Se você deseja aproveitar ao máximo sua experiência em nosso site, cadastre-se..
Victor Delaqua
Mestrando pela FAUUSP, é arquiteto e urbanista pela UFSC e estudou na Universidade Politécnica de Valência durante a graduação. Colaborador do ArchDaily desde 2012, é editor de conteúdo, comunidade e redes sociais. Profissionalmente, também atua na área de expografia e cenografia.
Tianjin Library (2012). Photo courtesy of Riken Yamamoto & Field Shop.
A escolha de Riken Yamamoto como vencedor do prestigiado Prêmio Pritzker 2024 é recebida com agradável surpresa. Seu portfólio arquitetônico, caracterizado por um profundo compromisso com o engajamento comunitário e uma percepção aguçada das dinâmicas locais, exemplifica o poder transformador da arquitetura na sociedade. Atendendo às demandas de crianças, adultos e idosos, o trabalho de Yamamoto destaca o impacto profundo que a arquitetura pode ter na vida de indivíduos de todas as faixas etárias. Para conhecer mais a fundo a formação e trajetória profissional do arquiteto, reunimos a seguir 15 fatos e curiosidades sobre Riken Yamamoto.
Vista aérea da Av. Paulista. Imagem ilustrativa. Foto de Gabriel Ramos, via Unsplash
Há 470 anos, no Pateo do Collegio, surgia a maior cidade da América Latina: São Paulo. Uma metrópole em constante movimento que, entre tantas complexidades e conflitos, apresenta uma diversidade cultural e humana que a torna profundamente rica.
A planta tipo tende a prevalecer em edifícios, mas jamais um apartamento será idêntico ao outro. O projeto de interiores destes programas requer mais do que apenas uma composição com a construção pensada previamente por outro arquiteto. Rever a estrutura para ampliar espaços, aprimorar a iluminação natural, criar permeabilidade e trazer elementos decorativos ou paisagísticos que traduzem a personalidade dos moradores ao ambiente são alguns dos desafios. Em 2023 foram diversos os projetos que apresentaram apartamentos inspiradores. Na busca por um panorama representativo, buscamos pelos exemplos brasileiros que mais foram visitados pelo público do ArchDaily Brasil durante o ano passado.
O final do ano se aproxima e com ele a oportunidade de revisar quais foram os momentos de grande destaque no campo da arquitetura em 2023. Assim, buscamos pelas fotografias que foram as mais curtidas no Instagram do ArchDaily Brasil.
Montagem feita sobre o trabalho "Estratégias de mitigação ao calor urbano: Um estudo sobre Porto Alegre" de Carolina Cristófoli Falcão
O mundo acadêmico tem muito a acrescentar no campo da arquitetura e do urbanismo. Através de suas pesquisas e propostas surgem visões inspiradoras, novos materiais e conceitos. Levantam-se possíveis debates sobre a forma como enxergamos, ocupamos e desenhamos o ambiente construído. Em todo o seu espectro, os trabalhos finais de graduação são uma oportunidade do estudante fazer uma última proposta antes de obter o seu diploma, abrangendo diversos temas e tocando em assuntos necessários. Por isso, realizamos anualmente uma chamada de trabalhos aberta a todos os países lusófonos para apresentar um panorama de projetos que se destacam e ajudam olhar para o ano que passou e o porvir.
Minghu Park / Turenscape. Foto cortesia de Turenscape
Uma área alagada que oferece uma capacidade incrível de armazenar carbono. Essa poderia ser uma excelente síntese para descrever os peatlands (as turfeiras, em português). Esse ecossistema pode ser encontrado praticamente em todas as zonas climáticas do mundo e é muito mais do que essa breve descrição, desempenhando um papel importante na mitigação da crise climática. Mas o que é e como podemos usá-lo de forma responsável?
Bienal das Amazônias. Foto: Cortesia de Juliana Godoy
As relações entre as águas e as diferentes vidas que habitam a Amazônia. Este é o ponto de partida para a primeira Bienal das Amazônias, que reúne 120 artistas de todos os países que abrigam o território da maior floresta tropical do mundo. Sob o título “Bubuia: Águas como Fonte de Imaginações e Desejos” a mostra tem a curadoria de Keyna Eleison e Vânia Leal, com colaboração de Sandra Benites e Flávia Mutran na conceituação do projeto, e está em cartaz em Belém. A exposição ganhou forma num edifício que foi remodelado para recebê-la e traz em sua expografia um diálogo constante com os materiais e culturas da região. Conversamos com a arquiteta Juliana Godoy, responsável pelo projeto expográfico, para saber como as subjetividades amazônicas foram traduzidas e conceitualizadas no âmbito espacial.
Detalhe - Pavilhão para Casa de Chá / Grau Architects
O desenho exerce um papel fundamental no projeto arquitetônico. Principal condutor para a materialização das ideias, é através dele que se explica o que foi pensado para o espaço. Nas arquiteturas de madeira, são diversos os tipos de encaixes, junções, modos de compor com as texturas e conectar o material com outras estruturas. Ao desenhar, mais do que expressar os detalhes com precisão, é possível criar manuais didáticos sobre a montagem e construção da obra, que facilitam a compreensão da mão-de-obra e sua execução. Por isso, reunimos diferentes projetos que em demonstram distintas formas de representar o uso do material e suas possibilidades.
Durante o mês de julho exploramos o Processo Projetual como tema mensal. Instigados por práticas que cruzam camadas distintas e (ainda) incomuns em suas criações, conversamos com o arquiteto Guto Requena. Ao projetar, seu estúdio experimenta com distintas tecnologias digitais a partir de um olhar sustentável e atento às pautas sociais para atingir o objetivo de proporcionar experiências inovadoras e afetivas. Hoje, o arquiteto acumula diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles o ArchDaily Building of the Year e o Prix Versailles da Unesco.
