Que casa merecemos? Estúdio MAPAA explora o potencial da individualidade nas habitações coletivas

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Neste artigo, Marcos Parga, diretor do MAPAA, de Madrid, apresenta um ensaio exploratório sobre as possibilidades de viver em centros urbanos desenvolvidos, tendo como estudo de caso um local entre duas empenas existentes em Madri. O objetivo do exercício do MAPAA é buscar maneiras de aproveitar os benefícios da vida rural, como o contato com a natureza, na cidade.

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Memorial dos arquitetos
Que casa merecemos?

Muitos cidadãos que se fazem esta pergunta pensariam que não é demais pedir uma nova arquitetura residencial que nos ofereça a possibilidade de morar na cidade enquanto desfrutamos de algumas das vantagens do ambiente rural - mas sem renunciar à densidade e efervescência que tanto gostamos nas grandes cidades. No entanto, nossa realidade cotidiana invariavelmente nos mostra o oposto, e é por isso que decidimos abrir o processo de projeto à indeterminação e participação.

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O projeto RRURBAN surge como uma possível resposta a esta aspiração cada vez mais difundida - e, nas últimas décadas, tem sido amplamente abordada por diferentes campos - a fim de injetar os benefícios da habitação unifamiliar no DNA especulativo da habitação colectiva, ativando questões relacionadas com o projeto participativo.

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O resultado dessa abordagem romântica (e recorrente) do problema da habitação urbana é um sistema reprodutível de desenvolvimento, baseado na evidência de que uma comunidade de bairro não é outra coisa senão um acúmulo de realidades díspares e únicas que muitas vezes desaparecem atrás do véu unificador da arquitetura residencial. 

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A partir desse ponto, tudo fica mais fácil: basta substituir essa tendência unificadora por operações que exploram a diversidade, apostando no retorno a um certo individualismo militante que redefine nosso modo de convivência. Além disso, este caminho nos permite explorar os limites da participação, como já fez por John Habraken com suas teorias sobre o "edifício aberto" ou Frei Otto com sua "Okohaus" muitos anos atrás.

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Neste caso, damos a cada unidade habitacional alguma flexibilidade para que possam ser facilmente configuradas pelos usuários finais, de acordo com as suas preferências. O projeto de cada unidade reduz a arquitetura à sua própria essência e forma mais original: um conjunto limitado de regras geométricas básicas é usado para criar uma estrutura dentro da qual a vida se desdobra em toda sua complexidade.

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Assim, de forma menos ambiciosa e mais operativa, um "catálogo de desejos" realista determinará as características elementares de cada "enredo urbano", tornando-se completamente definido quando ocupar sua posição final dentro da estrutura geral.

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Em um sentido puramente prático, os volumes dispares, verticalmente combinados, permitirão o desejado "esponjamento", multiplicando a adaptabilidade do sistema a qualquer local. O resultado é um ambiente construído de densidade variável, composto de volumes básicos empilhados, abertos para serem habitados. Entre eles, os espaços intermediários são gerados e tratados como extensões valiosas da vida interior das unidades.

RRURBAN # 01_MADRID

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A primeira operação RRURBAN terá lugar no centro de Madri, ocupando um pequeno terreno de 385 metros quadrados, o suficiente para abrigar 7 lotes urbanos, todos com espaço privativo ao ar livre (pátio ou terraço) e porão. As áreas comuns (25%) proporcionam à comunidade um playground, uma estufa produtiva, espaço para churrascos, depósito e estacionamento para bicicletas.

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Sobre este autor
Cita: Santibañez, Danae. "Que casa merecemos? Estúdio MAPAA explora o potencial da individualidade nas habitações coletivas" [¿Qué casa nos merecemos? Exploraciones del Estudio MAPAa en relación a la vivienda contemporánea] 10 Abr 2017. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/868663/que-casa-merecemos-estudio-mapaa-explora-o-potencial-da-individualidade-nas-habitacoes-coletivas> ISSN 0719-8906

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