Em 1930 o economista John Keynes previu que a humanidade, dali a 100 anos, iria enfrentar seu problema permanente: como usar a liberdade de preocupações econômicas prementes, como ocupar o lazer que a ciência e os ganhos econômicos lhe trariam para viver bem, sábia e agradavelmente?
Agora que faltam apenas 20 anos para o cenário proposto por Keynes, talvez seja oportuno nos debruçarmos sobre a grande questão do século: o planeta urbano. Afinal, se o século 19 foi dos impérios e o 20 das nações, este é o das cidades. E as imensas inovações que ora se anunciam ocorrerão no território urbano.
Domingo, 18 de abril de 2010, 9h30. Uma elegante jovem corre pela calçada limpa e com piso semipermeável, concentrada no exercício matinal na primavera de sol. Ao virar na King Street, algumas cédulas caem de seu short sem que ela perceba. Ato contínuo, o jovem, aparentemente um junkie típico das metrópoles contemporâneas ricas, deixa seu banco onde lia o jornal – mobiliário urbano de design impecável – pega as notas no chão e berra pela atenção da garota que segue em frente sem escutá-lo, iPod ligado. Fico cada vez mais atento à cena urbana. Ele põe-se a correr atrás dela e, na outra esquina onde ela para esperando a sinalização sonora para travessia da rua após a passagem do MUNI (o moderno trem urbano), finalmente consegue abordá-la. Conversa rápida, sorrisos trocados, agradecimentos gentis. Ele adentra o café da esquina.
A cena seria banal em qualquer megacidade desenvolvida não fosse a sua localização no tempo e espaço: São Francisco Mission Bay, 2010.
Esse território metropolitano estava há 10 anos totalmente abandonado, apesar de imediatamente vizinho ao centro de São Francisco.
Ainda não tem o charme excitante da cidade que fazia Gavin Elster enciumar-se de Madeleine a cada passeio urbano dela no clássico filme de Hitchcock (Um Corpo que Cai, 1958), porém esta antiga área portuária da cidade caminha para isso, está se reinventando.
“A população cresceu mais de dez vezes em dez anos, esta tem sido uma enorme experiência, é como ver emergir algo do nada” diz Corinne Woods, uma das novas usuárias desta “nova cidade dentro da cidade” (são 122 quarteirões).1
Visitei Mission Bay pela primeira vez há seis anos e a transformação era ainda objeto de imensas dúvidas entre os especialistas acadêmicos, que a viam com reticência. Instalava-se naquele momento o que chamamos dea mola propulsora da regeneração urbana e reestruturação produtiva, o elemento-âncora: o novo centro de pesquisas em biotecnologia da Universidade da Califórnia com 170 mil m2 de laboratórios e centros de pesquisa.
Naquele domingo ensolarado, testemunhei a vida urbana cotidiana ali ocorrer. Há um novo bairro, como dizem os jornais de São Francisco. Moradia de classe média em prédios de quatro a dez pavimentos em meio à mistura de usos – cafés, comércio, serviços. Alguns são de luxo, chegando a um milhão de dólares a unidade. Parques, nova frente d’água com paisagismo contemporâneo e implantação de todo o repertório contemporâneo de green design. Até agora, 3 mil pessoas já se mudaram para o novo território, que está 35% construído e daqui a 15 anos, espera-se ter 11 mil habitantes.
A síntese da história?
Projeto urbano de grande porte sendo realizado. Reestruturação produtiva de antiga área industrial obsoleta. Regeneração urbana em metrópole contemporânea. Cluster de biotecnologia implementado como força motriz de território inovador. Concentração de capital de talento humano, educacional, empreendedor. Diversidade de usos. Boa densidade em área central metropolitana (contraponto inovador e desafiador à classe média americana habituada a morar nos subúrbios de baixíssima densidade urbana). Transporte público de alta qualidade – MUNI, trens regionais e o Bay Area Rapid Transit (BART – sistema de trens que interliga toda a Bay Area, a área metropolitana de São Francisco, com seus quase 8 milhões de habitantes).
