O Instituto de Políticas para o Transporte e Desenvolvimento (ITDP) acaba de publicar o resultado da pesquisa "Pessoas próximo ao trânsito: Melhorando a acessibilidade e cobertura do trânsito rápido nas grandes cidades", que mede a distância a pé que os habitantes devem percorrer para acessar o transporte público (ônibus, metrô, trem etc.).
A medição foi realizada sobre os sistemas de transporte público de 26 cidades de diferentes continentes, a maioria de dimensão metropolitana, sendo sete delas latino-americanas: Cidade do México, Belo Horizonte, Brasília, Buenos Aires, Quito, Rio de Janeiro e São Paulo.
A pesquisa considerou a quantidade de habitantes que vivem dentro de um raio de 1 quilômetro de distância de alguma estação de transporte público.
Foram aplicados os seguintes critérios:
1. Os passageiros podem pagar sua passagem antes de entrar na estação;
2. A distância entre as estações não é maior que 5 quilômetros;
3. Em cada estação, o tempo de espera é de, no máximo, 20 minutos (entre as 6:00 e as 22:00);
4. Os ônibus contam com uma caixa de rolagem exclusiva;
5. As vias de bondes e VLTs são segregadas do resto do trânsito.
O estudo mostrou que apenas uma cidade, Paris, alcançou a pontuação máxima, já que 100% da população que vive no município, estimada em 2,2 milhões de pessoas, tem ao menos uma alternativa de transporte com as características mencionadas acima.
Todavia, em relação à área metropolitana, que em Paris totaliza pouco mais de 12 milhões de habitantes, a porcentagem da população com acesso ao transporte com as características acima cai pela metade.
Em segundo lugar ficou Barcelona, onde 99% da população municipal (pouco mais de 1 milhão de pessoas) tem acesso ao transporte público. Se considerarmos a população metropolitana, que é de 3,2 milhões de pessoas, a porcentagem baixa para 76%. Londres ficou com o terceiro lugar, com 91% no município e 61% na região metropolitana, que têm, respectivamente, 3,2 e 10 milhões de habitantes.
Faça o download dos resultados completos aqui.