Na China tradicional, tanto o chá quanto o álcool, foram similarmente estetizados e ambos influenciaram a linguagem da literatura e da arte. As pessoas costumavam oferecer o álcool como um presente, posteriormente o mesmo ocorreu com o chá. Hoje, diversas cidades na China abraçaram esta cultura de beber, passada de geração em geração e reinterpretada com uma nova forma contemporânea, em constante evolução nos cafés e bares urbanos.
Urbanização: O mais recente de arquitetura e notícia
Cafés e bares na China: os espaços e rituais da bebida
Para cima, para dentro ou para fora: como crescem as cidades?
No ano de 1970, o escritor Alvin Toffler fez o seguinte alerta: “nas três breves décadas entre o agora e o século XXI, milhões de pessoas comuns, psicologicamente normais, enfrentarão uma colisão abrupta com o futuro”. No livro Choque do Futuro, Toffler descreve uma condição de mal-estar, uma sensação de estresse e desorientação que acometeria os indivíduos em uma sociedade destinada a mudar cada vez mais rápido.
Nada representa melhor essa mudança do que o habitat que o ser humano criou para si. A geração anterior a Toffler conheceu um mundo eminentemente rural, do ser humano preso à terra, nascendo e morrendo em sua comunidade. A geração que está por nascer receberá um mundo já urbanizado, hiperconectado e marcado por uma condição de mobilidade extrema entre cidades e países. Nós, que vivemos hoje, temos o privilégio e a responsabilidade de observar o fenômeno urbano mudando a face do planeta.
Arquitetura como prática heterogênea: como é ser arquiteto em várias partes do mundo
Embora a arquitetura em si seja universal, a prática do dia-a-dia ainda varia em todo o mundo influenciada por uma ampla gama de fatores, desde os requisitos profissionais e responsabilidades de um arquiteto, o ambiente local, história e costumes de construção, às prioridades locais e desafios. Em um mundo hiperconectado, onde a arquitetura parece se tornar mais uniforme, como os contextos e características locais moldam o ambiente construído? Este artigo explora as semelhanças e diferenças dentro da profissão de arquiteto.
A importância da arquitetura na prevenção e no controle de doenças
No atual cenário mundial, conciliar estudos de arquitetura com a saúde é sempre bem-vindo. O ano de 2020 parou o mundo e refletiu a importância de se voltar os olhares para as áreas mais vulneráveis. Como abranger, igualmente, serviços públicos de qualidade para toda uma população, se uma parcela dela está com seu espaço urbano fragilizado? É essencial buscar respostas à essa questão para planejar um futuro sustentável para a humanidade.
Nesse sentido, o objetivo deste artigo é proporcionar uma reflexão acerca da desigualdade socioeconômica espacial, promovendo a arquitetura como elemento para auxiliar a transformação desses espaços, apresentando dados que elucidem a situação urbana habitacional dos aglomerados subnormais e que realizem análises das doenças negligenciadas desses assentamentos.
Por que e para quem estamos construindo cidades novas do zero?
Tente imaginar como seria projetar uma cidade inteira do zero; desenhar cada uma de suas ruas, casas, edifícios comerciais, praças e espaços públicos. Uma folha em branco onde tudo é possível e sua única missão é criar uma cidade com identidade própria. Talvez esse seja o sonho de todo arquiteto e urbanista, e para a sorte de alguns poucos felizardos, esse sonho pode muito bem se tornar realidade em um futuro próximo.
Ao longo das últimas duas décadas, cidades inteiras foram construídas do zero em uma escala sem precedentes, a maioria delas na Ásia, Oriente Médio, África e também na América Latina. Além disso, o nosso planeta conta atualmente com mais de 150 novas cidades em processo de implementação. Esta nova tipologia de desenvolvimento urbano tem se mostrado particularmente sedutora em países de economia emergente, iniciativas propagandeadas como elementos estratégicos capazes de impulsionar o crescimento econômico e atrair novos investimentos.
Como planejar e gerir a urbanização sustentável em cidades de rápido crescimento? Programa da ONU inclui Recife e Belo Horizonte
A UN-Habitat ou agência das Nações Unidas para o desenvolvimento urbano sustentável, cujo foco principal é lidar com os desafios impostos pelo rápido e voraz processo de expansão urbana em países em desenvolvimento, vem desenvolvendo abordagens inovadoras no campo da arquitetura e do urbanismo, centradas nos usuários e nos processos participativos. Pensando nisso, o ArchDaily se associou a UN-Habitat para trazer notícias semanais, artigos e entrevistas que destacam neste setor, disponibilizando conteúdos em primeira mão e direto da fonte.