Na entrevista, Requena nos conta sobre sua trajetória, coloca a diversidade de sua equipe como um dos principais pontos de inovação do seu escritório, traça importantes questões sobre como fomentar e criar com novos materiais na arquitetura e muito mais.
A tonalidade das cores desempenha um papel importante no conforto térmico dos edifícios, influenciando a absorção, reflexão e emissão de energia térmica. Junto da análise do clima local, da orientação solar e das qualidades dos materiais de construção, é possível conceber uma abordagem integrada consoante as pinturas das superfícies que ajuda a economizar até mesmo na conta de luz. Saiba como essas variáveis podem ser combinadas para trabalhar as cores com o desempenho térmico do seu projeto.
Transcender a ideia de um tempo progressivo, linear e ocidental. Criar estratégias de contorno, atravessar limites e escapar das impossibilidades colocadas pelo mundo. Atenta à “política de movimento e movimentos políticos entrelaçados nas expressões artísticas,” a 35ª Bienal de Artes de São Paulo - coreografias do impossívelapresenta, através da intervenção espacial e de sua lista de participantes, modos de se relacionar que expandem os aspectos culturais e sociais que demarcam o sentido – aparentemente insuperável – da crise que enfrentamos como sociedade.
Para se aprofundar em como as questões espacial, territorial e arquitetônica se colocam na próxima edição de uma das maiores e mais importantes exposições de arte do mundo, conversamos com o coletivo de curadores* formado por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel.
Conforme exploramos práticas sociais que desafiam o modelo hegemônico na arquitetura, passamos a reconhecer a importância de abordar questões relacionadas à identidade, gênero, raça e orientação sexual no âmbito da prática espacial. Ao considerar essas dimensões, nosso objetivo é destacar como o ambiente construído pode promover novas maneiras de visualizar a sociedade e moldar o relacionamento que tecemos com o mundo ao nosso redor. Em busca de vozes que apresentem novas perspectivas, selecionamos uma bibliografia que demonstra as pesquisas e experiências de indivíduos que desafiam as normas ditadas por uma abordagem universalizante. Uma bibliografia de 20 livros internacionais que oferece diversas narrativas que nos convidam a perceber, imaginar e vivenciar o espaço por meio de uma lente LGBTQIA+.
A arquitetura contemporânea, como disciplina e prática, jamais nasce do zero. Os projetos realizados hoje são baseados numa série de experimentações que ocorreram desde o primeiro momento que a humanidade começou a conceber os espaços de habitação e convívio. Numa costura intrínseca entre costumes, tradições, materiais locais e técnicas construtivas, surgiram as arquiteturas ancestrais e vernaculares. A influência do contexto e da cultura de cada população pode ser de grande inspiração para profissionais da arquitetura na contemporaneidade que, ao olhar para o passado, conseguem responder eficientemente ao futuro.
Integrar a água no paisagismo de modos ímpares e sustentáveis tornou-se uma abordagem cada vez mais relevante nos projetos contemporâneos. A utilização adequada desse recurso natural agrega valor estético aos espaços verdes e também pode promover respostas ecologicamente positivas para a obra. Em busca de diferentes perspectivas e soluções inovadoras, apresentamos projetos que apresentam diferentes abordagens que integram a água e a paisagem.
Pensar o modo como habitamos é pensar a arquitetura. Se foi na necessidade primordial de um abrigo que surgiu a disciplina, hoje a habitação ainda segue como uma das maiores inquietações dos arquitetos. Trazer conforto, buscar por materiais inovadores, respeitar a memória, transformar a cultura. São diversas as camadas que atravessam o projeto de uma residência. Por isso, imaginar o que seria a síntese da casa contemporânea é um grande desafio. Em busca de novos olhares, fizemos uma colaboração com o Ulises Design Studio para entender como a Inteligência Artificial (IA) olha para a casa contemporânea no contexto de 15 diferentes países. Entre dados que esbarram fatos da realidade e da ficção, as imagens que surgem podem trazer não só inspirações, mas também importantes reflexões sobre a prática espacial.
Videos
Jenny Holzer, installation at Guggenheim New York. Foto: fluido & franz, CC BY-NC-SA 2.0 via Flickr
A luz está presente na arte há séculos. Pensar o barroco ou o gótico sem este elemento seria impossível. No entanto, foi no século XX que artistas começaram a explorar qualidades lumínicas e as transformaram num meio próprio para materializar a arte. Esculturas, instalações imersivas e formas de moldar o ambiente através da luz, suas cores e intensidades, trouxeram novas percepções espaciais ao traçar uma relação única com a arquitetura.
A cultura refletida em um material. Os azulejos portugueses narram temas históricos, do religioso ao profano. Conformam a paisagem e os cenários lusitanos ao revestir edifícios, interiores e espaços públicos. E, desta forma, sua expressão segue em constante mudança e adaptação para tecer a ancestralidade mourisca com a contemporaneidade.
Forma e função. Termos que acompanham diversas definições que cabem à arquitetura, mas já não bastam para resumir a prática em 2023. Hoje, construir envolve a compreensão dos ciclos de materiais, como cada ação pode estar ligada ao extrativismo de recursos naturais e seus danos ao meio ambiente. Vivemos na urgência de revisar a forma como produzimos o espaço construído. Nessa busca por modelos que se afastam de sistemas lineares e que brindam um constante processo de transformação e redistribuição da matéria, estratégias oriundas da economia circular surgem como um possível caminho. Sua aplicação em patrimônios arquitetônicos — para manutenção ou restauro — podem servir como um grande incentivo para as mudanças necessárias em prol de uma sociedade mais sustentável.