A busca por reflexões sobre a cidade contemporânea invariavelmente esbarra nas limitações colocadas pelos métodos do Movimento Moderno. As ciências clássicas e seus métodos deterministas, que orientaram — e ainda orientam — o urbanismo desse tempo, descrevem os fenômenos do mundo por meio de relações fortes de causalidade e, consequentemente, os define em leis universais redutoras, que excluem contradições e incertezas. O resultado frequente dessas perspectivas é um mundo idealizado e mecanicista, que nega as complexidades da natureza real de fenômenos, como por exemplo, as cidades.
Urbanismo: O mais recente de arquitetura e notícia
A ilusão do controle na cidade contemporânea
3º Weefor ARQ
Maior concurso privado de arquitetura do Brasil seleciona projeto para edifício residencial de quase 12 mil m²
O Weefor ARQ, maior concurso de arquitetura residencial privada do Brasil, acaba de abrir inscrições para a sua terceira edição para selecionar o projeto de um edifício residencial de 12.000 m² em Curitiba, o maior empreendimento da incorporadora até agora. A expectativa é superar o número de inscritos das edições passadas, que ultrapassaram os 200.
Criado em 2022 por Maria Eugenia Fornea, fundadora da incorporadora Weefor de Curitiba, o concurso é aberto para arquitetos de todo o território nacional e foi pensado para democratizar o
Nová Scéna: a história por trás do icônico anexo brutalista do Teatro Nacional de Praga
Entre 1977 e 1983, o Teatro Nacional de Praga passou por uma significativa transformação com a inauguração do Nová Scéna, um "irmão moderno" do tradicional teatro neorrenascentista. Durante muitos anos, o Nová Scéna foi a sede do famoso Laterna Magika, considerado o primeiro teatro multimídia do mundo. Essa experiência inovadora misturava performances clássicas com efeitos visuais gerados por computador, proporcionando uma ação dramática que se destacava no imponente edifício de vidro, um ícone da era comunista e um símbolo do poder político da época.
C21 Encontros | Lições para São Paulo
C21 Encontros | Lições para São Paulo
O que temos a aprender com outras cidades
Quais experiências e soluções urbanas mundo afora poderiam ser adaptadas ou replicadas em São Paulo para criarmos uma cidade mais humana e saudável? Esse é o tema do nosso encontro que acontece no próximo dia 29, às 19h, na Galeria Idea!Zarvos.
Para essa conversa, recebemos:
Gabriel Ranieri, arquiteto, urbanista e sócio-diretor do Studio Arthur Casas;
Philip Yang, fundador do Instituto Urbem, instituição dedicada à estruturação de projetos urbanos;
Maurício Barbosa, diretor da Hurbana, voltada à expansão do modelo da Cidade Pedra Branca (SC);
A mediação é de Mariana Barros, sócia-fundadora da
SAU- Semana De Arquitetura e Urbanismo
A SAU - Semana Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo é um evento feito por estudantes para estudantes. Ela tem como princípio levar e agregar conhecimento para aqueles interessados em arquitetura. Ocorre anualmente na UFF de Niterói, campus Praia Vermelha, com várias oficinas e palestras voltadas para um eixo temático da Semana.
O tema da SAU deste ano é um convite à reflexão. Na universidade, muitas vezes, os estudantes de arquitetura projetam edifícios e desenhos urbanos utópicos em folhas de papel manteiga. Quando se pensa em utopia surge uma palavra no imaginário popular: irrealizável. A utopia é algo que flerta com o
Semana Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo (SAAU)
A Semana Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo é um evento anual organizado por alunos e para alunos, com objetivo de agregar novos conhecimentos e experiências para todos os estudantes da área. Ele ocorre no Centro Universitário Católica de Santa Catarina em Joinville e conta com um público de cerca de 150 pessoas por dia de evento.
A primeira edição da SAAU ocorreu em 2017. Desde então, o evento trouxe mais de 120 oficinas e palestras com ministrantes locais e externos, contando com a presença de profissionais de Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Lisboa. Em 2020, devido à
Inscrições abertas para o Prêmio Periferia Viva 2024
O Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Periferias, anuncia a segunda edição do Prêmio Periferia Viva. Em 2024, o prêmio visa reconhecer, valorizar, potencializar e premiar projetos e ações que contribuem para o enfrentamento das desigualdades socioespaciais e que promovem o desenvolvimento sustentável das periferias brasileiras.
