Adolf Loos (10 de dezembro de 1870 - 23 de agosto de 1933) foi um dos arquitetos europeus mais influentes do final do século XIX e é frequentemente citado por seu discurso teórico que prenunciou as fundações de todo o movimento moderno. Como arquiteto, sua influência é,de certo modo, limitada a trabalhos em seu país natal, Áustria, mas como escritor teve um profundo impacto no desenvolvimento da arquitetura do século XX, produzindo uma série de ensaios controversos que elaboraram seu próprio estilo arquitetônico que condenava o ornamento e uma série de males sociais. O pensamento minimalista de Adolf Loos se reflete nos trabalhos de Le Corbusier, Mies van der Rohe e muitos outros modernistas, e levou a uma mudança fundamental no modo como arquitetos passaram a perceber o ornamento.
Nascido em Brunn, Checoslováquia em 1870, Loos estudou no Royal and Imperial State Technical College em Rechenberg, Bohemia, até largar a escola e servir no exército durante dois anos. Em seguida, frequentou o Colégio de Tecnologia de Dresden por três anos e mudou-se para os Estados Unidos onde trabalhou como pedreiro e lavador de pratos. Eventualmente, Loos conseguiu um emprego para trabalhar com Carl Mayreder antes de estabelecer seu próprio escritório em 1897. Após lecionar por um tempo em diversos locais da Europa, retornou à Viena em 1928 para lá estabelecer se escritório.
Através de seus escritos, Loos desejou estabelecer um método inteligente de projetar edifícios, um método embasado na razão pragmática. Sua oposição ao ornamento se estendia para tudo o que não pudesse ser justificado por sua razão funcional. Como resultado, seus edifícios eram frequentemente compostos por formas puras e justificados por suas viabilidade econômica e qualidades utilitárias. Suas teorias sobre ornamentação foram reveladas pela primeira vez em um ensaio intitulado Ornamento e Crime, no qual argumenta que o desejo de ornamentar a si mesmo e tudo ao seu alcance é o ancestral da arte pictórica.
No ensaio ele explora a noção de que o ornamento resulta na obsolescência injustificada dos objetos cotidianos, condenando o uso de trabalhadores e, portanto, capital financeiro para produzir detalhes decorativos em edifícios contemporâneos, concluindo que o ornamento é um sinal de degeneração.Seus escritos e obras arquitetônicas causaram furor generalizado, pois eram diametralmente opostas à tradição Vienense.
Entre os edifícios mais importantes de Loos estão o Edifício Goldman & Salatsch, de 1910, voltado para a Michaelerplatz em Viena, e diversas residências privadas como a Villa Müller em Praga. Muitos de seus trabalhos, embora controversos, revelaram as raízes do movimento moderno através de suas formas puras e superfícies brancas.
O próprio Le Corbusier considerava o ensaio Ornamento e Crime "uma limpeza homérica" da arquitetura, revelando a amplitude de seu impacto na ideologia moderna.
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In what was arguably the first highly-publicized architecture competition of modern times... Loos presaged a life for architecture after modernism.