA usam cerca de 40% de todo o consumo de energia do país. É uma verdade desconcertante e mesmo que cada novo edifício passe a ser auto-suficiente no consumo de energia e água, o país ainda estaria em um curso intensivo, drenando recursos mais naturalmente disponíveis do que o nosso único planeta pode sustentar permanentemente . Neste ambiente, os arquitetos têm uma responsabilidade especial para educar-se sobre técnicas inovadoras de design sustentável, desde aqueles que têm trabalhado durante milhares de anos até aqueles que, como o título da Bienal sugere, são o estado da arte.
Então, o que a Bienal tem a dizer sobre sustentabilidade? Cinco projetos expostos demonstram diferentes abordagens em cinco escalas diferentes: materiais, edifícios, recursos, cidades e o globo.
https://www.archdaily.com.br/br/777489/5-projetos-na-bienal-de-chicago-que-mostra-o-estado-de-arte-da-sustentabilidadeJessica A S Letaw
A tecnologia de fabricação de vidros evoluiu ao longo dos anos e fez com que esse material conquistasse no mercado da construção civil um espaço que vai além do valor estético que pode agregar aos edifícios. Agora, os vidros passaram a ser funcionais, sendo usados atualmente como aliado das construções sustentáveis por poder reduzir o calor, gerar economia de energia e até para reduzir o consumo de água.
Edifícios de madeira são regularmente celebradas por seu aspecto sustentável, pois o dióxido de carbono retirado da atmosfera pelas árvores permanece retido na estrutura do edifício. Mas e se pudéssemos fazer melhor, projetar edifícios que não só retém o carbono, mas ativamente absorvem dióxido de carbono para reforçar a sua estrutura? Neste artigo, originalmente publicado pela Federação Internacional de Arquitetos Paisagistas como "Baubotanik: Botanically Inspired Biodesign", Ansel Oommen explora a teoria e técnicas de Baubotanik, um sistema de construção com árvores vivas que busca alcançar exatamente isso.
As árvores são as guardiãs altas e tranquilas de nossa narrativa humana. Elas passam a vida inteira respirando para o planeta, sustentando vários ecossistemas, ao mesmo tempo que asseguram serviços essenciais na forma de alimento, abrigo e medicamentos. Seus ramos resilientes elevam tanto o céu como nossos espíritos. Sua grandeza refletida no velho musgo é um testamento da mudança dos anos e séculos, tanto que imaginar um mundo sem árvores é como imaginar um mundo sem vida.
Para continuar existindo, então, a humanidade não só deve coexistir com a natureza, mas também ser o seu benfeitor ativo. Na Alemanha, esta aliança é encontrada através da Baubotanik, ou Construções com Plantas Vivas Construções. Criado pelo arquiteto Dr. Ferdinand Ludwig, a prática foi inspirada na antiga arte da arborescultura.
O Design Trust for Public Space e a Farming Concrete lançaram o Farming Concrete Data Collection Toolkit: a primeira plataforma pública para reunir, rastrear e compreender a produção da agricultura urbana e os benefícios dos jardins comunitários, fazendas urbanas e escolas jardins. Resultado de seis anos de esforços, a plataforma conta com um manual com os métodos de gerar e coletar dados em cada jardim e fazenda acompanhado de vídeos didáticos; um portal online para fazendeiros e jardineiros compartilharem e monitorarem suas produções (Barn); e um banco de dados público que oferece acesso aos números e relatórios para produtores, pesquisadores, políticos, investidores e qualquer interessado em agricultura urbana (Mill).
O pesquisador Sofoklis Giannakopoulos do Institute for Advanced Architecture of Catalonia (IAAC) apresentou recentemente a Pylos, uma impressora 3D que permite construir com um material naturam biodegradável, barato, reciclável, local e que todos conhecemos: a terra.
Em uma busca pessoal de tornar a impressão 3D um "método construtivo em grande escala" em anos de turbulência econômica e ambiental, Pylos explorará o potencial estrutural de um material construtivo presente em grande parte do hemisfério sul do mundo - porém, frequentemente carregado de conceitos negativos associados ao subdesenvolvimento.
Uma equipe de estudantes da Stevens Institute of Technology (SIT) de New Jersey venceu o 2015 Solar Decathlon com uma "Casa Costeira para o Futuro" - a SU+RE House.Economicamente acessível, independente da rede elétrica e totalmente abastecida por energia solar, a casa foi inspirada na devastação causada pelo Furacão Sandy e tem como objetivo servir de protótipo para casas costeiras.
"SU+RE HOUSE é abastecida por energia solar limpa e usa 90% menos energia que casas convencionais", afirmou a equipe vencedora. "Após uma tempestade, a SU+RE HOUSE pode se tornar um hub emergencial para suprir a demanda de energia das casas do entorno."
Aparelhos de climatização são comuns em muitas ambientes domésticos e de trabalho. Estes equipamentos e dispositivos, que ajudam a amenizar o desconforto das altas temperaturas, são responsáveis por grande parte do consumo de energia elétrica e contribuírem para a chamada “pegada de carbono”, que consiste na quantidade de CO2 produzida diariamente por cada pessoa.
Pensando nisso, estudantes do Institute of Advanced Architecture of Catalunya (IAAC), na Espanha, criaram um protótipo de parede que visa resfriar o ambiente sem a necessidade destes aparelhos elétricos.
