
Hoje, 15 de dezembro, celebramos o nascimento de Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho, ou simplesmente Oscar Niemeyer. Símbolo máximo da expressividade e produção da arquitetura moderna brasileira, o arquiteto nascido na cidade do Rio de Janeiro – terra em que poetizou as curvas encontradas na natureza à origem de muitos de seus trabalhos – é responsável por uma vasta produção que envolve variadas tipologias, escalas, e territórios, atualmente organizada pela Fundação que leva seu nome.
Falecido em 2012, aos 104 anos, esteve à frente de importantes projetos, como o conjunto de edifícios cívicos à cidade de Brasília, como é o caso do Congresso Nacional do Brasil, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Singelamente integrando a lista, dado que há centenas de seus projetos construídos, ainda podemos destacar o conjunto de edifícios do Parque Ibirapuera (Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, Palácio dos Estados, Palácio das Nações, Palácio das Indústrias, Palácio da Agricultura, Auditório Oscar Niemeyer), Sambódromo da Anhembi, edifício Sede da Organização das nações Unidas (ONU), Memorial da América Latina, Pampulha, Edifício Copan, Edifício Califórnia, Edifício Montreal, Edifício Eiffel, Edifício Triângulo, Edifício Califórnia, Casa das Canoas, Sede do Partido Comunista Francês, Pavilhão de Nova York 1939, entre outros muitos exemplos.

Ao longo de sua carreira, deixou uma série de croquis, maquetes, desenhos e registros que nos auxiliam na compreensão desse significativo arquiteto, entre os quais, talvez a citação a seguir possa entre inúmeras, exemplificar com maior força parte do idealismo de Niemeyer na concepção plástica de muitas de suas obras.
Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo. – Oscar Niemeyer

Quem olha seus projetos, independentemente do grau de complexidade e tipologia, claramente nota a sofisticação das técnicas em prol da beleza do edifício, mesmo que muitas vezes, a estética sobressaia-se à função. O senso criativo do arquiteto provoca uma sinestesia de emoções. Sob o título de maior expoente da arquitetura moderna brasileira, mesmo com a idade avançada, atingiu o centenário com o senso crítico ativo apurado e com alto grau de produtividade.
Revisite alguns Clássicos da Arquitetura de Oscar Niemeyer:
Clássicos da Arquitetura: Igrejinha Nossa Senhora de Fátima / Oscar Niemeyer
Cinco vigas similares unidas num ponto e logo abertas em leque conformam o perímetro da laje de cobertura que em projeção horizontal forma um triângulo isósceles de vinte e cinco metros de base e vinte e nove metros de altura. Três pilares similares apoiam as vigas.
Clássicos da Arquitetura: Escola Estadual Milton Campos / Oscar Niemeyer
37 Quatro blocos envoltos por uma área ajardinada determinam o conjunto arquitetônico. Três destes blocos são retangulares e o quarto bloco, cuja planta tem a forma de um trapézio isósceles, distingue-se dos demais por seu traçado externo curvilíneo. O bloco de planta trapezoidal abriga o auditório.