Críticas? Inevitáveis em transformações urbanas deste porte, em qualquer parte do mundo. “Gentrificação”: neste caso praticamente não havia população local residente a “ser expulsa”, mas houve uma enorme aumento no valor do solo que, parcialmente amenizada pela diretriz governamental de oferecer uma parcela de habitação subsidiada (affordable housing). “Falta de senso de lugar” (sense of place ou public realm): ainda falta a sempre desejável dimensão urbana nas ruas e praças que só o tempo e o uso darão. “Rompimento com a tradição urbanística” dos bairros de São Francisco: como construir novo território equivalente a 122 quarteirões com a arquitetura contemporânea?
A grande questão que se coloca é:
O que é mais sustentável – economica, ambiental e socialmente – na transformação das metrópoles contemporâneas: refazer os seus imensos territórios centrais rarefeitos com os paradigmas contemporâneos ou deixar a cidade crescer de modo difuso ocupando áreas distantes e pouco urbanizadas (urban sprawl)?
Acredito que o desenvolvimento urbano sustentável impõe o desafio de refazer a cidade existente, reinventando-a. De modo inteligente e inclusivo.
CIDADE REINVENTADA. CIDADE INOVADORA. CIDADE CRIATIVA.
Externalidades espaciais invejáveis aos teóricos da economia urbana. de Jane Jacobs – a canadense que pioneiramente anunciou os potenciais da diversidade urbana que metrópoles como a sua querida Nova Iorque traziam como diferencial de crescimento econômico e riqueza de vida coletiva – a Edward Glaeser, o guru de Harvard das externalidades econômicas que as metrópoles contemporâneas proporcionam; de Richard Florida, o acadêmico-popstar que cunhou o conceito das cidades criativas ao prêmio Nobel de economia, Paul Krugman, defensor das maiores densidades urbanas.
Quarenta anos atrás, Jane Jacobs mostrou-nos que o sutiã não foi inventado por especialistas em lingerie, mas por uma costureira experimental de Nova Iorque, que logo reconheceu a procura por sua nova criação numa cidade ávida por inovação e experimentação, povoada por uma concentração única de diversidade social.
Nova York continua repleta de pessoas inovadoras e criativas que estão liderando a sua reinvenção quando, no fim do século passado, especialistas preconizaram seu declínio – o declínio da maior megacidade2 do século 20, 18 milhões de habitantes, seria inexorável numa sociedade informacional e onde o lugar perderia relevância, quando, na verdade, a e-society só fez valorizar o ambiente real.
Nunca as pessoas visitaram tanto Nova Iorque para fazer aquilo que é a essência, afinal, das cidades: encontrar gente, fazer trocas (amorosas, afetivas, de negócios, turismo, entretenimento, criação, educação, etc.).
Se há um especialista que há muito vem estudando essas questões com muito rigor, este é Sir Peter Hall. Aos 78 anos, com mais de 40 livros publicados, o catedrático da Bartlett, University College London, é um otimista incansável e ferrenho defensor do papel inovador das metrópoles.
Em junho de 2008 ele me recebeu em seu aconchegante e típico sobrado do subúrbio de Londres para, ao final da conversa dizer que inovação urbana importa tanto quanto infraestrutura urbana. Ao ser questionado sobre os desafios complexos das megacidades em se refazerem – falávamos dos projetos urbanos em curso em Londres, do desastre urbanístico que foi a implantação de Cannary Warff e das dificuldades em se implementar intervenções urbanas em São Paulo – lembrou-me, sabiamente, que Roma, Londres, Paris e Nova Iorque estavam entre as três maiores cidades em seus respectivos tempos de auge quando suas grandes inovações urbanas ocorreram.
