No início da carreira, muitos arquitetos e arquitetas se veem em situações descritas por alguns como "patinar e não sair do lugar", pois suas expectativas não correspondem à realidade que encontram e isso só piora com o passar do tempo. Motivados pelo "ganho de experiência", os jovens profissionais se submetem a longas jornadas de trabalho, inclusive nos finais de semana, com baixos salários e muita exigência física e mental, o que muitas vezes resulta em um esgotamento do indivíduo (burnout). Por conta dessas condições de trabalho, o prestígio da profissão desaparece. Tendo isso em mente, como esses profissionais podem lutar pelos seus direitos trabalhistas após décadas de exploração? E o que está sendo feito para garantir esses direitos?
The New York Times: O mais recente de arquitetura e notícia
Direitos trabalhistas e condições de trabalho na arquitetura: quando seremos ouvidos?
Julia Morgan: a fascinante história de pioneirismo de uma arquiteta muito à frente de seu tempo
Desde que foi fundado em 1851, o The New York Times tem por costume publicar obituários de pessoas famosas. Em sua quilométrica lista de pessoas influentes que já se foram desta para uma melhor, estão algumas das personalidades mais influentes do mundo. Entretanto, assim como o proprio NYT já admitiu, esta lista esteve históricamente dominada pela presença majoritária de apenas uma parcela destas pessoas famosas e influentes, escolhidas por gênero e raça, ou seja, homens ricos e brancos. Em busca de preencher esta lacuna, o The New York Times lançou no ano passado uma série chamada de “Overlooked”, contando a história de importantes mulheres que foram ignoradas desta seleta lista mortuária, entre elas estão Sylvia Plath e Emma Gatewood por exemplo.
Na ocasião da comemoração do dia Internacional da Mulher, o The Times publicou um obituário assinado por Alexandra Lange sobre a vida e legado de Julia Morgan, a primeira mulher a receber a licença de arquiteta no Estado da Califórnia, e “uma das mais prolíficas projetistas da história dos Estados Unidos".
Em defesa do brutalismo polonês: redescobrindo os ícones da arquitetura comunista
Varrer de uma cidade a sua arquitetura é como se pudéssemos apagar por completo partes de sua história. Apesar da aversão generalizada por grande parte da população, a arquitetura brutalista na Polônia pós-stalinista andava de mãos dadas com o movimento político que prometia uma sociedade mais justa e igualitária. A arquitetura que hoje em dia é vista como a materialização de um antigo regime opressivo, austero e arrogante, foi originalmente concebida para ser tudo menos isso; estes edifícios carregam hoje um legado bastante ambíguo, apreciados como ícones do seu tempo ou rejeitados como memórias que as pessoas preferem esquecer.
Em um artigo recente publicado pelo New York Times, o escritor Akash Kapur compartilha as emoções de sua mais recente visita à Polônia, aonde nos convida à refletir sobre esta complexa história construída, tantas vezes contraditória e quase sempre, mal compreendida. Acompanhado por arquitetos locais comprometidos à defender com unhas e dentes alguns dos exemplos mais extraordinários da arquitetura moderna do final do século XX, Kapur visitou inúmeras obras decadentes do brutalismo na Polônia, conversando com a população local e descobrindo suas histórias.
Bem-vindo à Zucktown: o Facebook definirá nossas cidades do futuro?
“As pessoas amam tanto as empresas de tecnologia a ponto de viverem dentro delas?” Esta é a pergunta feita pelo New York Times em um artigo que reflete sobre os planos do Facebook para a Willow Village, um distrito urbano de 59 acres localizado na sede da empresa em Menlo Park, San Francisco.
New York Times apresenta as Sete Novas Maravilhas do Mundo através de videos 360º
Como parte do "Daily 360", o The New York Times lançou uma série de vídeos que exploram as Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno, oferecendo a oportunidade de visitar estas maravilhas da arquitetura sem precisar sair de casa. Em 2007, a lista dos sete monumentos foi divulgada após uma pesquisa de sete anos, incluindo uma votação popular com mais de 100 milhões de pessoas que reconheceram o significado inovador dessas obras-primas ao redor do planeta.
