A arquitetura informal é o modo dominante de urbanização em cidades de rápido crescimento e industrialização em todo o mundo. Em Délhi, cidade com a maior população da Índia, metade de seus moradores vive em assentamentos informais. Lagos, na Nigéria, com uma população de mais de 22 milhões, também tem 60% de seus moradores vivendo em assentamentos informais. Esse padrão também é observado no Cairo, Johannesburg, Kinshasa e outras cidades do sul global que enfrentam desafios semelhantes de desigualdade e escassez de moradias. À medida que sua população cresce e a urbanização avança, a exploração da arquitetura informal para atender à demanda por moradias acessíveis e serviços básicos só aumentará.
Urbanismo Social: O mais recente de arquitetura e notícia
Como projetar para a informalidade?
Espaços públicos socialmente justos são cruciais para sociedades prósperas
Uma das instâncias mais radicais de transformação do espaço público aconteceu recentemente. Durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, o espaço público se transformou em "um recurso médico, centro de distribuição, espaço de transbordamento, local de protesto e resistência, academia, centro para idosos, centro comunitário, creche, pátio escolar, boate, via de transporte, restaurante ao ar livre, shopping center, parquinho infantil, teatro aberto, espaço de música, refugio natural e um lugar de pertencimento, de 'sentir-se em casa'".
"Urbanismo cidadão é um conceito que estamos promovendo a partir da América Latina": Lucía Nogales da Ocupa tu Calle
Lucía Nogales é a coordenadora geral da "Ocupa tu Calle" - uma iniciativa promovida por Lima Cómo Vamos e apoiada pela Fundação Avina e pela ONU Habitat - que se concentra no "urbanismo cidadão" na América Latina para cidades mais justas, inclusivas e resilientes.
A desigualdade em cidades latinas tem solução?
Diferente do conceito de igualdade, a equidade nos ensina que todos precisam de atenção, mas não necessariamente dos mesmos auxílios. Por isso, através de um conceito de equidade urbana é possível manter singularidades de cada região de um munícipio, preservando sua diversidade e riqueza, mas sem esquecer as necessidades de infraestrutura que implicam diretamente desde a qualidade do espaço público até os serviços básicos que uma residência privada recebe - conceber a cidade de forma justa independente da região que recebe o investimento.
Desenho ecológico: estratégias para cidades vulneráveis na América Latina
Em nossas cidades, frente a todos os urgentes desafios globais que enfrentamos hoje—crises ambientais, sanitárias e econômicas—, há uma questão importantíssima a qual deveríamos tentar responder antes de todas as outras: como preparar as populações mais vulneráveis para enfrentar estes desafios?
Acontece que os dados não são nem um pouco animadores, ao mesmo tempo que a população urbana continua crescendo a um ritmo muito acelerado—produto de uma população desesperada por um futuro melhor e mais promissor—, nos encontramos com o fato de que as cidades, cada dia mais, são as principais responsáveis pela criação e o agravamento destes mesmos problemas. Nesta linha, há outro dado muito particular que tem muito a dizer sobre a atual condição de nossas cidades: 3 em cada 5 cidades da América Latina e Central encontram-se em áreas onde desastres naturais costumam ocorrer com frequência.
Urbanismo social: repensando o desenho espacial e os discursos da América Latina
Social Urbanism: Reframing Spatial Design – Discourses from Latin America, novo livro de Maria Bellalta, ASLA, reitora da Escola de Arquitetura da Paisagem da Boston Architectural College, é uma adição bem-vinda ao crescente número de publicações sobre questões de justiça social na forma de urbanismo, arquitetura e espaço público que emanam de Medellín e da Colômbia. As conquistas do urbanismo social tornaram-se um sinônimo de Medellín no mundo do paisagismo, do planejamento e projeto urbano, e da arquitetura de forma geral.