Nesta série, apresento alguns "padrões obsessivos", que dão prosseguimento ao meu trabalho de fotografias abstratas de arquitetura de diferentes cidades e sua relação com a experiência emotiva de seus habitantes.
Destas e de outras obras, extraí diferentes padrões geométricos de fachadas que pareciam interessantes para, em seguida, usá-los como matrizes de uma malha criada com a ajuda de montagens digitais. Desse modo, crio novas fachadas urbanas de formas exageradas que imitam edifícios gigantescos.
Quando falo em padrão, me refiro às variáveis constantes que podem ser encontradas em um conjunto, as quais se repetem de forma previsível e rítmica em nosso entorno urbano. Ao replicar estes padrões, sem sobreposições ou espaços livres, falamos de uma trama a qual poderia ser atribuída a expressão latina "horro vacui" (medo do vazio), pois preenche todo o espaço evitando obsessivamente áreas vazias.
Para criar estas malhas, deve-se usar transformações isométricas sobre a figura principal e, então, replicá-la através de rotações e simetrias.
Isto vem sendo usado há séculos por diferentes culturas, como por exemplo os persas, os mouros e os muçulmanos, para criar diferentes tipos de pavimentação ou decoração em paredes. Um exemplo disso á o mosaico, onde são usadas pastilhas de diferentes cores e tamanhos.
Veja, a seguir, algumas montagens digitais que criam "padrões obsessivos" - repetições sequenciais de uma mesma matriz que acabam gerando imagens onde se perde o sentido de escala.