O "The Daily 360" é uma coleção de vídeos do The New York Times; em vez de uma imagem 2D em movimento, eles proporcionam uma compreensão real do espaço, transportando você diretamente para o local da obra. Ao longo do ano passado, entre seus vídeos foram incluídos o Guggenheim, algumas obras-primas do Art Deco e memoriais de diferentes culturas. Experimente os vídeos imerssivos das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno aqui:
Tóquio se prepara para o aumento do nível do mar com um gigantesco sistema de escoamento subterrâneo
O aumento do nível do mar e a possibilidade de condições globais extremas ameaçam cidades costeiras de todo o mundo. Enquanto os Países Baixos são freqüentemente citados como líderes na corrida de engenharia contra o nível das marés, o Japão - com um renovado sentido de urgência - está investindo pesadamente em sistemas e infraestruturas de ponta para proteger suas maiores metrópoles.
44 Mapas revelam o que pensam os nova-iorquinos sobre parques, segurança e outras questões urbanas
Quão satisfeito você está com o serviço de coleta de lixo de sua cidade? Seus parques? Como sua cidade lida com o controle de pragas? E quanto aos sem-teto? Na maior metrópole dos EUA, que cobre uma área de 1.213,37 km² e é o lar de mais de 8,5 milhões de pessoas, a percepção dos nova-iorquinos sobre a cidade e seus serviços urbanos revela sua "distribuição desigual de oportunidades", segundo uma pesquisa realizada pelo New York Times.
O projeto também mostra uma relativa satisfação com os serviços médicos de emergência e de bombeiros, e indica que a população acredita que o uso dos impostos, a questão da habitação pública e o tráfego podem ser melhorados.
Viaje o mundo com estes vídeos em 360° do New York Times
Com a tecnologia de câmeras que registram em 360°, a capacidade de transportar as pessoas a um espaço através do vídeo se tornou ainda mais imersiva. Os espectadores podem rotacionar a tela em todas as direções para ver a cena inteira, ou, idealmente, usar um óculos específico para ver a cena de modo mais natural e orgânico. Naturalmente, isso tem implicações importantes para a visualização da arquitetura, que muitos acreditam ter se tornado muito dependente de imagens e, portanto, bidimensional. Vídeos 360° não escondem cantos e defeitos, como um vídeo tradicional ou uma fotografia, oferecendo, talvez, uma representação mais completa e franca da arquitetura. Poderia isso oferecer abertura para uma compreensão mais humana do espaço?
O New York Times tem oferecido ao seus leitores possibilidades de imersão em diferentes lugares do mundo com seus Daily 360. Estes vídeos incluem desde uma visita ao Museu Guggenheim de Nova Iorque até uma vista aérea de La Paz, Bolívia. Viaje o mundo com os vídeos em 360° a seguir:
"Changing Climate, Changing Cities": New York Times lança série sobre os efeitos urbanos da mudança climática
Ao contrário de algumas crenças, a mudança climática não é simplesmente uma ameaça não identificável num horizonte distante, mas um fenômeno que já teve impacto real em diversas partes do mundo. Para ilustrar estes efeitos em nosso ambiente, o New York Times lançou uma nova série multimídia chamada "Changing Climate, Changing Cities", escrita pelo crítico de arquitetura Michael Kimmelman, que pretende expor como a mudança climática está "desafiando os centros urbanos de todo o mundo".
A primeira reportagem apresenta a Cidade do México, onde questões ambientais que causam danos há séculos -- como a escassez de água e o afundamento do solo -- começam a ver seus efeitos multiplicados pela mudança climática na cidade. A matéria explica a raiz desses problemas e seus efeitos em uma infraestrutura e tecido social já fragilizados.
New York Times lamenta o fracasso da tipologia dos aeroportos
Um recente artigo escrito por Chris Holbrook do jornal The New York Times aponta uma ovelha negra entre as tipologias arquitetônicas: o aeroporto. Embora sejam construídos para uma das situações mais delicadas e estressantes pelas quais uma pessoa pode passar, os aeroportos são notoriamente hostis com os passageiros que os ocupam. O artigo cita com frequência a falta de atenção aos detalhes como principal problema, mesmo em projetos concebidos por arquitetos conhecidos por sua preocupação com os espaços públicos, como Richard Rogers. Muitos arquitetos, incluindo Norman Foster, tratam o aeroporto como um portal entre países, criando "cartões postais interativos" com propostas que refletem a geografia ou cultura do país. Holbrook aponta as medidas de segurança pós-11 de setembro como o principal motivo pelos aeroportos serem pouco amigáveis, mas também levanta a questão: isso é o melhor que podemos fazer?
