Enquanto a noção de "tempo livre" é, por natureza, associada a escolhas individuais e estar momentaneamente "livre" em relação às demandas da vida cotidiana, a quantidade e qualidade de tempo que temos à nossa disposição está intimamente ligada às forças da cidade. Quando o congestionamento aumenta, a quantidade e qualidade de tempo livre dos moradores da cidade diminui. O congestionamento reduz as oportunidades das pessoas de construir amizades, diminui a energia para praticar hobbies fora do trabalho e esgota o tempo que as pessoas têm para viver, não se deslocar. Com as crescentes taxas de aquisição de automóveis contribuindo com o aumento dos congestionamentos, os prefeitos estão tomando medidas para inverter esta tendência – tanto em relação aos impactos sobre a qualidade de vida dos moradores como em relação ao custo econômico de permanecer parado no trânsito.
As cidades brasileiras de São Paulo e Belo Horizonte mostram que isso depende tanto das políticas municipais como de mudanças individuais. Deve-se modificar as estratégias de mobilidade centradas no automóvel, impulsionando o Brasil em direção a um futuro de mobilidade sustentável e alta qualidade de vida para seus habitantes urbanos.