Em sua brilhante e elucidativa história das cinco cidades que formataram o mundo (Jerusalém, Atenas, Roma, Londres e Nova Iorque), Douglas Wilson nos lembra que as grandes cidades sempre viveram problemas e virtudes decorrentes de seu sucesso, de sua aglomeração:
“Durante os primeiros séculos da Era Cristã, Roma teve cerca de 3 km de comprimento e aproximadamente a mesma largura. Os romanos sabiam como preenchê-la e a população era, provavelmente, entre um e dois milhões de pessoas. As ruas estavam tão congestionadas que os cavalos e as carruagens não eram permitidos. A única maneira de percorrer toda a cidade era andar a pé ou transportado em uma maca. Só os ricos poderiam evitar andar.”3
As grandes cidades, estas que inovam e lideram o progresso da sociedade em suas épocas de auge no planeta, sempre enfrentaram seus ciclos de decadência e ressurgimento, reinvenção:
“Ao contrário de Nero, os governantes da Inglaterra não queimaram a sua cidade a fim de construí-la novamente. Mas ela se queimou, e eles tiveram a oportunidade de reconstruí-la. Após dois anos de fogo, duzentos casas haviam sido concluídas, e no ano seguinte, outras seiscentos. Não era bem o processo rápido e vigoroso que alguns historiadores têm afirmado, e durante alguns anos Londres teve todos os aspectos de uma cidade arruinada, mas aos poucos foi ressurgindo para, posteriormente, liderar o mundo”.4
Ou seja:
Megacidades funcionam. Megacidades lideram. Megacidades se reinventam.
Por que as metrópoles contemporâneas compactas – densas, vivas e diversificadas nas suas áreas centrais – propiciam um maior desenvolvimento sustentável, concentrando tecnologia e gerando inovação e conhecimento em seu território?
As metrópoles são o grande desafio estratégico do planeta neste momento. Se elas adoecem, o planeta torna-se insustentável. No entanto, a experiência internacional – de Barcelona a Vancouver, de Nova Iorque a Bogotá, para citar algumas das cidades mais verdes – mostra que as metrópoles se reinventam. Se refazem. Já existem diversos indicadores comparativos e rankings das cidades mais verdes do planeta. Fora dos países ricos, Bogotá e Curitiba colocam-se na linha de frente como cases a serem replicados.
A reinvenção das metrópoles contemporâneas, no século 21, passa pelos novos indicadores que mostram oportunidades em termos de cidades mais sustentáveis e mais inteligentes do que as que cresceram e se expandiram sem limites no século 20.
O desenvolvimento sustentável é o maior desafio do século 21. A pauta da cidade é, no planeta urbano, da maior importância para todos os países, pois (a) dois terços do consumo mundial de energia advêm das cidades, (b) 75% dos resíduos são gerados nas cidades e (c) vive-se um processo dramático de esgotamentos dos recursos hídricos e consumo exagerado de água potável. A agenda Cidades Sustentáveis é, assim, desafio e oportunidade únicas no desenvolvimento das nações.
A ecologia da cidade e não a ecologia na cidade, ou a natureza como um sistema separado na cidade. Um eco-urbanismo ou ecologia urbana. Tratam-se de questões sérias e prementes, independentemente de rótulos.
Devemos ficar atentos às imensas perspectivas que as tecnologias verdes, aliadas à gestão inteligente do território estão abrindo no desenvolvimento urbano de novos territórios, sejam novos bairros sustentáveis sejam cidades inteiras verdes (Masdar no Dubai, desenvolvida por Sir Norman Foster é o maior exemplo). São, por hora, artefatos urbanos pioneiros e caros, portanto pertencentes a minorias. O que não exclui a sua investigação crítica. Como qualquer outra inovação grandiosa, complexa e custosa, pode-se dai extrair inovações menores e mais acessíveis, práticas replicáveis em lugares mais populosos.
A democratização das informações territoriais com os novos sistemas de tecnologia de informação e comunicação deve favorecer a formação de comunidades participativas, além de e-governance: serviços de governo inteligente mais ágeis, transparentes e eficientes, pelo compartilhamento de informações. Ou seja, as cidades inteligentes, smart cities, podem e devem alavancar a otimização da vida urbana, seja com serviços avançados na cidade formal, seja nas novas oportunidades nos territórios informais.
Nas décadas recentes, tem-se observado uma emergência comum às grandes metrópoles mundiais: os antigos espaços urbanos centrais estão perdendo boa parte de suas funções produtivas, tornando-se obsoletos e, assim, transformam-se em territórios disponíveis, oportunos. Trata-se dos chamados vazios urbanos, wastelands ou brownfields.