As mudanças climáticas afetam fortemente as comunidades periféricas, tornando urgente a promoção de ações efetivas de adaptação, mitigação e prevenção. Fenômenos climáticos extremos, como tempestades fortes, ondas de calor frequentes que causam enchentes e deslizamentos de terra, exigem soluções eficientes, criativas, integradas e duradouras. Esses desafios aumentam o racismo ambiental, destacando a necessidade
Explorando a memória e a arquitetura: JBMC Arquitetura e Urbanismo e CAU/SP realizam palestra na histórica Residência Clotilde e Sérgio Ferreira
No dia 16 de março, o arquiteto João Batista Martinez Corrêa, fundador da JBMC Arquitetura e Urbanismo, realizará uma palestra na nova sede regional do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, localizada na antiga "Residência Clotilde e Sérgio Ferreira", um imóvel histórico recentemente tombado recentemente pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto. A casa abrigou por muitos anos o casal formado pela professora universitária Maria Clotilde Rossetti e pelo biólogo Sérgio Henrique Ferreira, notável pela sua descoberta sobre o fator de potenciação da bradicinina.
Em comemoração à recente transformação da casa na nova
Entre encostas e desigualdades: ocupações urbanas de risco e o racismo ambiental
Historicamente, diversas cidades pelo mundo foram assentadas e construídas sobre encostas, em que se é possível notar os inúmeros desafios urbanos enfrentados por elas, em razão de suas condições topográficas. Mas para além de questões relativas à suas infraestruturas urbanas ou aos seus sistemas de transportes, que podem tornar-se mais complexos devido à geografia do local, a ocupação urbana de encostas também costuma envolver diversas interseções de questões sociais, ambientais e econômicas.
Muitas vezes, essas ocupações são realizadas por comunidades vulneráveis e de baixa renda, impulsionadas por uma série de motivações. Com frequência, a falta de informações sobre certos perigos, aliada à escassez de políticas habitacionais adequadas, resulta em decisões e ações que colocam essas comunidades em situações de alto risco, especialmente durante o período de chuvas, resultando em um ciclo que afeta desproporcionalmente os residentes mais marginalizados.
Desafios urbanos das cidades em encostas
Viver em cidades construídas sobre encostas geográficas é uma experiência singular e desafiadora. Se, por um lado, essas áreas podem oferecer vistas panorâmicas e paisagens impressionantes, por outro lado, a topografia íngreme apresenta uma série de desafios em termos de planejamento urbano, segurança estrutural e riscos socioambientais. Essas cidades exigem cuidados e soluções especiais no projeto de ruas, edificações e infraestruturas, e também o entendimento de que, por motivos de segurança ambiental e da população, nem todas as áreas devem ser ocupadas.
Adis Abeba: o que precisa mudar na capital da Etiópia
Com uma população estimada em mais de 3,7 milhões de pessoas, Adis Abeba, a capital da Etiópia, abriga cerca de um quarto da população urbana do país. A cidade gera mais de 29% do PIB urbano da Etiópia e 20% do emprego urbano nacional. Nas últimas duas décadas, Adis Abeba testemunhou rápidas mudanças socioeconômicas e uma drástica transformação física, impulsionadas por um governo orientado para o desenvolvimento e pelo setor privado.
Inteligência artificial e planejamento urbano: tecnologia como ferramenta para o desenho das cidades
A intersecção entre inteligência artificial (IA) e planeamento urbano representa um grande potencial para a criação de cidades mais inteligentes, eficientes e sustentáveis. Trata-se da incorporação de tecnologias inovadoras que podem direcionar a tomada de decisões, otimizar a alocação de recursos, antecipar tendências, envolver os cidadãos, entre muitas outras. Nesse contexto em que se entende a IA como uma ferramenta para o desenvolvimento de diferentes aspectos urbanos, tem surgido uma proliferação de aplicativos, softwares e demais sistemas tecnológicos desenhados para auxiliar no planejamento urbano. Da morfologia ao envolvimento da comunidade, a seguir selecionamos alguns estudos e tecnologias que estão sendo aplicados ao redor do mundo.
