Para quem você projeta uma cidade? Dificilmente sua resposta terá em mente um bebê ou uma criança de até seis anos de idade, período que define a primeira infância. No entanto, são diversas as diretrizes e ações que podem ser tomadas para incluir esse público no planejamento urbano. Afinal, é nesse momento que começam as primeiras relações de um cidadão com a urbanidade e é fundamental que haja o melhor acolhimento possível.
Urbanismo: O mais recente de arquitetura e notícia
Como desenvolver bairros amigáveis à primeira infância?
Como seriam as cidades se fossem projetadas por mulheres?
Você já parou para pensar que, praticamente todas as cidades do mundo, desde os primórdios da humanidade, foram e continuam sendo criadas e pensadas por homens? Do planejamento urbano ao desenho dos edifícios, dos transportes públicos às cadeiras – as mulheres pouco fizeram parte do processo de criação de tudo que nos rodeia.
Arquitetura em animações: explorando os mundos de Hayao Miyazaki
Roteiristas de cinema e animações, especificamente nos animes, procuram incorporar cenários com uma arquitetura diversa como artifício para ajudá-los a contar suas histórias. Suas influências vão desde vilarejos medievais até metrópoles futuristas. A arquitetura como área do conhecimento abrange uma ampla gama de elementos a serem estudados, com cada período da arquitetura comunicando e realçando seu contexto histórico através de seu design. No entanto, em filmes e animes, todos os contextos por trás do design de um edifício podem ser condensados em um único frame, poderoso o suficiente para contar mil histórias.
Saúde e nutrição: 9 formas da arquitetura e do urbanismo atuarem para realidades mais saudáveis
No dia 31 de março, comemora-se no Brasil o Dia da Saúde e da Nutrição, fatores que ganham cada vez mais notoriedade na sociedade em que vivemos. Após mais de dois anos vivendo os altos e baixos da pandemia de Covid-19 e nos deparando com a necessidade evidente de uma realidade mais saudável, ativa e comunitária, é importante refletirmos como a arquitetura e o urbanismo podem se tornar ferramentas de acesso a cotidianos mais saudáveis.
Taxa de permeabilidade: respeitando a legislação e protegendo o meio ambiente
Como uma das primeiras etapas na elaboração de um projeto arquitetônico, o estudo da legislação vigente no terreno é de suma importância para o êxito da proposta. Por meio de cálculos e restrições, as leis de zoneamento apresentam limites a serem considerados no projeto que, consequentemente, instigam os arquitetos a pensarem em soluções inteligentes, lidando de maneira prática e criativa com tais limitações.
Esses parâmetros são ditados pelo poder público e têm como objetivo frear, manter ou acelerar o crescimento urbano de determinada porção da cidade. São normas que estabelecem diretrizes para a ocupação do solo delimitando a porcentagem de área construída, recuos, afastamentos, permeabilidade do terreno, entre outros.
O que é uma cidade-esponja e como ela funciona?
A crise climática tem acentuado as mudanças de quantidade de chuvas, provocando secas ou tempestades com grande volume de água, que resultam em enxurradas que podem causar um grande dano à infraestrutura urbana. Para combater isso, a cidade-esponja é uma solução que conta com uma infraestrutura verde para operar a infiltração, absorção, armazenamento e, até mesmo, purificação dessas águas superficiais.
Quando Paris eliminar os carros, outras cidades seguirão o exemplo?
Paris vem estampando manchetes há anos com suas diretrizes agressivas para melhorias urbanas anti-carro e pró-pedestre. Diante do aumento da poluição do ar e em uma tentativa de recuperar as ruas para meios alternativos de deslocamento, conforme descrito em seu plano para uma cidade de 15 minutos, a capital francesa é vista como líder em estratégias urbanas do futuro. Recentemente, o departamento de transportes fixou um prazo para as elevadas metas de eliminar o tráfego de suas ruas. Dentro de apenas dois anos, a tempo de a capital francesa sediar os Jogos Olímpicos, Paris planeja proibir o tráfego não essencial no centro da cidade, eliminando efetivamente cerca de 50% da mobilidade veicular. O que diz o plano? E como outras cidades poderiam utilizar esta estratégia para solucionar suas próprias questões urbanas?
Nascida do deserto: uma "cidade de 15 minutos" no oeste dos EUA
"Cidades de 15 minutos" são uma tendência em planejamento urbano e têm sido discutidas no meio acadêmico há muitos anos. Hoje, é possível ver esse modelo de urbanismo sendo implementado aos poucos em algumas cidades europeias. Diferentemente desses casos, a primeira "cidade de 15 minutos" desenvolvida e construída do zero está sendo projetada em Utah. Apelidada de “The Point”, a nova cidade de 24 hectares ficará localizada nos arredores de Salt Lake City, em uma área onde havia uma antiga prisão estadual. Esse empreendimento irá criará empregos, moradias, espaços públicos, serviços e transportes, atendendo quase 15.000 pessoas. É uma tentativa que visa explorar como conceitos inovadores de planejamento urbano podem melhorar a saúde pública e o bem-estar das pessoas.
Florianópolis: um pedacinho de terra perdido no mar (de irregularidades)
Se usasse suas composições para tratar do urbanismo de Florianópolis, Zininho — autor do hino da capital dos catarinenses — certamente chegaria à mesma conclusão: jamais algum poeta teve tanto para cantar.
E não é para menos: a irregularidade urbana em Florianópolis é tamanha que dados confiáveis sobre o tema só vieram à tona muito recentemente. O próprio Diretor de Urbanismo estimou as ocupações irregulares em 40% a 45% do total.Somente com a proposta de revisão do Plano Diretor, do final de dezembro de 2021, descobrimos que a irregularidade varia de 5,21% na parte continental para 81,84% no distrito do Rio Vermelho. Seis dos treze distritos têm mais de 40% da sua mancha urbana em núcleos informais, e apenas quatro não ultrapassam os 20%.