Conforme estimativa publicada pelas Nações Unidas, as 440 cidades que mais crescem em países de economias emergentes serão responsáveis sozinhas por quase metade de todo o crescimento econômico mundial até 2025. Isso significa que, se bem executado e gerido, o processo de urbanização destas cidades “poderá ser transformador, criando novas oportunidades de empregos, reduzindo a pobreza e melhorando a distribuição de renda e infra-estrutura além de promover a qualidade de vida de seus habitantes”. Neste contexto, o Programa das Nações Unidas para o Futuro das Cidades, ou Global Future Cities Programme (GFCP), é uma ferramenta concebida para ajudar estes países a encontrar o caminho certo. Com base em princípios de planejamento urbano sustentável, mobilidade e resiliência urbana, o programa foi pensado para operar como uma forma de “assistência técnica que procura incentivar o desenvolvimento urbano sustentável assim como promover a saúde econômica e a prosperidade das cidades em desenvolvimento e expansão urbana, ao mesmo tempo que procura atenuar os altos níveis de pobreza—característica muito comum nestes contextos”.
Como podemos transformar nossas cidades com o uso da tecnologia?
Segundo estimativas das Nações Unidas, atualmente mais de 55% da população mundial vive em cidades ou áreas urbanizadas, com uma forte probabilidade de este numero aumentar para quase 70% ao longo das próximas décadas. Apesar deste previsível e vertiginoso crescimento populacional urbano, muitas das grandes cidades do mundo têm feito pouco ou quase nada para qualificar suas infraestruturas já muito precárias e insuficientes. De fato, o que se desenha a nossa frente é o grande desafio da vez, talvez um dos maiores que a humanidade já enfrentou. Se a solução dos problemas de grande escala parece algo impraticável ou até impossível, talvez devêssemos buscar resolver os pequenos problemas, um de cada vez.
UN-Habitat divulga relatório sobre o valor da urbanização sustentável
Em todo o mundo, desde 2014, todos os anos, no dia 31 de outubro, é comemorado o Dia Mundial das Cidades. Para marcar este evento, a UN-Habitat lançou o Relatório Mundial das Cidades 2020 sobre o valor da urbanização sustentável, com foco nos temas mais atuais e urgentes. Analisando o valor intrínseco das cidades na geração de prosperidade econômica, mitigação da degradação ambiental, redução da desigualdade social e construção de instituições mais fortes, o relatório destaca como, juntos, esses fatores podem gerar mudanças transformadoras.
A urbanização de Xangai: vitrine de uma nova China
Em 2013, o filme “Ela”, onde o protagonista se apaixona por uma assistente virtual, tentava representar um futuro não tão distante de uma realidade relativamente distópica. Apesar da cidade representada ser, provavelmente, uma Los Angeles futurista, as filmagens foram feitas em Xangai. Depois de visitar a cidade, acredito que foi uma decisão acertada, dada a atmosfera constante que leva a essa temática. Lembro de me encontrar sobre uma gigantesca passarela de pedestres circular sobre a rotatória Mingzhu, que liga importantes avenidas no coração de Pudong, o atual centro de negócios de Xangai. À minha frente vejo a bizarra Oriental Pearl Tower, torre de TV com 467 metros de altura construída por uma estatal chinesa em 1994. Quando olho para trás e para cima e vejo a Shanghai Tower, segundo maior edifício do planeta com impressionantes 632 metros de altura, o impacto é ainda maior. Esta é a imagem de Xangai para o mundo, a vitrine de uma nova China, quebrando paradigmas e atingindo os céus.
Cidade Proibida, hutongs e superquadras: a urbanização de Pequim
Do quarto do meu hotel era possível ver os telhados da Cidade Proibida, embora apenas um vulto em meio à névoa que cobria a paisagem. Pequim (ou Beijing, dependendo da língua ou grafia) é uma das cidades com o ar mais poluído do mundo, com uma névoa constante produzida não apenas por automóveis — que respondem por 70% da poluição da cidade —, como também por fábricas, usinas de carvão e tempestades de areia de regiões próximas. A impressão visual era de que o dia estava nublado, mas na realidade não havia uma única nuvem no céu.
