Embora tenha sido um elemento essencial nas estruturas clássicas, o friso foi deixado para trás pelos arquitetos que buscaram por novos sistemas de fachada. No entanto, no recém-inaugurado anexo do Kunstmuseum Basel, projetado pelo escritório suíço Christ & Gantenbein em colaboração com o grupo de design iart, o friso retorna com um caráter tecnológico, atuando como uma série de pixels ocultos na fachada que exibem imagens em movimento e textos.
O surpreendente do novo sistema é que ele é construído com o mesmo material do restante da fachada, tijolos de cor cinza e de 8 centímetros de altura, porém, no friso foi escavada uma reentrância na base de cada tijolo. Quando a luz natural passa pelo friso, ela projeta uma sombra na concavidade, fazendo-a parecer mais escura que o restante da fachada.
Luzes LED são , então, instaladas na face plana destas reentrâncias. Quando acessa, a luz reflete na concavidade e é direcionada para a rua, destacando o tijolo na fachada. Isso faz com que as luzes atuem como pixels na faixa horizontal que circunda o edifício, podendo ser acionadas ou desativadas para criar diferentes padrões ou exibir algum texto.
Com a diminuição da luz natural, o sistema funciona de forma oposta: textos e padrões são exibidos ao se iluminar os pixels e deixar os demais tijolos no escuro.
Como as exposições e programas do museu mudam constantemente, os frisos podem ser programados para exibir diferentes mensagens e imagens. O sistema foi usado para anunciar a primeira exposição no anexo, “Sculpture on the Move", e certamente será utilizado nas próximas exposições.