Após extenso processo de renovação, o escritório Skidmore, Owings & Merrill (SOM) concluiu o projeto de reforma do mirante da Willis Tower e inaugurou uma nova exposição interativa mostrando como a arquitetura moldou a identidade de Chicago ao longo da história.
A famosa Chicago Tribune Tower está no centro de um empreendimento de US$ 1 bilhão que busca levar mais de 700 unidades residenciais ao centro da terceira maior cidade dos EUA. Os grupos CIM e Golub divulgaram uma proposta que prevê a remodelação da torre em estilo neo-gótico, que passará a ter 163 apartamentos, e a construção de um arranha-céu apenas 9 metros mais baixo que a Willis Tower, o edifício mais alto de Chicago.
Quando se fala de arquitetos que projetam arranha-céus, o primeiro nome que se pensa é, frequentemente, Skidmore, Owings & Merrill. Nenhum escritório projetou e construiu mais edifícios em altura que o SOM, e, até hoje, a firma continua liderando a lista, tendo construído o One World Trade Center e o Burj Khalifa. O escritório começou a ganhar força no projeto de edificações em altura a partir dos anos 1970, após uma pausa na construção de arranha-céus que permitiu que o Empire State Building mantivesse o título de edifício mais alto do mundo por quase 40 anos.
Foi então que Falzur Khan, arquiteto e engenheiro trabalhando para o SOM, desenvolveu uma inovação estrutural que revolucionou a indústria dos edifícios em altura, deixando marcas duradouras nos métodos construtivos de arranha-céus até hoje.
Recentemente os editores do ArchDaily receberam um pedido interessante de um Diretor de Comunicações anônimo de uma empresa não identificada de Nova Iorque, dizendo: "Em seu relato, por favor não repitam como fato, ou como 'oficial', a opinião de que o One World Trade Center em Nova Iorque será o edifício mais alto dos Estados Unidos.” Ele ou ela continua, explicando que quem decidiu "anunciar" a edificação como a mais alta nos EUA, o Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH), não é oficialmente aprovado pelo AIA ou pelo governo dos EUA, e que, mesmo que seu trabalho tenha sido benéfico para a arquitetura e para as cidades como um todo, seu critério de avaliação da altura das edificações possui falhas e tem sido criticados por muitos na indústria.
O desejo de se ter o maior edifício em uma cidade, país ou até do mundo se dá desde, pelo menos, o período medieval, onde famílias nobres de cidades italianas de colina como San Gimignano tentavam superar os esforços de construção de outras cidades (piadas sobre a natureza freudiana de tal competição não são, imagino, tão recentes). Talvez o maior símbolo do desejo disso seja a coroa decorativa do Chrysler Building, que foi desenvolvida em segredo e permitiu ao edifício receber brevemente o título de mais alto do mundo, para a surpresa e ira dos competidores em seu tempo.
Com este espírito competitivo, aparentemente, ainda muito vivo, pensei que poderia ser útil abordar a questão levantada pelo nosso amigo anônimo.