Por que andar a pé pode ser mais rápido do que de carro?
Em 1854, o escritor estadunidense Henry David Thoreau escreveu a obra clássica “Walden”, relatando sua experiência de vida nos bosques e enaltecendo as vantagens da vida simples e autossuficiente. Logo no início do livro, o autor comenta que, caso alguém queira fazer uma viagem de 48 km para visitar o campo, seria mais rápido andar a pé do que optar por uma locomotiva.
Bogotá: das guerras aos caminhos para a solução
Em dezembro de 2021, chegava em Bogotá, na Colômbia, a jovem nascida e criada da favela do Colombo. Passaporte carimbado, mãos trêmulas e uma mistura de medo e alegria. Eram os primeiros passos para o novo, o desconhecido, a mudança e o aprendizado fora dos muros, a realização do primeiro intercâmbio, de um sonho até pouco tempo distante.
Durante aproximadamente dois meses, aquele seria o meu lar, um lugar que já foi marcado por violência, sangue derramado e insegurança, e ainda considerado um dos países mais desiguais do mundo.
Bruxelas vai pagar até 900 euros para quem abandonar o carro
Os cidadãos que vivem na região de Bruxelas, capital da Bélgica, vão receber até € 900 (euros) para cancelarem o registro de seus automóveis. A medida faz parte do “Bruxell’Air”, um programa de apoio financeiro para quem deseja adotar outros modos de transporte.
A periferia da cidade: subúrbios e habitação de baixo custo
No urbanismo, os subúrbios podem ser um tópico controverso. Isso em parte porque o termo possui definições nebulosas e em constante mudança. Em sua forma mais simples, os subúrbios são comunidades residenciais a uma distância que se afasta um pouco do coração das áreas metropolitanas. O contexto americano vê os subúrbios com alguma hostilidade, com práticas racistas como o "redlining", um legado sombrio para determinados locais do país. Num sentido mais superficial, os subúrbios americanos têm sido frequentemente criticados por sua uniformidade visual — retratados como moradias sem alma, ausentes de um senso de comunidade.
Economia circular no desenho urbano: sustentabilidade e envolvimento comunitário
Embora a economia circular seja frequentemente discutida em relação ao objeto arquitetônico através das lentes da reciclagem de materiais, projetos para desmontagem e passaportes de materiais, a estrutura é mais plenamente implementada na escala do bairro e da cidade. Sejam visões de comunidades circulares que sugerem algum nível de autossuficiência ou políticas postas em movimento pelas cidades, projetos em escala urbana exemplificam os princípios orientadores da economia circular, fornecendo um vislumbre do que uma versão completa dela pode oferecer. A seguir, explore as estratégias usadas em ambientes urbanos circulares, desde a arquitetura e materiais de construção até a produção de energia, gestão de resíduos e produção de alimentos, bem como os processos e operações que regem esses projetos, fornecendo insights sobre as condições que informam a circularidade.
Edifícios em condomínio, barreira do redesenvolvimento urbano
No filme Aquarius, do diretor Kleber Mendonça Filho, a personagem Clara, interpretada por Sônia Braga, recusa-se a vender para uma incorporadora o seu apartamento, localizado em um condomínio. Seus vizinhos do edifício, por outro lado, topam o negócio. Em artigo para o Estadão, o economista Pedro Fernando Nery retrata o caso através de uma lente oposta à narrativa cinematográfica: Clara, ao invés de heroína, que resiste ao capital imobiliário sem escrúpulos ou respeito pela paisagem litorânea de Recife, é, na verdade, a vilã.
Brasil urbano: população em situação de rua aumenta 31%
No último mês de janeiro a Prefeitura Municipal de São Paulo, uma das maiores cidades da América Latina, divulgou os resultados da Pesquisa Censitária da População em Situação de Rua, apresentando sua caracterização socioeconômica e um panorama territorial. Os dados recentes do PIB, bem como a pesquisa censitária, demonstram os impactos da pandemia e da crise econômica e política em nossa sociedade, confirmando aquilo que está sendo refletido nas grandes cidades brasileiras.
As ciclovias são culpadas pelo congestionamento urbano?
Em 2021, o motorista médio de Londres passou 148 horas nos engarrafamentos — o dobro da média nacional, de acordo com um novo relatório da Inrix, uma empresa que analisa o tráfego rodoviário. Essas descobertas levaram a uma reportagem da BBC que atribuiu o novo suposto status de cidade mais congestionada do mundo a um aumento nas ciclovias, implementadas em toda Londres para garantir o distanciamento social nas viagens durante a pandemia. Essa análise parece ignorar o fato de que o congestionamento em 2021 foi praticamente o mesmo que em 2019.
Para entender o que está acontecendo, precisamos lembrar que a quantidade de tempo disponível para cada um de nós restringe o quanto podemos viajar. Há muitas coisas que precisamos encaixar em 24 horas e, em média, passamos apenas uma hora nos deslocando. Isso limita o acúmulo de congestionamento nas cidades.
Ruas completas na universidade ajudam a pensar e projetar a cidade na escala humana
Ruas são espaços públicos estruturantes das cidades e locais de convergência por excelência. Do encontro das ruas temos os largos, as praças, os parques. Pelas ruas, tudo passa, e da qualidade das ruas dependem as pessoas para acessar oportunidades de emprego, educação, saúde e lazer. Mas basta olhar para as grandes cidades brasileiras para perceber a priorização que se dá aos veículos motorizados em detrimento dos outros modos. Em São Paulo, por exemplo, 41% das calçadas não têm a largura mínima exigida por lei.