Um dos maiores expoentes das artes plásticas no Brasil, Tomie Ohtake, faleceu nesta quinta-feira aos 101 anos de idade. Internada desde 2 de fevereiro no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido a uma pneumonia, sofreu uma parada cardíaca neste terça-feira, com seu quadro vindo a se agravar até a manhã de hoje.
Nascida no dia 21 de novembro de 1913 em Kyoto, Japão, Tomie Nakakubo veio ao Brasil em 1936 para visitar seu irmão durante alguns meses, porém, no período em que estava em terras brasileiras, estourou na Ásia a Segunda Guerra Sino-Japonesa. Impedida de retornar, Tomie permanece no Brasil, onde se casaria com o agrônomo japonês Ushio Ohtake. Em janeiro de 1938 nasce, no bairro da Mooca, Ruy Ohtake, primeiro filho da artista.
Com uma trajetória artística que se inicia em 1952 e perdura até o momento de sua morte, as várias fases da obra de Tomie Ohtake trazem referências do concretismo, porém com um “rigor tipicamente japonês, em especial na forma como constrói as estruturas e linhas dos quadros.”
Embora tenha partido, seu legado continuará vivo nas artes plásticas e na memória da cidade, com o Instituto Tomie Ohtake responsável por difundir e promover seu trabalho.
O velório será realizado amanhã, dia 13 de fevereiro, no Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropés n. 88, Pinheiros, São Paulo-SP), de 8:00 às 14:00 horas.