Em sua primeira exposição individual na Galería Patricia Ready, Cristián Salineros apresenta Outras Perifrias, um trabalho que exibe grandes esculturas baseadas em sistemas de construção de gaiolas de pássaros e os resultados das suas últimas pesquisas, relacionadas com atividades e comportamento destes animais.
Salineros organizou o espaço da galeria como um lugar provável para ser habitado. Uma exposição que se relaciona com o espaço e com os sistemas construtivos, onde a referência dos pássaros permite padronizar determinados comportamentos sociais.
O artista ocupou 500 metros quadrados do salão principal, instalando no centro um grupo de obras tridimensionais em grande escala inspirado por gaiolas. Ele utiliza as paredes para expor obras relacionadas com os traços e vestígios dos vários comportamentos dos pássaros. Por exemplo, uma monte feito de excrementos que foram obtido através de um tratamento especial, além de ovos. Desenhos e trabalhos gráficos, tais como pequenas projeções complementam a paisagem do salão.
Enquanto os pássaros representam nesta exposição um ponto de encontro para o conjunto de obras - e ao contrário de trabalhos anteriores - nesta exposição eles estarão ausentes; haverá apenas um par de pássaros no grande salão, mas a sua presença é amplificada por uma escultura sonora no pátio da galeria, que amplificada com megafones que intensificam os ruído que produzem.
Outras Periferias oferece ao espectador um encontro com um estado intermediário, que convida a refletir sobre a lógica pela qual definimos os usos do espaço.
Cristián Salineros (1969)
Bacharel em Belas Artes com especialização em escultura pela Universidade Arcis, no Chile. Faz pós-graduação na Kunstakademie em Dusseldorf, Alemanha, onde vem desenvolvendo projetos sob a orientação de Daniel Buren, Magdalena Jetelová e Rita McBride.
Fez diversas exposições, entre as quais se destacam seus shows solo no Kunstverein Göttingen, na Alemanha, Joachim Gallery em Berlim, na galeria 713 Arte Contemporânea de Buenos Aires, na Riffe Gallery em Ohio, EUA, no Museu de Arte Contemporânea de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e no Museu DKM, na Alemanha. Participou de diversas residências artísticas, como a do Mosam Museu de Arte na Coreia do Sul, e no MAM Museu de Arte Moderna de Chiloé. Ao longo de sua carreira, ganhou vários reconhecimentos e bolsas de estudo, como a Fondart, o prêmio Altazor de 2003, o primeiro lugar no concurso de esculturas da Fundação Telefonica, o segundo lugar no Deutsche Bank Förderpreis für Skulptur, na Alemanha e o primeiro lugar do prêmio do Ministério das Obras Públicas do Município de Pichidegua.
Desde 2000 exerce cargos acadêmicos como orientador de trabalhos de graduação e pós-graduação. Suas obras se encontram em coleções públicas e privadas, tanto no Chile como no exterior.