Quanto de edição é aceitável em fotografias de arquitetura? E se estas imagens alteradas forem a base para o julgamento em concursos e prêmios? O crítico de arquitetura do Chicago Tribune, Blair Kamin, explora estas questões em sua coluna após uma fotografia alterada ter feito o Departamento de Chicago do AIA conceder um prêmio de excelência a um projeto. O edifício em questão, o campus El Centro da Universidade de Illinois, projetado por Juan Moreno, foi um dos cinco vencedor do prêmio de honra, o nível mais alto de reconhecimento. Porém, uma das fotografias enviadas ao júri havia sido digitalmente alterada pelo fotógrafo para remover uma proeminente sequência de dutos de ar na cobertura que comprometia uma das melhores vistas do edifício.
É certo que nenhuma mídia bidimensional, seja fotografias ou desenhos, poderá representar completamente a experiência espacial tridimensional de um edifício, no entanto, Kamin afirma que a fotografia de arquitetura deveria ser um pouco honesta. Por outro lado, Kamin nota que o AIA National Awards exige que ao menos um jurado visite as obras finalistas, ao passo que o júri do Prêmio Pritzker viaja extensivamente para visitar os edifícios dos potenciais nomeados. Reconhecendo que a maior parte das premiações não pode ser comparada aos padrões do Pritzker, ele propõe um novo padrão: "Fotógrafos que mascaram a realidade de um edifício ou omitem perspectivas importantes serão considerados fora dos padrões éticos e ocasionarão a desclassificação do projeto."
Leia a coluna de Kamin e veja as fotografias editadas aqui.