Essa semana na nossa série Tecnologia e Arquitetura apresentamos o chileno Andrés Battle.
Andrés começou a trabalhar com representação e visualização em sua época de estudante na Faculdade de Arquitetura da Pontifícia Universidade Católica do Chile. Apesar de ser ainda bastante jovem, já se fez notar, conseguindo trabalhos com muitos dos grandes arquitetos chilenos contemporâneos, como HLPS Arquitectos, Cecilia Puga, Cristián Fernandez Arquitectos, Smiljan Radic, entre muitos outros.
A seguir uma entrevista exclusiva e uma seleção de suas melhores imagens.
1. Quando e como começou a trabalhar com representação de arquitetura?
Comecei há uns três anos fazendo alguns trabalhos para escritórios de arquitetura, contatos feitos na PUC, onde estudei. Desde meus primeiros anos como estudante já me interessei por trabalhos de representação gráfica, portanto, tentei aplicar isso já em meus primeiros trabalhos da faculdade.
2. Você é arquiteto?
Meu diploma ficou pendente por questões específicas, é algo que gostaria de concluir algum dia. Da mesma forma, estou desenvolvendo alguns projetos de forma associada, que é a maneira que encontrei para exercer a profissão.
3.Por que gosta do trabalho de representação em arquitetura?
Como disse anteriormente, desde a faculdade me interesso por representação, e eu vim da escola de engenharia, onde estudei durante três anos, portanto, meios digitais sempre me foram mais familiares que os manuais.
Nessa época, ao menos para mim, era um grande desafio competir com as técnicas manuais que davam às entregas um encanto especial, contra, por outro lado, a frieza e padronização que oferecem os meios digitais. Minha motivação sempre foi reverter esta condição, em uma época em que os professores incentivavam os alunos a deixar o uso dos computadores para mais tarde, tanto para projetar quanto para desenhar, optando por ministrar uma formação nos termos que eles dominavam melhor.
4.Como resumiria seu trabalho?
O ponto de partida sempre é um modelo 3D, dado pelo cliente ou realizado por mim com base nas plantas. Depois disso há dois caminhos, recriar o entorno ou fazer uma montagem com fotografias do lugar, no segundo caso tudo se reduz a conseguir uma boa foto e igualar as condições de iluminação e enquadramento. No primeiro caso, é preciso fazer tudo a partir do zero, então procuro detalhar o máximo possível, principalmente a vegetação.
5. Arquiteto favorito?
Mais do que ter um arquiteto favorito, gostaria de destacar o trabalho de Smiljan Radic, HLPS e Cecilia Puga, escritórios chilenos com os quais trabalhei e que admiro muito.
Por outro lado também gostaria de citar os estúdios que conheci através do Plataforma Arquitectura e que me deixaram impressionado: Estudio BABO e H arquitectes. Há muitos outros, antigos e contemporâneos, que não precisam ser nomeados.
6. Obra favorita?
Da mesma forma na questão anterior, destacaria o Parque Cultural de Valparaíso, do HLPS.
7. Artista visual ou escritório favorito?
Vou citar três: MIR, Peter Guthrie e Bertrand Benoit.