Semana passada a Prefeitura de São Paulo anunciou um projeto que prevê descontos de até 12% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de edificações ditas “sustentáveis”. A alteração na lei vigente será encaminhada à Câmara dos Vereadores e, segundo o prefeito Fernendo Haddad, não deve enfrentar dificuldade para ser aprovada.
Atualmente em construção, a primeira obra de Steven Holl na América Latina, o futuro edifício de doutoramento das faculdades de Ciências Econômicas, Direito, Ciências Poóiticas e Sociais da Universidade Nacional (UNAL), foi eleita pela Sociedad Colombiana de Arquitectos como um dos melhores projetos urbanísticos do país.
"[O edifício] fará com que a Colômbia tenha uma visão inovadora com critérios de vanguarda em temas de infraestrutura", informou a Agência de Notícias da universidade sobre a recente premiação.
Este artigo, publicado originalmente na GreenBiz, é de autoria de Lance Hosey, diretor de sustentabilidade daRTKL.
Um dos grandes nomes da sustentabilidade, Hunter Lovins, certa vez disse que a indústria da construção é "dinamicamente conservadora - ela trabalha duro para permanecer no mesmo lugar."
Mas os velhos hábitos não podem resolver completamente novos desafios. De acordo com a 350.org, as empresas de combustíveis fósseis tem atualmente em suas reservas cinco vezes a quantidade de carbono que, se queimada muito rapidamente, poderia elevar as temperaturas atmosféricas a níveis catastróficos onde tempestades da escala do furacão Sandy poderiam se tornar frequentes. O progresso rápido e profundo é imperativo.
A arquitetura está em uma arena essencial para a inovação sustentável. As construções representam cerca da metade da energia gasta e das emissões anuais nos EUA e três quartos da eletricidade consumida. Com o ambiente da construção em crescimento - o parque imobiliário dos EUA aumenta cerca de 278 milhões de metros quadrados a cada ano - os arquitetos têm uma oportunidade histórica para transformar este impacto em algo positivo.
Continue lendo para descobrir os 6 estratégias que os arquitetos podem usar para transformar a profissão, a seguir...
Conhecido por suas obras que criam espaços verdes em áreas urbanas do Vietnã, o escritório Vo Trong Nghia Architects divulgou seu mais recente trabalho, uma série de edifícios na cidade de Ho Chi Minh - três torres revestidas de bambu. Localizado a 3,5 km do centro da cidade, o projeto intitulado "Diamond Lotus" tem capacidade para 720 famílias e área total de 67.240 metros quadrados. Saiba mais sobre o projeto a seguir.
Em sua 2ª edição, de 10 a 12 de novembro, a Expo Arquitetura Sustentável, reúne todos os modelos e normas de certificações do mercado, integrando toda a cadeia industrial com os arquitetos, construtores e incorporadores, apresentando inovações, tecnologias, conceitos e soluções de sustentabilidade para eficiência na construção de residências, escritórios e indústrias.
Entre os dias 2 e 8 de novembro acontecerá o primeiro ConiARSUS- Congresso Internacional de Arquitetura Sustentável, um evento totalmente online que contará com a presença de profissionais renomados de arquitetura, construção e design sustentável.
O escritório Lorcan O’Herlihy Architects (LOHA) projetou um sistema especulativo de intervenções para o Los Angeles River que "examina a relação entre urbanização e uso da água para desenvolver novos modelos de adensamento que reconhece e se baseia em padrões ecológicos e infraestruturais existentes". Chamado de WATERshed, o projeto faz parte da exposição “Shelter: Rethinking How We Live in Los Angeles” em cartaz no A+D Museum que explora novas tipologias de habitação em Los Angeles.
Com seu modelo de regeneração urbana, LOHA espera abordar questões como a estiagem na Califórnia e a previsão da ONU de que até 2030 quase metade da população mundial estará vivendo em áreas assoladas por problemas hídricos. Assim, o plano utiliza o Los Angeles River como fonte de água para proporcionar caminhos de crescimento sustentável em Los Angeles, fazendo da cidade um exemplo para outras cidades.
Ao longo dos últimos 20 anos, os filmes da Pixar atraíram grandes públicos ao redor do mundo. Nas vendas de bilheteria em todo o mundo o seu primeiro filme, Toy Story (1995), alcançou a cifra de US$362 milhões, seguido por Vida de Inseto (1998) US$363 milhões, Toy Story 2 (1999) US$485 milhões, Monstros SA (2001) US$525 milhões, e Procurando Nemo (2003) a impressionante marca de US$865 milhões.[1] Faturando em alugueis de filmes e compras de DVDs, juntamente com direitos autorais para TV a cabo, parques temáticos e produtos que estampam seus personagens, a influência da Pixar em gerações de crianças e adultos em todo o mundo tem sido enorme. Em termos de impacto global, nenhum educador, autor, ou arquiteto chegou tão longe.
Enquanto o papel pioneiro da Pixar no mundo do cinema, das histórias e de animação gráfica já está bem documentado, suas conexões com a arquitetura ainda têm que ser exploradas. Um dos maiores talentos da Pixar está em sua habilidade de criar mundos arquitetônicos convincentes dentro do mundo humano que habitamos diariamente. Os mundos da Pixar podem se tornar uma nova ferramenta para incentivar o pensamento crítico sobre nosso ambiente.
https://www.archdaily.com.br/br/772123/4-licoes-que-os-filmes-da-pixar-podem-nos-ensinar-sobre-arquiteturaAnastasia Sekalias and Kathryn H. Anthony