Biancoshock é um artista que vive em Milão e borra os limites entre ativismo, arte de rua e performance, se retrata como alguém que trabalha dentro do espaço público urbano com o objetivo de transmitir uma mensagem. Segundo o próprio, seu oficio segue "um conceito diferente de ser um artista e, mais ainda, de ser um artista de rua. Os meus 'experimentos' não são mostruários para promover minhas atividades, não exigem qualquer descrição. Eles são simplesmente oportunidades para se comunicar e provocar reações em pessoas comuns. Estou falando de todos aqueles que, embora com pouca ou nenhuma educação artística, ainda querem ser surpreendidos e movidos por algo que foi deixado na rua para todos verem".
Numa de suas últimas obras, "Borderlife", Biancoshock coloca em cena a vida de homens em situação de rua - que muitas vezes se abrigam em bueiros, na Europa - através de uma intervenção que enfrenta este problema através da imagem de um lar nesses lugares inóspitos.
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Biancoshock se inspira na situação de Bucareste, onde mais de 600 pessoas vivem no subsolo para a criação de "Borderlife". Esta é uma intervenção que, parodicamente, fala sobre pessoas forçadas a viver em condições extremas, principalmente habitando bueiros, ao criar nestes espaços cômodos aconchegantes, mesmo que pequenos.
A obra além de uma clara crítica à desigualdade social, nos traz questionamentos sobre o direito à moradia e até mesmo sobre os direitos humanos. "Se alguns problemas não podem ser evitados, torná-los confortáveis", afirma o artista ao conceber esta obra, reforçando ainda mais o seu conceito de EPHEMERALISM - um termo criado por Biancoshock para retratar a expressividade de seu processo que é muito próximo ao ativismo clássico e arte performativa, que tem o objetivo de produzir obras de arte que devem existir brevemente no espaço, mas ilimitadamente no tempo através da fotografia, o vídeo e os meios de comunicação.
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