Do ponto de vista urbanístico, essas transformações resultaram em uma série de problemas comuns que vêm afetando as nossas cidades hoje. O abandono das áreas centrais metropolitanas pelo setor industrial e a consequente degradação urbana de espaços com potencial tão evidente de desenvolvimento – afinal, dotados de preciosa infraestrutura e memória urbana – é face da mesma moeda que expõe a urbanização ilegal, porém real e incontrolável, de nossas periferias, o chamado espraiamento urbano, cujas consequências são dramáticas em termos de total insustentabilidade ambiental, social, econômica e urbana (ocorre, invariavelmente, em áreas de proteção ambiental).
As áreas industriais obsoletas se tornam alvo dos grandes projetos urbanos, principalmente nas metrópoles dos países desenvolvidos, como concentradoras de estratégias de intervenção no espaço ora degradado e subutilizado. É a reconversão industrial. Vazios urbanos tornam-se palco da implantação desses projetos aliados ao surgimento de políticas urbanas de desregulamentação urbanística e parcerias entre o poder público e iniciativa privada. Trata-se dos chamados clusters urbanos criativos.
O cluster pioneiramente transformado de Montreal, Atelier Angus, e os clsuters de enorme escala territorial de São Francisco Mission Bay e Barcelona 22@ (antigo bairro industrial de Poblenou) são os casos de grande relevância em meio a dezenas de novos territórios implantados em áreas centrais deterioradas em cidades dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia.
Esses clusters urbanos pautam a sua estratégia central produtiva em serviços avançados, parte da chamada nova economia. Por meio de parcerias público-privadas sempre calcadas na criação eficiente de agências de desenvolvimento específicas, tais territórios têm conseguido rápido sucesso nos processos de regeneração urbana e reestruturação produtiva.
Os quatro estudos de caso discutidos na segunda parte do livro focam um mesmo problema: a regeneração urbana e reestruturação produtiva de áreas metropolitanas deterioradas de localização central, dotadas de centralidade, memória urbana e infraestrutura preciosa. São quatro territórios que buscam a reinvenção da metrópole, a construção da cidade dentro da cidade. A otimização das estruturas existentes para gerar uma cidade compacta. Há sempre o papel protagonista das infraestruturas urbanas no redesenvolvimento urbano: a oportunidade estratégica das estruturas de transporte e das pré-existências edificadas reciclarem o território.
Montreal começou a desenvolver o projeto urbano dos Atelier Angus em 1978, configurando-se em caso pioneiro envolvendo recuperação de brownfields e promoção de regeneração urbana e reestruturação produtiva no Canadá em território de quase 100 hectares.
Barcelona promove a reestruturação da antiga área industrial do Poblenou, 200 hectares de território sendo transformados na contemporânea “22@ Barcelona”, auto-proclamada desde seu início em 2000 no” Vale do Silício europeu”, um conjunto de clusters vinculados à chamada nova economia.
São Francisco iniciou há 12 anos o redesenvolvimento do território de Mission Bay, 122 hectares de antigos usos industriais, ferroviários e portuários sendo transformados em novo bairro contíguo ao centro da cidade pela implantação propulsora de um cluster de biotecnologia ligado ao novo campus da Universidade da Califórnia em São Francisco.
Em comum, dois fatores essenciais no sucesso destas transformações:
- Planejamento e gestão eficientes, contínuos e de longo prazo
- Implementação de agências de redesenvolvimento urbano-econômico específicas
O outro caso é o território da Operação Urbana Diagonal Sul, Orla Ferroviária de São Paulo. Infelizmente, ainda não foi implementado no Brasil nenhum projeto urbano de grande porte para a necessária regeneração de nossas metrópoles.
Este caso apresenta-se como relevante, entretanto, por algumas razões: trata-se da mais extensa operação urbana oficialmente delimitada pelo poder publico no Brasil; está em vias de ser iniciada após anos de debates e de estudos, seja no âmbito de consultorias profissionais, de agentes públicos ou na academia; é objeto de estudos acadêmicos e profissionais desde 2002.