O prefeito que usou estratégias singelas para transformar Bogotá
Em um recente artigo do New York Times, Antanas Mockus, ex-prefeito de Bogotá entre 1995 e 2003, discute o que aprendeu sobre "a arte de mudar uma cidade". Mockus, professor de filosofia por vocação, era obrigado a usar um colete à prova de balas - que ele vestiu com um buraco em forma de coração sobre o peito, como "símbolo de confiança, ou desafio, durante nove meses". Seu artigo discute como seu governo enfrentou o "perigoso e caótico" transito de Bogotá, como lidou com o abastecimento de água e como persuadiu 63 mil contribuintes a voluntariamente pagar 10% a mais de imposto.
Por que o feito mais importante da arquitetura em 2015 não é um edifício, mas um artigo do New York Times?
Olhando para os andares mais altos do novo Whitney Museum of American Art, pesadas nuvens atravessam diagonalmente o céu. Quando refletidas na grande janela da galeria principal do museu, elas parecem mudar de direção, ao mesmo tempo que a fachada branca reflete o claro e o escuro em resposta às mudanças das condições de luz. Sobreposto a esta cena, um letreiro em negrito pronuncia o título de um artigo: simples, mas dramático, "A New Whitney.”
Esta é a visão que os leitores tiveram a partir da análise de Michael Kimmelman sobre o Museu no New York Times. Corro os olhos rapidamente e a primeira coisa que encontro é uma lista de créditos: Jeremy Ashkenas e Alicia Desantis produziram o artigo; as ilustrações foram feitas por Mika Gröndahl, Yuliya Parshina-Kottas e Graham Roberts; e vídeos por Damon Winter (o editor por trás de todo o esforço, Mary Suh, não é mencionado).
Antes mesmo de ler as palavras de abertura do artigo, uma coisa é clara: esta não é apenas a crítica de um edifício. O artigo pode até mesmo ser o mais importante na memória arquitetônica recente.
Fundação Louis Vuitton de Gehry em Paris: a resposta da crítica
A administração por trás da Fundação Louis Vuitton (FLV) de Frank Gehry em Paris, que abriu oficialmente no dia 27 de outubro, convidou recentemente um grupo de críticos de arquitetura para observar e registras suas opiniões sobre a obra. A abordagem ousada de Gehry quanto a forma arquitetônica, mais evidente em edificações como o Museu Guggenheim em Bilbao e no Walt Disney Concert Hall em LA, combina com o objetivo da fundação de "promover e dar suporte à criação artística contemporânea" na França. De acordo com seu website, eles incorporam particularmente uma "paixão pela liberdade arquitetônica." Como, então, a enorme estrutura, desafiada por opositores locais desde o início, estabeleceu-se nos arredores dos parques parisienses?
Veja, a seguir, o que Oliver Wainwright do The Guardian , Rowan Moore do The Observer', Paul Goldberger do Vanity Fair, Christopher Hawthorne do The LA Times e Mayer Rus do Architectural Digests disseram sobre o mais recente trabalho de Gehry.
Estariam os "arquitetos-estrelas" arruinando o skyline das cidades?
A ideia de “star architects” (arquitetos-estrelas) ou “starchitects” é, no mínimo, polêmica. Frank Gehry já expressou seu descontentamento em ser associado ao termo e em 2013 recebemos uma carta de um leitor pedindo que parássemos de usar a expressão, pois ela "prejudica o discurso sério da arquitetura e do urbanismo." Agora, no entanto, o debate acerca dos "starchitects" chegou à seção de opiniões do New York Times.
Seguindo os recentes comentários de Witold Rybczynski, que disse que os "starchitects" - que em geral desconhecem as cidades onde suas obras serão construídas - estão projetando edifícios que não se encaixam em seus entornos, o NYT colocou a questão: Estariam os estes arquitetos arruinando o skyline das cidades? Na discussão entram Allison Arieff, crítico de arquitetura e design, Vishaan Chakrabarti, professor associado em Columbia e sócio no escritório SHoP Architects, Angel Borrego Cubero, arquiteto madrilenho, diretor e produtor do filme "The Competition", um documentário sobre concursos de arquitetura, e Beverly Willis da Beverly Willis Architecture Foundation.