"Confundir arquitetura com obra de arte da lugar a muitos excessos".
O arquiteto espanhol Rafael Moneo comemora hoje 80 anos. Nascido em Tudela (Navarra), em 1937, estudou arquitetura na ETSAM (Escola Técnica Superior de Arquitetura de Madrid) e ali começou uma trajetória que nos presenteou com muita das grandes obras da arquitetura contemporânea.
Enquanto ainda era estudante, entre 1958 e 1961, trabalhou com Francisco Javier Sáenz de Oíza, e depois, recém titulado, com Jørn Utzon, na Dinamarca. O arquiteto desenvolveu um amplo trabalho tanto docente (Professor de Elementos de Composição da escola de arquitetura de Barcelona em 1970, professor convidado pela IAUS de Nova York em 1976 e nas escolas de Lausanne, Princeton e Harvard, decano da Graduate School of Design entre 1985 e 1990...) como profissional.
Sua arquitetura se destaca pelo valor da história e das raízes, que se reinterpretam gerando projetos plenamente contemporâneos. O patrimônio, não somente cultural, mas pessoal, a memória, a nostalgia, são as bases de sua arquitetura.
"Max Aub disse que o indivíduo provém de sua educação". Assim respondia Moneo numa entrevista que concedeu à revista espanhola "El Cultural", recordando sua infância, seu povoado de origem, suas ruas, e como isto influenciou no tipo de arquiteto que se tornou.
"Nascer num povoado, crescer num lugar com contornos bem definidos, geográficos e sociais, sem dúvida ajuda a entender a importância dos limites, as condições de partida, tanto para a vida como para um projeto. Conhecer as cidades é sempre necessário para inciar uma obra de arquitetura".
Rafael Moneo já recebeu diversos prêmios em sua carreira, como o Prêmio Nacional de Arquitetura (da Espanha, em 1991), o Prêmio Pritzker, a Medalha de Ouro da União Internacional de Arquitetos (1996), a Medalha de Ouro do RIBA (2003) e do CSCAE (2006) e o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes (2012).
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