Neste ano, a Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas (IFLA) nomeou a Biblioteca Dokk1 de Schmidt Hammer Lassen em Aarhus, Dinamarca como vencedora de seu Prêmio Anual de Bibliotecas Públicas 2016.
Ao superar a Biblioteca Pública Chinatown de Chicago projetada por SOM; a Biblioteca e Centro de Patrimônio de Geelong, Austrália, projetada por ARM architecture; e a Biblioteca Pública Success por Bollig Design Group, Dokk1 se tornou a primeira biblioteca dinamarquesa a ser reconhecida com o prêmio.
Concluída em junho 2015, Dokk1 é a maior biblioteca pública da Escandinávia, e contém espaço para um centro de serviços ao cidadão, escritórios e um estacionamento automatizado com capacidade para mil veículos. Suas grandes escadas e zonas externas do edifício se conectam com seu entorno na boca do rio de Aarhus, permitindo que a biblioteca se torne um ponto de encontro para o intercâmbio de conhecimentos e oportunidades. Dokk1 foi um êxito instantâneo entre a comunidade; nos 7 meses desde sua abertura, a biblioteca já recebeu mais de 1 milhão de visitantes.
"Dokk1 é uma praça urbana coberta, uma paisagem ondulada que facilita a aprendizagem, o intercâmbio de conhecimentos, a inovação e o sentido de comunidade", diz Kim Holst Jensen, sócio de Schmidt Hammer Lassen Architects. "Nosso objetivo foi criar um ambiente estimulante e dinâmico nessa região única, um ambiente que fomente as relações valiosas e significativas entre as pessoas; um centro cultural onde todos possam ver a si mesmos. A arquitetura, com todas as disciplinas de apoio, têm servido para satisfazer esta grande ambição e temos ficado impressionados com o modo como as pessoas de Aarhus têm aproveitado Dokk1 desde o primeiro dia de sua inauguração", completa Jensen.
O júri elogiou a biblioteca por revitalizar uma parte subutilizada da cidade através da criação de um edifício que reage adequadamente a seu contexto em cada fachada:
"Com sua localização única e central na cidade, a biblioteca se tornou um elemento chave na estratégia futura para dar mais vida ao lado do porto, uma área que era praticamente deserta", comentou o júri em seu comunicado. "É evidente que a acessibilidade foi prioridade, não apenas no posicionamento da biblioteca, mas também nas muitas áreas ao ar livre e as escadas que dão aceso ao edifício em cada lado. Este é suportado pela forma e pelo revestimento da fachada do edifício, que não tem parte posterior, mas que há uma fachada principal em cada lado. Tanto no interior como no exterior, um elemento de construção clássico, a escada, foi utilizado tanto como necessidade funcional como um lugar de encontro e de descanso".
Além disso, os jurados acharam a paleta de materiais selecionados do edifício muito limpa e duradoura, deixando-a ainda convidativa.
"O júri também encontra grande valor arquitetônico na simples e consistente escolha dos materiais em todo o edifício, que se adapta de forma natural no meio ambiente do porto. Por outra lado, os materiais são de alta qualidade sem ser ostentosos, o que faz com que o edifício se destaque como um lugar para a diversidade de espaço para todo o mundo".
Notícia via Schmidt Hammer Lassen.
