
O Prêmio Pritzker é o reconhecimento mais importante que um arquiteto(a) pode receber em vida. A honraria é outorgada todos os anos a arquitetos e arquitetas cuja obra construída "tenha produzido significativas contribuições para a humanidade ao longo dos anos", segundo explica a própria organização responsável pela premiação. Por esta razão, o júri presta homenagem a pessoas e não a escritórios, como já aconteceu em 2000 (Rem Koolhaas ao invés do OMA), 2001 (Herzog & de Meuron), 2010 (SANAA), 2016 (Elemental) e 2017 (RCR Arquitectes), premiando seus fundadores (como no caso do SANAA), o então, um deles (Elemental).
O prêmio surgiu de uma iniciativa criada por Jay Pritzker através da Fundação Hyatt, organização associada a empresa hoteleira que o mesmo fundou em conjunto com seu irmão Donald em 1957. A primera edição do prêmio foi realizada em 1979, quando Philip Johnson se tornou o primeiro arquiteto a ser homenageado. Estadunidense, Johnson é autor de importantes obras da história da arquitetura moderna, como a Glass House (1949).
O Prêmio Pritzker já conta com quarenta duas edições anuais ininterruptas, galardoando arquitetos e arquitetas de 23 nacionalidades diferentes. Metade dos premiados são europeus; América, Ásia e Oceania dividem as outras edições. Em 2022, Francis Kéré se tornou o primeiro arquiteto africano a receber o Prêmio Pritzker.
Em questão de gênero, somente seis mulheres figuram na seleta lista do Pritzker: Zaha Hadid (2004), Kazuyo Sejima (2010, junto com Ryue Nishizawa), Carme Pigem (2017, juntamente com Ramón Vilalta e Rafael Aranda), Yvonne Farrell e Shelley McNamara (2020) e Anne Lacaton (2021, junto com Jean-Philippe Vassal). Em 2012, Lu Wenyu, sócia e esposa de Wang Shu, recusou a proposta para compartilhar o prêmio com o sócio, alegando que "preferia passar a vida com seu filho".
Essa situação nos faz lembrar do caso de Denise Scott Brown, que não teve a oportunidade de dividir o prêmio de 1991 com seu sócio e marido Robert Venturi. Em 2013, diferentes organizações e personalidades se uniram para solicitar uma reconsideração por parte da organização e a inclusão de Denise no Prêmio Pritzker outorgado a Venturi, mas o pedido que foi negado pelo então presidente do júri, Peter Palumbo - acabando com todas as possibilidades de incluí-la na lista dos Pritzker ao alegar que "o júri atual não tem o direito de reabrir ou criticar o trabalho de júris anteriores".
1979. Philip Johnson, Estados Unidos
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1980. Luis Barragán, México

1981. James Stirling, Reino Unido
1982. Kevin Roche, Estados Unidos

1983. I. M. Pei, Estados Unidos

1984. Richard Meier, Estados Unidos

1985. Hans Hollein, Áustria

1986. Gottfried Böhm, Alemanha

1987. Kenzo Tange, Japão

1988. Oscar Niemeyer, Brasil e Gordon Bunshaft, Estados Unidos


1989. Frank Gehry, Canadá—Estados Unidos

1990. Aldo Rossi, Itália
1991. Robert Venturi, Estados Unidos
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1992. Álvaro Siza, Portugal

1993. Fumihiko Maki, Japão

1994. Christian de Portzamparc, França
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1995. Tadao Ando, Japão

1996. Rafael Moneo, Espanha
1997. Sverre Fehn, Noruega

1998. Renzo Piano, Itália
1999. Norman Foster, Reino Unido
2000. Rem Koolhaas, Holanda

2001. Jacques Herzog + Pierre de Meuron, Suiça
2002. Glenn Murcutt, Austrália

2003. Jørn Utzon, Dinamarca

2004. Zaha Hadid, Iraque—Reino Unido

2005. Thom Mayne, Estados Unidos
2006. Paulo Mendes da Rocha, Brasil

2007. Richard Rogers, Reino Unido

2008. Jean Nouvel, França

2009. Peter Zumthor, Suiça

2010. Kazuyo Sejima + Ryue Nishizawa, Japão
2011. Eduardo Souto de Moura, Portugal

2012. Wang Shu, China

2013. Toyo Ito, Japão
2014. Shigeru Ban, Japão

2015. Frei Otto, Alemanha

2016. Alejandro Aravena, Chile

2017. Ramón Vilalta + Carme Pigem + Rafael Aranda, Espanha

2018. Balkrishna Doshi, India

2019. Arata Isozaki, Japão

2020. Yvonne Farrell e Shelley McNamara, Irlanda

2021. Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal, França

2022. Francis Kéré, Burkina Faso—Alemanha

2023. Sir David Chipperfield, Reino Unido

2024. Riken Yamamoto, Japão
