![](https://images.adsttc.com/media/images/556f/87a7/e58e/ce3d/c400/0011/large_jpg/CASA_CUPULAS.jpg?1433372579)
Apaixonado pela prancheta e pelo nanquim, assim como pela história da arquitetura e da representação arquitetônica, o arquiteto Santiago Nicolás Lovecchio nos surpreende na série Arte e Arquitetura com desenhos de alta referência historicista quanto ao manuseio e a linguagem dos espaços.
Com a intenção de explorar sua imaginação e o que passa pela cabeça de um arquiteto, Lovecchio nos entrega formas que servem para imaginar novas articulações com arquiteturas já consolidadas, utilizando a técnica analógica no papel vegetal com a montagem digital para criar suas composições.
Para conhecer mais os seus desenhos, confira uma descrição do seu trabalho e imagens.
"Estes cortes estão desenhados a lápis e canetas sobre o papel vegetal, em uma pequena prancheta de desenho técnico. O trabalho no papel vegetal permite tirar partido da sua própria transparência. Assim é possível realizar um trabalho de texturização de alguns elementos ornamentais que se incorporam para dar significado a determinados espaços. Estes desenhos são digitalizados em partes e se configuram para compor a totalidade.
Na série CASAS é possível ver como o desenho saiu da prancheta.
![](https://images.adsttc.com/media/images/556f/87dd/e58e/ce43/9a00/0013/large_jpg/CASA2.jpg?1433372633)
Em INVERNADERO, o trabalho em camadas me permitiu desenvolver as ideias da caixa arquitetônica, enquanto a arquiteta Mercedes Comesaña, desenvolveu uma camada diferente dos estratos de vegetação que abriga a tal estufa, (para conhecer mais sobre a obra de Mercedes veja https://www.facebook.com/chromophillia).
As ferramentas digitais nos permitiram sobrepor camadas e alcançar o resultado final de uma maneira elegante. Da mesma maneira, em CASA PARA UNA MEXICA, acontece o mesmo, mas com a experiencia da cor. Ao digitalizar estes trabalhos, se oferece uma ferramenta informática para editá-los e explorar as possibilidades expressivas.
![](https://images.adsttc.com/media/images/556f/8818/e58e/ce3d/c400/0014/medium_jpg/INVERNADERO2.jpg?1433372688)
Em EL PORTEÑO BURGUESÓN, ao corte desenhado à mão, são agregadas pessoas que interagem com os espaços. Pessoas que neste caso seguem a linha da montagem e referência. Não são pessoas desenhada por mim, são aquelas que nos apresenta Ernst Neufert nas suas distintas edições em "A Arte de Projetar em Arquitetura". da mesma forma, todo o desenho é montado sobre um fundo fotográfico que é sobreposto pela camada de luzes e sombras que acabam por definir as profundidades do corte.
Por outro lado, me parece importante ressaltar a possibilidade de fazer recortes na hora de mostrar determinadas propostas. Às vezes, não é necessário mostrar a totalidade da ideia para que ela seja compreendida. Assim como há o desejo de criar uma narrativa no momento de mostrar a proposta, esta narrativa não tem porque ser um percurso visual linear, mas sim pode ser narrada através de situações ou experiencias determinadas.
![](https://images.adsttc.com/media/images/556f/8744/e58e/ce3d/c400/000d/large_jpg/BURGUE2.jpg?1433372477)
Particularmente, estes cortes que apresento são construídas como um relevamento de espaços já constituídos, a maneira e expressão do famoso corte da casa/museu de Sir John Soane em Londres, ou do relevamento da cidade amuralhada de Kowloon, sendo influenciada pelas propostas de referentes modernos como Lebbeus Woods e Alexander Brodsky.
![](https://images.adsttc.com/media/images/556f/8849/e58e/ce3d/c400/0015/large_jpg/NINFEO.jpg?1433372742)
Apesar dos espaços estarem configurados com lógicas compositivas de distintas tradições, como é a acadêmica ou a moderna, fazendo referência a lembranças espaciais, ou a intenções românticas que tem a ver com o meu gosto particular pelo estudo das formas históricas, seguem uma lógica que se pré-configura na mente.
Acredito que entre a pré-configuração mental e a passagem para o papel há uma perda e um ganho. Tal dualidade é criada justamente a partir das técnicas de representação e das possibilidades que a técnica e as ferramentas nos permitem.
![](https://images.adsttc.com/media/images/556f/87b2/e58e/ce3d/c400/0012/large_jpg/CASA_MEXI.jpg?1433372589)
Meu trabalho se vê limitado e determinado pelas ferramentas utilizadas, e as capacidades para manuseá-las. Me parece fundamental para a nossa disciplina manusear as ferramentas de representação básicas, analógicas, mas considero ainda mais indispensável a articulação das maneiras tradicionais com as novas ferramentas que na contemporaneidade nos são oferecidas. Não é necessário deixar que as máquinas elucubrem os espaços a serem desenhados por e para as pessoas. As máquinas, como hardware e os diferentes softwares de "desenho" devem ser considerados como ferramentas a capitalizar na hora de representar a ideia arquitetônica. Em suma, a mão do homem sempre será a que dirigirá os comandos, sejam eles analógicos, digitais, ou a articulação entre ambos".
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Para saber mais sobre o seu trabalho, acesse seu tumblr.