A urbanização da China: controle social e liberdade econômica
Centenas de torres se repetem em um horizonte esfumaçado. Construções tradicionais caem aos pedaços, enquanto outras foram reconstruídas e se tornaram lojas para turistas. Lamborghinis coloridas dividem um trânsito lento com táxis velhos, triciclos de operários e executivas andando de bikes amarelas da Ofo, a maior empresa de bicicletas dockless do mundo. Alguns pedestres usam máscaras para filtrar o ar poluído, outros carregam sacolas de compras, outros cospem no chão ou andam de pijama pelas ruas. Ambulantes são raríssimos, ao contrário de policiais ou militares que podem ser vistos a cada esquina.
Como viver em sociedade influencia nossos comportamentos individuais?
Essa pergunta já pode ter passado pela sua cabeça e ela é, de fato, objeto de reflexão de pesquisadores de diversas áreas, incluindo filosofia, ciências sociais e psicologia. Atualmente, somos mais de 4 bilhões de pessoas que vivem em áreas urbanas, índice que aumenta a cada ano. A vida em comunidade traz grandes desafios e, para coordenar muitos deles, os grupos estabeleceram uma série de princípios e padrões que estimulam um senso comum entre os indivíduos.
Corpo, discurso e território: a cidade em disputa nas dobras da narrativa de Carolina Maria de Jesus
Nessa tese de doutorado, a arquiteta e urbanista Gabriela Leandro Pereira explora os relatos e as disputas de narrativas urbanas da escritora mineira Carolina Maria de Jesus. Carolina é uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil, tendo como sua obra mais conhecida o livro Quarto de Despejo. Diário de Uma Favelada - resultado do relato do cotidiano cruel de mulher negra, catadora de papel e moradora da favela do Canindé em São Paulo. A tese foi defendida em 2015 na Universidade Federal da Bahia, tendo como orientadora a Profa. Dra. Ana Maria Fernandes e recebeu o Prêmio Prêmio Rodrigo Simões de Teses de Doutorado, Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ANPUR) em 2017. Veja abaixo o resumo enviado pela autora.
A engrenagem urbana brasileira: dispositivos legais para a gestão das cidades
Constatações de que as cidades brasileiras cresceram sem o devido planejamento, de maneira desordenada, são recorrentes. Também é comum ouvir que a legislação urbana do Brasil é moderna, mas que temos dificuldades para tirar as melhores práticas do papel. Porém, poucas pessoas de fato entendem como funcionam as engrenagens do planejamento urbano e de que maneira esses mecanismos podem ajudar a conduzir os centros urbanos para um futuro melhor e mais sustentável.
As transformações previstas para o mundo urbano até 2050
As projeções para o mundo urbano foram atualizadas. Em maio, a Organização das Nações Unidas divulgou uma nova edição do World Urbanization Prospects, relatório que lança um olhar aprofundado para os centros urbanos do planeta, com a seguinte conclusão: 68% da população mundial viverá em cidades até 2050. A estimativa é 2% maior em relação ao último estudo, publicado em 2014, da série sob responsabilidade do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Desa).
Uma cidade de 100 milhões de habitantes é possível? Como lidaremos com o futuro?
Em 2010 a humanidade atingiu uma importante marca: mais da metade da população mundial passou a viver nas cidades. Este é um processo que tende a se intensificar, juntamente com o aumento do consumo, a redução dos recursos, o aumento da poluição, congestionamentos, escassez de água e falta de planejamento. Estaria a urbanização fora de controle?
Com base em uma pesquisa publicada de Daniel Hoornweg e Kevin Pope, o jornal britânico The Guardian reflete sobre um cenário extremo em que os países são incapazes de controlar as taxas de natalidade e a urbanização avança incessantemente. Nos próximos 35 anos, mais de 100 cidades terão população superior a 5,5 milhões de habitantes cada.
O-office discute como projetos de renovação podem revelar histórias ocultas da arquitetura
A O-office Architects, empresa multidisciplinar com sede em Guangzou, tem se especializado em projetos remodelação de antigas estruturas, transformando-as e adpatando-as para o futuro. Seus fundadores, Jianxiang He e Ying Jiang, são conhecidos por explorar os limites da arquitetura contemporânea n China, como apresentado neste recente projeto no qual eles transformam uma antiga fábrica abandonada de Shenzhen em um novo centro cultural e comunitário.
Em entrevista concedida ao ArchDaily, os fundadores do O-office falam à respeito de sua prática e conceitos utilizados em projetos de remodelação dentro do atual contexto da arquitetura contemporânea na China.