Seis entrevistas para entender a arquitetura latino-americana
Multifacetado e cheio de complexidades, o cenário da arquitetura e do urbanismo na América Latina revela nuances e desafios específicos diante das problemáticas enfrentadas pelos diversos países, como a desigualdade social, a violência e o crescimento urbano acelerado. Nesse contexto, a prática arquitetônica assume um papel relevante na construção de soluções possíveis e adequadas a cada realidade, em que ainda se destaca a importância da reafirmação das referências e narrativas locais nessa elaboração.
Perante a hegemonia estabelecida especialmente pela América do Norte e Europa, que muitas vezes marginaliza as realizações arquitetônicas e urbanísticas latino-americanas, sobretudo a produção que sequer é considerada como tal, a valorização dessa diversidade e complexidade torna-se um imperativo para qualquer pensamento e intervenção sobre a região. A seguir, selecionamos seis entrevistas que nos ajudam a entender a arquitetura da América Latina, e que contribuem para uma abordagem mais contextualizada e sensível de suas necessidades, potencialidades e riquezas.
São Paulo: 470 anos de história e construção da capital paulista
Há 470 anos, no Pateo do Collegio, surgia a maior cidade da América Latina: São Paulo. Uma metrópole em constante movimento que, entre tantas complexidades e conflitos, apresenta uma diversidade cultural e humana que a torna profundamente rica.
O que não sabemos sobre as 100 maiores cidades da África
Uma análise rápida das cem maiores cidades da África não apresenta muitas surpresas. A maioria está nos países mais ricos da África. A maior parte delas são capitais nacionais ou regionais/estaduais. Pelo menos metade tem portos fluviais ou marítimos. Muitas têm estações ferroviárias há décadas e, mais recentemente, aeroportos e conexões com rodovias. Um grande número tem universidades. Todas têm perfis na Wikipedia, incluindo muitos que se estendem por várias páginas.
Felicidade Interna Bruta como política pública: o caso de Butão
Recentemente, o renomado escritório dinamarquês BIG anunciou o lançamento do seu projeto para a cidade de Gelephu, no Butão. Um masterplan inspirado na cultura do país e nos seus princípios de felicidade. A "Mindfulness City" apresentará inúmeras possibilidades de apropriação ao público, trazendo investimentos em infraestrutura, educação e tecnologias sustentáveis, tudo sob os preceitos da Felicidade Interna Bruta (FIB).
Entre a rua e a fé: espaços urbanos e as festas populares brasileiras
No Brasil, as festas populares costumam ter uma profunda ligação espacial, histórica e simbólica com os espaços públicos das cidades, proporcionando uma experiência única de ocupação, apropriação e reelaboração coletiva desses locais durante suas ocorrências. Esses eventos não apenas utilizam os espaços urbanos de maneiras diferenciadas de seus cotidianos, mas também constituem a paisagem cultural e social das cidades, lançando outros modos e possibilidades de apreendê-la. Ao apropriarem-se das ruas, em suas possibilidades e em seu sentido e entendimento mais amplo, elas as concedem outros usos, o que, muitas vezes, ainda transgridem suas atividades habituais.
Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper está com inscrições abertas para a pós-graduação em Urbanismo Social
As aulas da pós-graduação em Urbanismo Social do Laboratório Arq.Futuro de Cidades, do Insper, iniciam em 1 de fevereiro, com uma aula magna marcada para 31 de janeiro. O curso semipresencial é composto por quatro trimestres, com uma carga horária de 400 horas.
A proposta do curso é desenvolver no aluno uma capacitação para a elaboração de soluções integradas e territorializadas, especialmente em localidades vulneráveis que sofrem com problemas urbanos complexos. Isso será feito a partir do estímulo do avanço de pesquisas interdisciplinares sobre as cidades brasileiras, com uma avaliação mais profunda sobre o impacto e a eficiência das políticas públicas