Sugestões de filmes de arquitetos para arquitetos (mas não só sobre arquitetura)

Muitas vezes é difícil escolher um filme para assistir. Ainda mais quando temos milhares de opções disponíveis. Ficamos horas olhando o catálogo e nada parece animar. Aproveitando o final das férias de inverno das faculdades, pedimos a diversos arquitetos no Brasil e Portugal para que nos enviassem dicas de bons filmes, que não necessariamente fossem de arquitetura. Na lista, vemos alguns clássicos e outros bem novos. Há títulos sugeridos por mais de uma pessoa, como o argentino Medianeras ou 8 ½, de Felini. Veja a lista abaixo e se inspire:

Camilla Ghisleni (Colaboradora ArchDaily Brasil):

  • “Fale com ela” (2003) - clássico do Almodóvar, denso e com um desfecho surpreendente, típico das relações 'anormais' construídas pelo cineasta. 
  • “Okja” (2017) - recém lançado filme da Netflix é lindo e perturbador ao fazer uma dura crítica à indústria alimentícia. 

Célia Gomes:

  • “Os verdes anos” (1963), de Paulo Rocha  - filme que retrata lisboa dos anos 50, com a forte presença da música de Carlos Paredes.
  • “O Arquitecto e a Cidade Velha” (2002), de Catarina Alves Costa -  acompanha Alvaro Siza Vieira durante o seu projeto na cidade Ribeira Grande em Cabo Verde.

Eduardo L. Maurmann (Arquitetura Nacional):

  •  “Laranja Mecânica” (1972), de Stanley Kubrick
  • “Guerra nas Estrelas: O Império Contra-Ataca” (1980), de Irvin Kershner

Elen B. N. Maurmann (Arquitetura Nacional):

  • “Até o Último Homem” (2017), de Mel Gibson
  • “O Segredo dos seus olhos” (2010), de Juan José Campanella

Estudio Farol:

  • “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” (2004), de Michel Gondry - Sem arquitetura haveria memória? Interessante observar as mudanças do espaço caudadas pelas lembranças dos personagens desse filme.
  • “Medianeras” (2011), Gustavo Taretto - Cotidiano da vida contemporânea emoldurado pela beleza de Buenos Aires.

Guilherme Machado Vaz:

  • “Vale Abraão” (1993), de Manoel de Oliveira
  • “Shinning” (1980), de Stanley Kubrik

Joanna Helm:

  • “Mon Oncle” (1958) de Jacques Tati
  • “Le Ballon rouge” (1956), de Albert Lamorisse
  • “A Aventura” (1960), de Michelangelo Antonioni
  • “Ladrões de Bicicletas” (1948), de Vittorio de Sica
  • “8½” (1963), de Federico Fellini
  • “The Hateful Eight” (2016), de Quentin Tarantino - uma obra maestra incrivel e muito pouco reconhecida

João Braga (SALWORKS):

  • “Interstellar” (2014), de Christopher Nolan
  • “Inception” (2010),  de Christopher Nolan

João Diniz:

  • “Blow Up”, de Michelangelo Antonioni (1967) - Uma viagem entre a fotografia, o espaço e a mente
  • “Acossado” (1961), de Jean-Luc Godard - Uma criação revolucionária e de muito ritmo e bom gosto

João Tiago Aguiar:

  • “Whale rider” (2004), de Niki Caro
  • “Simple Men” (1992), de Hal Hartley

Julia Dauden (Colaboradora ArchDaily Brasil):

  • “Ida” (2013), de Pawel Pawlikowski - história sensível e fotografia linda, um filme polonês sobre um momento de transição e descoberta da personagem feminina.
  • “Cassino” (1995), de Martin Scorcese - um dos melhores representantes do tema da máfia nos Estados Unidos, Cassino tem atuação impecável de Robert De Niro.

Luis Pompeo Martins (23 Sul Arquitetura):

  • "Profissão Reporter" (1975), de Michelangelo Antonioni - Uma aula de espacialidade no cinema: Antonioni usa o espaço para contar a história, inspirando as cenas. O plano-sequência final é especialmente marcante.
  • "Aquarius" (2016), de Kleber Mendonça Filho - Um filme que levanta de forma escancarada diversas contradições da sociedade brasileira através da história de uma mulher que se recusa a vender seu apartamento no pequeno edifício Aquarius a incansáveis incorporadores interessados em construir no local um novo edifício.

