As sobreposições entre cinema e arquitetura são um tema já muito debatido e, inclusive, tratado em diversos artigos publicados aqui no ArchDaily Brasil. Difícil imaginar um filme que não se relacione de nenhum modo com a arquitetura, seja através da construção de cenários, das locações, ou mesmo das composições dentro de cada plano e sequência - que fazem uso de luz, sombra, escalas variadas e personagens.
Em muitos filmes, por exemplo, a arquitetura e a cidade têm um papel muito mais decisivo que o de mero pano de fundo ou palco para a narrativa, atuando elas próprias como elementos narrativos ou mesmo personagens. A seguir, selecionamos cinco filmes em que a paisagem e os espaços urbanos são essenciais para a construção da diegese.
Asas do Desejo, de Wim Wenders / Berlim, Alemanha
Manhattan, de Woody Allen / Nova Iorque, EUA
Medo e Delírio em Las Vegas, de Terry Gilliam / Las Vegas, EUA
Ladrões de Bicicletas, de Vittorio De Sica / Roma, Itália
Oldboy, de Chan-wook Park / Seul, Coreia
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Como a arquitetura fala com o cinema
"Há muitas formas de fazer filmes. Como Jean Renoir e Robert Bresson, que fazem música. Como Sergei Eisenstein, que pinta. Como Stroheim, que escrevia romances falados na era do cinema mudo. Como Alain Resnais, que esculpe. E como Sócrates, digo, Rossellini, que cria filosofia.
Arquitetura como filme: o caso da Acrópole de Atenas
Histoire d'Architecture é o título da monumental obra em dois volumes escrita e ilustrada pelo historiador francês Auguste Choisy em 1899 em que se dedica, como sugere o nome, ao estudo da história da arquitetura, desde os primórdios das artes de construir e da arquitetura egípcia até a investigação de monumentos e edificações mortuárias contemporâneas [de sua época, evidentemente] e revestimentos decorativos, passando também pela observação da arquitetura grega e romana e suas técnicas construtivas.
A imagem em movimento como forma de representar a arquitetura
Representar o espaço, construído ou ainda em concepção, constitui uma porção significativa das tarefas dos arquitetos e, considerando que a própria formação do arquiteto acontece por intermédio de representações, fica clara a importância de seu conhecimento, seus limites e seus recursos para a arquitetura.
Rem Koolhaas e os tempos de violência
Nas linhas abaixo tentaremos elucidar algumas associações e relações entre a obra de Rem Koolhaas e o filme Pulp Fiction (Tempos de Violência), de Quentin Tarantino. Todavia, cabe antes uma breve explicação do porquê do confronto entre o arquiteto e o diretor - e mais, da arquitetura e do cinema.