A meta de Vancouver para 2040 é que utilizar apenas energia proveniente de fontes limpas para abastecer os sistemas de calefação e transporte público da cidade.
Como parte desta meta, a cidade pretende, até 2020, fazer com que 50% dos deslocamentos urbanos sejam realizados a pé, de bicicleta ou em transporte público.
Embora estas cifras sejam bastante ambiciosas, o urbanista e ex-chefe de planejamento de Vancouver, Brent Toderian, explica, neste vídeo realizado pela Streetfilms, que há três fatores que demonstram que a mobilidade sustentável já foi adotada pelos habitantes há mais de 40 anos.
O primeiro consiste em que, no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, os cidadãos impediram a construção de rodovias, e hoje, Vancouver é a única cidade na América do Norte a não ter rodovias dentro de seus limites urbanos.
A isso soma-se projetos mais recentes, como por exemplo, 24% das ciclovias serem adequadas a pessoas de todas as idades e condições físicas, facilitando os deslocamentos de bicicleta. Hoje, 10% dos trajetos casa-trabalho são realizados em bicicletas.
O segundo fator é a Exposição Internacional de 1986, que teve como tema central as comunicações e o transporte. Durante seis meses, a orla False Creek foi ocupada pelos pavilhões dos 54 países participantes e hoje este é um dos principais espaços públicos da cidade.
O terceiro e último fator é o fato de a cidade ter sido sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, evento que incluiu diversas atividades nos espaços públicos da cidade, sendo uma delas o fechamento das ruas para a realização de festas ao ar livre.
Todavia, existem fatores secundários, como a extensão da rede do metrô de superfície e o novo sistema de bicicletas públicas Mobi, lançado em julho de 2016, que favorecem a escolha por meios de transporte sustentáveis na rotina diária dos habitantes.
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