Diante de um mundo cada vez mais inserido nas dinâmicas dos agitados ambientes urbanos e tecnologias digitais, uma maior conexão com a natureza parece ter se tornado mais importante para o bem-estar físico e emocional das pessoas, o que perpassa, de maneira direta e fundamental, os espaços em que elas convivem. Discussões e estudos acerca de temas como a neuroarquitetura e a biofilia são cada vez mais presentes e populares no campo da arquitetura e do design de interiores contemporâneos, levantando reflexões importantes sobre uma escolha mais assertiva e consciente de uma série de elementos projetuais que compõem os ambientes que mais convivemos.
Nesse cenário, o uso de materiais como a madeira, seja em ambientes residenciais, comerciais ou corporativos, têm demonstrado efeitos positivos em como sentimos e experienciamos os espaços ao nosso redor, ao suscitarem alguma conexão com o meio natural, reconfigurando a forma como percebemos nossos ambientes de vida e de trabalho e como somos afetados por eles. Ao incorporar elementos de madeira em nossos espaços, somos capazes de criar locais de maior tranquilidade que nos permitem desconectar do estresse e da agitação da vida urbana.
Seja na forma de pisos maciços que aquecem qualquer superfície, móveis que acrescentam um toque de elegância a um ambiente, ou até mesmo através de chapas em detalhes decorativos, como molduras e painéis, a madeira tem o poder de transformar qualquer espaço. Suas tonalidades, formas e padrões variados a tornam um material versátil e atraente para arquitetos e designers, uma vez que ela se adequa a uma ampla gama de estilos de decoração e aplicações, sem perder sua atemporalidade e requinte.
E para além dos ganhos estéticos e visuais, a madeira também está associada a uma série de outros benefícios. Suas propriedades acústicas absorvem o som, criando ambientes mais silenciosos e propícios à concentração, enquanto sua cor, textura e aroma remetem a espacialidades mais naturais, compondo uma atmosfera que acalma e revigora. Estudos também mostram que a presença da madeira em ambientes interiores está associada a níveis reduzidos de estresse e ansiedade, uma vez que o material provoca uma sensação de calma e tranquilidade, que promove um estado mental mais equilibrado, melhorando o bem-estar humano.
Esses efeitos positivos têm feito com que a madeira venha sendo cada vez mais utilizada tanto em ambientes residenciais quanto corporativos, e sua versatilidade também facilita sua inserção nesses projetos. Pisos, móveis, revestimentos, forros e esquadrias são algumas das aplicações possíveis do material em ambientes interiores, cada vez mais especificados pelos arquitetos e designers nesses espaços. Em residências, a madeira é capaz de transformar um espaço num lar, criando ambientes confortáveis e aconchegantes que acalmam e relaxam os moradores. Em ambientes de trabalho, essa atmosfera mais empática pode impulsionar o bem-estar e o foco dos funcionários, melhorando sua satisfação e produtividade.
Assim, seja para conceber um refúgio aconchegante em casa ou um ambiente de trabalho mais acolhedor, a madeira é uma aliada positiva dos projetos de interiores. Ao incorporá-la de forma estratégica nos ambientes, podemos criar espaços não apenas estéticamente atraentes, mas que também promovem a saúde mental, o bem-estar e a tranquilidade, sendo capazes de nos aproximar da natureza e de nós mesmos.
Este artigo é parte dos Temas do ArchDaily: O futuro da madeira. Mensalmente, exploramos um tema em profundidade através de artigos, entrevistas, notícias e projetos de arquitetura. Convidamos você a conhecer mais sobre os temas do ArchDaily. E, como sempre, o ArchDaily está aberto a contribuição de nossas leitoras e leitores; se você quiser enviar um artigo ou projeto, entre em contato.