Qual a explicação para tão rápidas transformações que, de uma só estocada, se fazem a partir de mutações econômicas, urbanísticas e culturais neste início de século 21?
As metrópoles são o locus da diversidade – da economia à ideologia, passando pela religião e cultura. E esta gera inovação. As maiores cidades do hemisfério norte descobriram isto já há alguns anos e têm se beneficiado enormemente – inclusive em termos da atração de novos investimentos – desse diferencial, dessas externalidades espaciais.
Como ambientes únicos de uma desejável, democrática e estimulante concentração de diversidade – a vida econômica se desenvolve por meio da inovação, como diria Jane Jacobs – tais cidades têm investido pesadamente na regeneração de suas áreas centrais improdutivas e esvaziadas com a implementação de clusters tecnológicos como estratégia de alavancagem de amplos processos de recuperação urbana e reestruturação produtiva do território.
Lembremo-nos de que ambientes com alta concentração de pessoas criativas crescem mais rapidamente e atraem mais gente de talento, conforme vêm demonstrando os estudos de Richard Florida acerca das cidades criativas. Metrópoles com clusters de alta tecnologia contêm maior número de pessoas de talento do que outras. Talento, tolerância e diversidade são os ingredientes indissociáveis no crescimento destas metrópoles que lideram o ranking de cidades criativas.
Outras pesquisas demonstram que maiores densidades populacionais urbanas estão diretamente ligadas a maior desenvolvimento de inovação urbana, gerando outro interessante debate contra o modelo de cidade-subúrbio (baixa densidade) e em defesa das grandes metrópoles com muito maior densidade.
Paul Krugman, em um de seus recentes artigos semanais no New York Times, atacou: “eu vi o futuro e como ele funciona. Na velha Europa. Considere que estou no momento em um agradável bairro de classe média, que consiste principalmente de prédios de apartamentos de quatro ou cinco pavimentos, com acesso fácil ao transporte público e muitas das compras locais. É o tipo de vizinhança em que as pessoas não têm que dirigir muito, mas é também uma espécie de bairro que mal existe na América, raramente nas grandes áreas metropolitanas. A grande Atlanta tem aproximadamente a mesma população da grande Berlim -, mas Berlim é uma cidade de trams, motos e bicicletas, enquanto Atlanta é uma cidade de carros, carros e carros. Uma grande fração da população americana vive em lugares como este. Sim, a América tem em geral uma inadequada baixa densidade.”5
Não se trata apenas de conceituação para cidades desenvolvidas ou territórios ricos. A abordagem das externalidades espaciais pode ter nascido baseada em pesquisas de autores internacionais focando as experiências exitosas de grandes cidades do hemisfério norte – Nova Iorque, Montreal, Barcelona e São Francisco – mas atualmente há indicadores emergentes e muito promissores presentes em grandes cidades como São Paulo ou Mumbai. Mais ainda: florescem indícios de externalidades espaciais positivas nos chamados territórios informais, de Heliópolis em São Paulo a Dharavi em Mumbai, assim como estudos de pesquisadores consagrados como, Edward Glaeser e Hernando de Soto.
Artigo extraído do livro recém lançado “Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes” (Bookman, 2012).
Sobre o autor: arquiteto e urbanista, mestre e doutor (FAUUSP), pós-doutor (Calpoly), professor na FAU-Mackenzie, professor visitante em diversas instituições em Barcelona, Nova Iorque, Califórnia e Holanda, sócio-diretor de Stuchi & Leite Projetos.
- San Francisco Chronicle, 11.04.2010 ↩
- Megacidades são oficialmente definidas pela ONU como cidades com mais de dez milhões de habitantes. ↩
- WILSON, Douglas. Five Cities that Ruled the World: How Jerusalem, Athens, Rome, London, and New York Shaped Global History. Londres: Thomas Nelson, 2009, p. 112-13. ↩
- Ibid., p. 160. ↩
- Paul Krugman. Stranded in Suburbia, New York Times, 19/05/2008. ↩