M2.senos:

  • “8 ½” (1963)- O maravilhoso filme de Fellini
  • “Paciente Inglês” (1996), de Anthony Minghella - É sempre bom rever um grande filme

Maria Cau (Goma Oficina):

  • Temos semanalmente o cinegoma, que nos últimos meses têm recebido sessões paraguaias. Destacamos “cuchillo del palo”, de Renate Costa, e o filme “7 cajas”, com direção de Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori. 

Marina Grinover (Base Urbana):

  • "O homem que engarrafava nuvens" (2009), de Lívio Ferreira
  • "Terra em transe" (1967), de Glauber Rocha - Filmes que falam do Brasil, das canções de Humberto Teixeira e da nossa sórdida sociedade, uma fusão de poesia e tragédia com a beleza de grandes cineastas.

Studio MK27:

  • “O quarto de Jack” (2015), de Lenny Abrahamson
  • “Edifício Master” (2002), de Eduardo Coutinho
  • “Medianeras” (2011), de Gustavo Taretto
  • “Playtime” (1967), de Jacques Tati
  • “Secrets of underground London” (2014), de Vicky Matthews e Gareth Sacala ( documentário Netflix)
  • “A bruxa” (2015), de Robbert Eggers
  • “Fabuloso Destino de Amélie Poulan” (2002), de Jean-Pierre Jeunet
  • “Blade Runner” (1982), de Ridley Scott
  • “O cidadão Ilustre” (2016), de Mariano Cohn e Gastón Duprat
  • "Frantz" (2016), de François Ozon 
  • "The Fits" (2015), de Anna Rose Holmer
  • “The single Man” (2009), de Tom Ford

Paula Otto (Arquitetura Nacional):

  • “Crepúsculo dos Deuses” (1950), de Billy Wilder
  • “Quanto Mais Quente Melhor” (1959), de Billy Wilder

Pedro Vada (Editor ArchDaily Brasil):

  • “A Espuma dos Dias” (2013), de Michel Gondry - Poucos filmes são tão interessantes quanto o livro. Ótimo elenco.
  • Série "Dear white people" (2017), de Tina Mabry, Barry Jenkins e Charlie McDowell - Série importante para discussão de questões sobre privilégios de pessoas brancas.

Romullo Baratto (Editor ArchDaily Brasil)

  • “Mommy” (2014), de Xavier Dolan - O filme narra a complexa relação de um rapaz com déficit de atenção e e tendências violentas com sua mãe, solteira, 46 anos, moradora do subúrbio de uma cidade canadense. Dolan consegue transpor com sucesso pluralidade de sentimentos da mãe, que variam de compaixão e ternura a pavor dependendo do comportamento de seu filho, Steve.

Vapor 324:

  • "Garlic is as good as ten mothers" (1980), do Les Blank e "Happy People: A year in the taiga" (2010) do Werner Herzog. - pra quem gosta de alho e neve :)

Gostou das sugestões de filmes? Discorda de algum? Tem algum outro imperdível que precisamos conhecer? Deixe seu comentário! 

Veja também nossa seleção de sugestão de livros:

Sugestões de livros de arquitetos para arquitetos (mas não só sobre arquitetura)

Comprou um livro por causa da capa e não suportou o que estava escrito nele? Está com o criado-mudo lotado de livros lidos até a metade, sem vontade de retomá-los? Prometeu para si mesmo ler mais nesse ano, mas não avançou muito no primeiro semestre?

Sobre este autor
Cita: Equipe ArchDaily Brasil. "Sugestões de filmes de arquitetos para arquitetos (mas não só sobre arquitetura) " 27 Jul 2017. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/876576/sugestoes-de-filmes-de-arquitetos-para-arquitetos-mas-nao-so-sobre-arquitetura> ISSN 0719-8906

¡Você seguiu sua primeira conta!

Você sabia?

Agora você receberá atualizações das contas que você segue! Siga seus autores, escritórios, usuários favoritos e personalize seu stream.