Descoberto por arqueólogos, em civilizações tão antigas quanto os ancestrais do Egito e da Mesopotâmia, o vidro serigrafado dificilmente poderá ser considerado uma nova tecnologia. No entanto, graças às suas propriedades relacionadas à eficiência energética, à sua suavidade e ao gradiente estético que produz, o vidro serigrafado está ressurgindo na arquitetura contemporânea.
O vidro serigrafado é feito a partir da aplicação de um composto cerâmico pigmentado sobre sua superfície, o qual se funde no vidro durante o processo de têmpera, tornando-se assim altamente resistente a riscos. Ele está disponível numa grande variedade de padrões, mas na maioria das vezes é utilizado com desenhos concebidos a partir de uma composição de pontos ou linhas. Esses padrões podem, então, serem serigrafados em vidros temperados. Em seguida, o vidro é aquecido em um forno de têmpera, o que fortalece e melhora a segurança do vidro sob altas temperaturas.
O produto resultante é um vidro com uma determinada transparência, que, quando usado em fachadas de edifícios, pode reduzir a absorção da luz solar e até mesmo tornar os edifícios envidraçados mais visíveis e, por conseguinte, mais seguro para os pássaros.
Embora os vidros serigrafados possam ser utilizados de diversos modos, a aplicação mais comum é em edifícios altamente estilizados, com os arquitetos utilizando a serigrafia para borrar as juntas entre os painéis de vidro (como no Museu Whitney), criando vistas com maior transparência para o exterior dos edifícios (como no IAC Building de Frank Gehry) ou para produzir uma representação gráfica (como no Centro de Aprendizagem da Universidade de Ryerson / Zeidler Partnership Architects + Snøhetta).
Muitos outros materiais de alto estilo da história recente (como vidros tingidos de dourado e mármores com cores brilhantes) eventualmente tornam-se ultrapassados ou muito espalhafatosos e, portanto são relegados apenas à uma tendência. Teria o vidro serigrafado regressado de vez à arquitetura, ou ele ainda está destinado a ser visto como uma moda passageira?
A seguir, alguns exemplos de projetos que ajudarão você a se decidir:
Krishna P. Singh Center for Nanotechnology / WEISS/MANFREDI
Allianz Headquarters / Wiel Arets Architects
High Line 23 / Neil M. Denari Architects
Museum Of The History Of Polish Jews / Lahdelma & Mahlamäki + Kuryłowicz & Associates
Princeton School of Architecture / Architecture Research Office
Vol Walker Hall & the Steven L Anderson Design Center / Marlon Blackwell Architect
The Diana Center at Barnard College / Weiss Manfredi
Engineering 5 Building / Perkins+Will