O conceito de “olhos da rua” talvez seja o mais famoso dentro da literatura arquitetônica e urbanística quando o assunto é segurança urbana. Jane Jacobs utiliza essa expressão para se referir às pessoas que – de forma consciente ou inconsciente – utilizam os espaços públicos ou os contemplam desde suas casas, gerando uma vigilância natural. Um movimento que, no âmbito da nossa disciplina, é fomentando tanto por meio de espaços públicos de qualidade quanto pela potente relação entre o público e o privado criada através das fachadas das edificações. Defendendo esse controle cotidiano, Jacobs acredita em um modo de fazer arquitetura e cidades que condena a verticalização em excesso, reforçada por edifícios isolados e de uso único os quais negam o contato com rua.
Varandas: O mais recente de arquitetura e notícia
Entendendo os terraços andinos: infraestrutura natural e paisagem
Nas geografias de encostas e em conjunto com fatores como a precipitação e o excesso de água que promovem o escoamento superficial, produz-se uma série de impactos que levam a processos de perda de solo, água, nutrientes e sementes, com a consequente redução da produtividade agrícola (Posthumus, 2005). Nos contextos montanhosos andinos, esta situação se agrava pela variabilidade e escassez de água, assim como pela dificuldade de retenção da mesma (Canziani, 2007). Diante desses desafios, foram surgindo transformações e modificações territoriais conhecidas como andenes e terraços, que constituem uma das mais antigas práticas infra-estruturais de conservação e manejo hidrológico e do solo. Sua presença física, uso produtivo e importância cultural ainda estão presentes em muitas partes do mundo.
Transição entre exterior e interior: 15 varandas em diferentes programas e tipologias
A varanda é um espaço aberto protegido por uma cobertura que ao constituir um prolongamento da edificação, possui como principal característica criar uma transição entre os espaços exterior e interior. Muito comum em diversas casas brasileiras, se tornou um lugar fundamental de encontro, como tal característica é buscada pelos mais distintos programas, buscamos por exemplos de arquiteturas voltadas para o setor cultural e de serviços nos quais espaços avarandados foram concebidos.
Varanda Gourmet: paixão nacional ou estratégia imobiliária?
A maioria dos panfletos distribuídos pelo mercado imobiliário tendem a mostrar orgulhosamente um componente de seu programa: a varanda gourmet. Você já parou para pensar que talvez esses espaços, que normalmente são compostos com uma churrasqueira, falam mais sobre uma possível área de especulação do que a própria cultura do churrasco presente na vida do brasileiro?
Ao ar livre: 10 terraços em edifícios residenciais na Argentina
Nos últimos anos, os terraços desempenharam um protagonismo na vida urbana, atuando como refúgio, lugar de lazer e reunião, de contemplação, ou ainda como espaço de trabalho ao ar livre. Privilégio e escape nos períodos de confinamento desde o início da pandemia de Covid-19, estes espaços externos onde se pode fazer exercício, se conectar com a natureza, estudar ou trabalhar se tornaram especialmente desejados por aqueles que vivem nas grandes cidades.
Ideias para decorar pátios, quintais e varandas
O verão está chegando e com ele a vontade de aprimorar os espaços ao ar livre de nossas casas. Seja para tomar um sol, aproveitar a brisa ou encontrar amigos, ambientes como os pátios, quintais e varandas podem ser extremamente versáteis de acordo com a forma que ocupamos. Por isso, selecionamos algumas dicas fundamentais para tirar maior proveito desses lugares.
Documentário mostra o fenômeno das sacadas improvisadas na Ucrânia
Aproveitando-se da falta de regulamentação e fiscalização no país, muitos ucranianos desenvolveram formas criativas —e não menos ilegais— para lidar com o problema da falta de espaço em seus apartamentos, estruturas majoritariamente construídas em tempos de união soviética. Este é o plano de fundo do curta metragem Enter Through The Balcony, um documentário dirigido pelo diretor ucraniano Roman Blazhan que explora um dos principais fenômenos da arquitetura ucraniana nos dias de hoje, apresentando um panorama completo do atual contexto econômico, social e cultural da Ucrânia pós-soviética.
Além de revelar uma postura singular em relação ao espaço privado versus espaço público, a forma com que os ucranianos se apropriam destes espaços improvisados denuncia também os antagonismos de um projeto universalizante e a liberdade individual e de expressão, uma contrariedade que ainda hoje permeia a vida de muitas pessoas que habitam em estruturas similares em países do antigo bloco soviético.
15 Projetos no México que tiram proveito da varanda como elemento de desenho
Um dos fatores mais importantes quando se projeta é o clima específico do local. Isso pode representar uma dificuldade quando se trata de climas extremos, e é necessário utilizar materiais isolantes que se adaptem às condições mutáveis. No entanto, quando se trata do México e seu clima privilegiado, isso se transforma em um elemento a favor dos arquitetos, permitindo criar microclimas e espaços que se dissolvem na transição do que é o espaço interno e externo.
Coleção de tipologias de varandas brasileiras / Marjorie Lange
* O texto é um fragmento do trabalho de conclusão de curso “Espaços-Varanda: Ensaio de Relações em uma Superquadra de Brasília[1]”, realizado no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (DAU PUC-Rio) em 2016, sob a orientação do Professor Gabriel Duarte.
A varanda, por ser apropriada a temperaturas elevadas, típicas do clima tropical, é um elemento de muita importância e de presença constante na arquitetura brasileira. Este espaço projetado ou embutido na fachada, coberto e aberto para o ambiente externo, gera sombra e permite a entrada de ar fresco no interior da edificação. Desde as construções indígenas, se fazia “o uso de uma varanda totalmente aberta para permitir a ampla ventilação durante o descanso do calor do meio-dia [2]”.
The Indicator: Uma breve história sobre varandas
De início, a breve história das varandas abrange uma análise das subjetividades acima do solo, em partes de edifícios suspensos no ar, olhando para baixo, para as moedas na calçada, inexplicavelmente visíveis do 34º andar, de onde se tem a sensação de estar no mesmo nível das aeronaves que chegam ao aeroporto de Logan de onde quer que estejam vindo e acima do mar. Uma vez cheguei a estar paralelo a um avião enquanto ele balançava e lentamente virava suas asas.