"A arte de ver. É essencial para um arquiteto saber ver: digo, ver de modo que a visão não seja subjugada pela análise racional." - Luis Barragán
Um dos maiores arquitetos mexicanos, Luis Ramiro Barragán Morfín (9 de março de 1902 - 22 de novembro de 1988) revolucionou a arquitetura moderna em seu país com o uso de cores vibrantes oriundas da arquitetura vernacular mexicana. Entre seus mais importantes projetos estão a Casa Barragán, a Capela das Capuchinas, as Torres de Satélite, "Los Clubes" e a Casa Gilardi.
Barragán nasceu em Guadalajara e se formou em engenharia civil e arquitetura. Dois anos depois, em 1925, iniciou sua jornada de dois anos na Europa, onde ficou impressionado com a beleza dos jardins das cidades que visitou, com a forte influência da cultura Mediterrâneo e Muçulmana e, sobretudo, com a Exposição Internacional de Artes Industriais e Decorativas Modernas. Foi nesta viagem que teve início seu interesse pelo paisagismo.
"Parece importante para mim que o espaço não seja agressivo. Sempre usei formas baixas e trabalhei permanentemente com ângulos retos. Sempre em meu trabalho, tive em mente os planos horizontal e vertical e os ângulos de interseção. Isto explica o frequente uso do cubo em minha arquitetura."
Seus jardins apresentam os elementos essenciais que marcam sua obra: paredes sólidas e ortogonais e pátios abertos ao céu. Com uma carreira que conta com mais de 30 obras construídas, sua combinação de cores vibrantes e jardins serenos lhe rende o Prêmio Pritzker em 1980, o Prêmio Jalisco em 1985 e, um ano antes de falecer, o Prêmio Nacional de Arquitetura do México.