O Campo de Cebada se tornou uma das principais referências em autogestão e construção coletiva de espaços públicos, em estreita relação com as acampadas espanholas de 2011. Neste artigo, o coletivo de arquitetura Zuloark reflete sobre os princípios que foram importantes para que o experimento funcionasse.
Zuloark: O mais recente de arquitetura e notícia
Quem protege os direitos de propriedade intelectual de uma obra arquitetônica?
Quando uma obra arquitetônica é objeto de propriedade intelectual? Quem são os titulares dos direitos autorais sobre a obra? Em que consistem, exatamente, esses direitos? Essas questões vêm frequentemente acompanhadas de muitos dilemas e representam um dos debates em aberto da disciplina, considerando não apenas a inovação e criatividade exigida em cada projeto, mas também a crise da concepção do arquiteto como criador/produtor de obras.
Nesse sentido, o espanhol Vicente Castillo Guillén estimulou, num recente artigo, o debate a respeito dos direitos de propriedade intelectual sobre as obras arquitetônicas, já que, segundo seu critério, a disciplina "apresenta grandes desequilíbrios internos e não dispõe de estruturas claras para articular com certeza econômica e segurança legal tal inovação, compensando economicamente o mérito."
Junte-se à discussão, a seguir.
Arquitetos(as) e nosso direito ao fracasso
Com ou sem a crise, a pergunta é inevitável para os arquitetos: "E depois do diploma, o que fazer?". Dominado por esta dúvida existencial, faz dois anos que o recém titulado arquiteto espanhol Pedro Hernández resumiu o futuro de seus colegas em três possibilidades: conseguir uma bolsa, migrar para outras bolhas imobiliárias ou se reinventar. E à milhares de quilômetros no hemisfério sul, a multifacetada arquiteta chilena Valentina Rozas confessava numa entrevista que "existem coisas que me interessam, vou até elas e elas não funcionam. Parte das oportunidades que tenho agora é poder fracassar. Acredito que temos que nos dar este espaço para podermos fracassar ou renunciar".
Concentramos neste último na continuação.