Seja para se aproximar da natureza, melhorar qualidades de conforto ou para fins estéticos, a integração entre interior e exterior é quase sempre buscada nos projetos arquitetônicos residenciais. Ao olhar para os espaços de estar, esse diálogo entre ambientes abertos e fechados ganham ainda mais motivos. Afinal, ele torna os usos da sala mais flexíveis e sugere diversas formas de ocupá-las, independente da quantidade de pessoas ou da época do ano.
Morar num país tropical significa apreciar momentos ao ar livre. Seja pelo contato com a brisa, a proximidade com a natureza ou para aproveitar o sol. Culturalmente, crescemos acostumados a brincar nos quintais, sentar com família e amigos em varandas, se divertir em churrascos ou apenas contemplar a paisagem ao redor. Para receber ou ampliar esses programas, muitas residências brasileiras adotam o deck de madeira como solução, um espaço versátil que pode receber distintos usos.
Um antigo conto folclórico indiano narra a história de um semideus, Hiranyakashipu, que recebeu a dádiva da indestrutibilidade. Ele desejou que sua morte nunca fosse provocada por qualquer arma, humana ou animal, nem de dia ou de noite, e nem dentro nem fora de sua residência. Entretanto, para cessar sua trajetória, o Senhor Vishnu assumiu a forma de um ser meio-humano-meio-animal para matar o semideus durante crepúsculo no limiar de sua casa.
A varanda é um espaço aberto protegido por uma cobertura que ao constituir um prolongamento da edificação, possui como principal característica criar uma transição entre os espaços exterior e interior. Muito comum em diversas casas brasileiras, se tornou um lugar fundamental de encontro, como tal característica é buscada pelos mais distintos programas, buscamos por exemplos de arquiteturas voltadas para o setor cultural e de serviços nos quais espaços avarandados foram concebidos.
https://www.archdaily.com.br/br/963128/transicao-entre-exterior-e-interior-15-varandas-em-diferentes-programas-e-tipologiasArchDaily Team
O verão está chegando e com ele a vontade de aprimorar os espaços ao ar livre de nossas casas. Seja para tomar um sol, aproveitar a brisa ou encontrar amigos, ambientes como os pátios, quintais e varandas podem ser extremamente versáteis de acordo com a forma que ocupamos. Por isso, selecionamos algumas dicas fundamentais para tirar maior proveito desses lugares.
https://www.archdaily.com.br/br/972919/ideias-para-decorar-patios-quintais-e-varandasEquipe ArchDaily Brasil
Um dos elementos arquitetônicos que mais fortemente promove a relação do interior com o exterior é a varanda. Difícil é precisar sua origem, sendo vista em exemplos de arquitetura vernacular no oriente, no mundo árabe, na Europa e, com grande expressividade, no Brasil.
Como um dos elementos arquitetônicos que com frequência promove a relação entre interior e exterior, a varanda também pode ser atribuída como o elemento intermediário entre a rua e os espaços interiores. No entanto, como elemento de destaque nas fachadas de edifícios - residenciais ou comerciais - estas podem promover certo desconforto térmico, dada a incidência direta da luz solar, ou no que se refere a privacidade, considerando sua posição em destaque e certo voyeurismo por aqueles que transitam no ambiente urbano. A partir disso, é no modernismo que arquitetos iniciam o processo de aplicação de brises de concreto e em alguns casos, cobogós, sobre a fachada de seus edifícios. Contudo, hoje em dia, com uma gama de materiais e possibilidades, profisisonais tem cada vez mais se apropriado de novas soluções em brises para proteger estes espaços das intempéries ao passo que garantem privacidade.