O Dallas Museum of Art (DMA) anunciou o escritório Nieto Sobejano Arquitectos como vencedor do concurso internacional de projeto Reimaginando o Dallas Museum of Art. O projeto foi selecionado entre 154 propostas de todo o mundo, filtradas a uma lista de finalistas que incluía David Chipperfield Architects, Diller Scofidio + Renfro, Johnston Marklee, Michael Maltzan Architecture e Weiss/Manfredi. A proposta vencedora foi concebida como um reflexo do edifício original, transformando a relação entre arte, paisagem e comunidade a partir do equilíbrio entre memória e inovação, segundo os arquitetos.
O projeto conceitual vencedor foi apreciado pelo júri por sua capacidade de abordar questões de circulação, sustentabilidade e expansão das galerias, ao mesmo tempo em que demonstra respeito pelo prédio existente. Originalmente projetado por Edward Larrabee Barnes, o campus era cercado por terrenos vazios e armazéns. Desde sua inauguração em 1984, o bairro ao seu redor evoluiu para incluir a expansão do Distrito das Artes, a adição do Parque Klyde Warren ao norte, juntamente com a construção de novas residências e escritórios. A competição tinha como objetivo redesenhar os terrenos do museu, aumentar a visibilidade física e a transparência, e tornar o DMA mais recepitivo e aberto a todos.
A solução da Nieto Sobejano Arquitectos é focada em melhorar a rua interna que define o eixo principal do museu, trazendo luz natural de cima, aumentando a acessibilidade ao repensar a rampa do térreo em degraus e estabelecendo conexões visuais por todo o prédio. O design também cria fluxos de circulação mais intuitivos para os visitantes, unificando os nós de circulação vertical e conectando-os à rua interna.
A necessidade de espaço adicional para galerias é abordada pela introdução de uma extensão quadrada flutuante no telhado, criando um espaço flexível para exibição de arte contemporânea. A nova adição também incorpora um espaço para eventos e um restaurante, juntamente com um terraço no telhado com vista para o Parque Klyde Warren. Duas novas fachadas dinâmicas ao sul e ao norte do prédio também ajudam a aumentar a visibilidade e convidar os visitantes a explorar o campus do museu. Espaços educacionais e de apresentação são organizados ao longo da Rua Harwood para incentivar a curiosidade e criar oportunidades para ativação do espaço público.
A equipe também levou em consideração os princípios de sustentabilidade, optando por preservar grande parte do prédio original, limitando assim a quantidade de emissões de carbono adicionadas. A coleta de chuva também está incluída, juntamente com o design bioclimático e a geração de eletricidade por meio de painéis fotovoltaicos e energia geotérmica.
Com sede em Madri e Berlim, Nieto Sobejano Arquitectos é internacionalmente reconhecido por trabalhos como o Museu Madinat al-Zahra na Espanha, o Museu Moritzburg em Halle, Alemanha e o Museu Castillo De La Luz, também na Espanha. Recentemente, o escritório revelou o novo design para a Cité du Théâtre, um grande centro cultural promovido pelo governo francês em Paris. No ano passado, a Nieto Sobejano Arquitectos, em colaboração com o arquiteto francês Richard Faure, venceu o concurso para o novo Museu de Belas Artes na cidade de Vannes, Bretanha, França.