Esta semana revisitamos um clássico, uma obra prima de Jacques Tati. No filme, Tati retrata o impacto problemático do modernismo na cidade e a forma como as pessoas interagem dentro dela.
O ambiente cuidadosamente pensado do filme mostra características do movimento moderno na época: repetição e regularidade (resultado da industrialização) são representados desde os menores objetos nos interiores até a escala do plano urbano da cidade. Aprecie este grande filme e conte-nos sua opinião sobre o olhar de Tati sobre o modernismo.
FICHA TÉCNICA
Título original: Play Time Ano: 1967 Duração: 155 min. País: França Diretor: Jacques Tati Roteiro: Art Buchwald, Jacques Lagrange, Jacques Tati Trilha sonora: Francis Lemarque Elenco: Jacques Tati, Barbara Dennek
ENREDO
O filme se estrutura em seis sequências, ligadas por dois personagens que repetidamente se encontram no decorrer de um dia: Barbara, uma jovem turista americana visitando Paris com um grupo composto principalmente por americanas de meia idade, e Monsieur Hulot, um confuso francês perdido na nova modernidade de Paris. As sequências são as seguintes:
O Aeroporto: o grupo de turistas americanos chega ao aeroporto ultramoderno e impessoal de Orly.
Os Escritórios: M. Hulot chega a um dos edifícios de aço e vidro para uma reunião importante, mas se perde em um labirinto de salas e escritórios parecidos, eventualmente encontrando uma exposição comercial de projetos de escritórios e móveis quase idênticos ao restante do edifício.
A Exposição Comercial: M. Hulot e os turistas americanos são apresentados aos últimos aparelhos modernos, incluindo uma porta que bate "em silêncio de ouro" e uma vassoura com faróis, enquanto a Paris lendária passa despercebida exceto por uma barraca de um vendedor de flores e um único reflexo da Torre Eiffel em uma janela de vidro.
Os Apartamentos: quando anoitece, M. Hulot encontra um velho amigo que o convida para seu apartamento ultra moderno de móveis escassos e fachada de vidro. Esta sequência é filmada inteiramente da rua, observando Hulot e outros residentes do prédio através de janelas descortinadas do piso ao teto.
O Jardim Real: Esta sequência dura quase toda a segunda metade do filme. No restaurante, Hulot reencontra vários personagens com quem se deparou periodicamente ao longo do dia, além de alguns novos, como um cantor de baladas nostálgico e um rude empresário americano.
O Carrosel de Carros: Hulot compra para Barbara dois pequenos presentes como lembrança de Paris antes de sua parida. Em meio a um complexo balé de carros em uma rotatória, o ônibus dos turistas volta ao aeroporto.
TRAILER
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