Ao refletirmos sobre o tumultuado ano de 2023 e seus eventos, é evidente que os desafios impostos pelas condições ambientais em constante mudança deixaram uma marca indelével em todo o mundo. Em resposta, arquitetos e urbanistas passaram a procurar maneiras nas quais suas ações possam contribuir para a criação de ambientes mais seguros para as comunidades, com arquiteturas de emergência de implantação rápida e estratégias de longo prazo para construir resiliência e mitigar riscos.
Além de simplesmente responder a eventos, como os devastadores terremotos na Turquia, Síria e Marrocos, ou as enchentes generalizadas na Líbia ou no Paquistão, arquitetos estão tentando adotar abordagens proativas. Eles desenvolvem estratégias que vão desde a modelagem preditiva até a aplicação de técnicas de renaturalização, passando pela pesquisa contínua na física de estruturas mais seguras e resilientes.
Continue lendo para conhecer a extensão dos desafios impostos pelas mudanças nas condições ambientais e as maneiras com as quais arquitetos e urbanistas responderam ao longo do último ano.
Avaliando os danos
O ano de 2023 foi marcado por uma série de desastres, como terremotos devastadores na Turquia, Síria e Marrocos, e condições climáticas severas que resultaram em falhas de barragens e inundações na Líbia, além de incêndios florestais atingindo áreas urbanas no Havaí, todos colocando comunidades em perigo. Esses eventos também danificaram o ambiente construído, por vezes levando à destruição de monumentos com milhares de anos. Além dos eventos em grande escala, ocorrências menores, como a seca na Itália, demonstram que nenhuma comunidade está isenta dos efeitos das mudanças climáticas.
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Cidades e sítios do patrimônio são destruídos pelo terremoto no Marrocos
Colapso de barragens provoca inundações em Derna, na Líbia — um quarto da cidade foi completamente destruído
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Arquitetura pós-desastre
O primeiro papel da arquitetura pós-desastre é abordar a necessidade imediata de abrigo e infraestrutura após desastres naturais. Soluções de habitação temporária, como aquelas desenvolvidas por arquitetos como Shigeru Ban, utilizam materiais locais e designs simples, porém inteligentes, para fornecer abrigos rápidos e eficientes para populações deslocadas. A arquitetura pós-desastre desempenha um papel fundamental nos esforços de recuperação e reconstrução de longo prazo. Designs sustentáveis e resilientes, como os promovidos por Yasmeen Lari no Paquistão, contribuem para a reconstrução de comunidades, ajudando-as a resistir a futuros desastres. Isso não apenas protege vidas e propriedades, mas também promove a estabilidade e sustentabilidade geral de regiões propensas a riscos naturais.
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Yasmeen Lari planeja construir um milhão de residências resistentes a inundações no Paquistão até 2024
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Construindo resiliência a longo prazo
A arquitetura e o planejamento urbano não podem evitar a ocorrência de desastres naturais, mas podem contribuir para minimizar seus efeitos e ajudar a proteger as comunidades. Várias estratégias de longo prazo têm se mostrado eficientes, desde a criação de modelos como mapas de enchentes para avaliar e prever possíveis danos, até a utilização de estratégias de renaturalização, como o conceito de cidade-esponja, continuando a pesquisa em estruturas resistentes a terremotos ou se inspirando na natureza por meio de designs biomiméticos resilientes. A ampla gama de estratégias e inovações nesse campo traz esperança para ambientes mais resilientes e ágeis, capazes de resistir melhor à crescente ameaça de fenômenos naturais.
Como as cidades podem criar resiliência frente aos desastres naturais
O papel da biomimética para a resiliência da arquitetura a desastres
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