Corpo Transitório, de Sergio Mora-Díaz + Katia Montes, é uma instalação lumínica e interativa que propõe diálogos com a matéria, através da luz e a apropriação que estabelece o corpo ao transitar pelo espaço. A intervenção é realizada no âmbito do Proyecto Cilindro, espaço de curadoria num local específico pensado em colaboração com a Factoría Italia, em Santiago do Chile, o qual reutiliza a estrutura em desuso de uma chaminé na ex Fábrica de Chapéus Girardi.
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O projeto é desenvolvido no interior deste recipiente cilíndrico de aço com 10 metros de comprimento e 2,3 metros de diâmetro, o qual consta de duas situações lumínicas: uma que mapeia a estrutura industrial, que pode ser observada desde o acesso à instalação, e outra que é ativada ao entrar no espaço, acompanhando as pessoas enquanto elas caminham por ele.
A obra é uma experiência espacial, um exercício perceptivo que relaciona nosso corpo em movimento com a espacialidade do lugar.
É um trânsito entre a presença e a ausência da matéria. Somos espectadores, usuários e configuradores da experiência. A luz relata, num percurso, a pele que nos contém.
“O particular é construído a partir de um lugar e, em troca, um lugar é constituído a partir do particular que nele habita". — Walter Benjamin.