Pelo menos, foi essa a conclusão que chegamos em nossa primeira Discussão AD de 2018, que lançamos no mês de janeiro. Ainda que Tim Harford, autor do livro Messy, aponte que a desordem, confusão e desorganização podem ter relação com espaços mais propícios à criatividade, nossos leitores parecem estar mais propensos a uma opinião diferente. Em geral, colhendo os comentários no facebook, a maioria aponta que a distração com muitos objetos no espaço de trabalho acaba atrapalhando a concentração e que, quanto mais organizado e limpo o local, melhor seu rendimento. Mas isso não quer dizer que essa opinião seja um total consenso. Há também os defensores da “bagunça criativa”, ainda que em menor número, que defendem que um pouco de desordem estimula a criatividade.
O debate parece pouco relevante à primeira vista. Mas se considerarmos o grande número de arquitetos que projetam escritórios, de diferentes escalas e funções, podemos tirar algumas indagações desse resultado. Será que podemos prever, através do desenho, se as pessoas se sentirão bem nos espaços pensados? Com a pluralidade de personalidades, no fim do dia o que importa é que os funcionários estejam confortáveis e, mais importante, produzindo bem. Como podemos desenvolver um projeto que acolha todas as preferências em diferentes atividades? Como podemos criar micro-cosmos agradáveis em ambientes que as pessoas passam grande parte da vida? Já abordamos esse assunto nesse post, que mostra, entre outras conclusões, que o espaço de trabalho pode influenciar na maneira como os funcionários de uma empresa colaboram entre si.
Marc Goodwin vem desenvolvendo um trabalho interessante coletando fotografias de escritórios de arquitetura em diversas partes do mundo. Já publicamos fotos da sua série em Xangai, Paris, Seul, Londres e Escandinávia e que evidenciam que cada cultura lida de uma forma com os espaço de trabalhos, alguns mais despretensiosos, outros mais formais.
Essas conclusões fazem sentido para você? Tem algo para incluir aqui? Deixe seu comentário!